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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Desmatamento na Amazônia Legal aumentou 16% em um ano, diz ministra

O desmatamento na Amazônia Legal aumentou 16% no período de agosto de 2014 a julho de 2015, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Dados anunciados hoje (26) pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, mostram que, ao todo, foram derrubados 5.831 quilômetros quadrados (km²) de floresta , enquanto na análise 2013-2014 a derrubada havia sido de 5.012 km².
Amazonas, com aumento de 54% nas derrubadas (769 km² de desmatamento), Rondônia, com 41% (963 km²) e Mato Grosso, com 40% (1.508 km²) foram os estados que concentraram o aumento da retirada florestal. O Pará e Tocantins ficaram estáveis, enquanto Acre, Amapá, Maranhão, e Roraima tiveram queda. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).
Ação de madeireiras na Amazonia
Entre agosto de 2014 a julho de 2015, foram derrubados 5.831 km² de florestas da Amazônia Legal  Wilson Dias/Agência Brasil
O Prodes computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares (um hectare equivale à área de um campo de futebol) onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso. O cálculo da taxa de desmatamento foi obtido após o mapeamento de 96 imagens de satélite.
“Algo que chama atenção é que voltou a aparecer desmatamento com grandes extensões, o que contradiz tudo o que estamos fazendo, em um ano em que aumentamos em 30% os esforços de fiscalização federal”, disse a ministra.
Segundo Izabella, os dados são contraditórios com os investimentos de R$ 220 milhões do governo federal para que os estados da região aplicassem na gestão ambiental. “Este aumento não está condizente com os recursos que disponibilizamos para estes estados. Não foram poucos recursos”, frisou a ministra.
O Ministério do Meio Ambiente vai notificar os três estados para que os governos expliquem se os desmatamentos foram legais ou não. A partir dos relatórios o governo federal deve analisar como proceder. No caso de Mato Grosso, segundo a ministra, a União “está investigando todos os processos de suspensão de embargo”.
Apesar de a ministra se dizer "frustrada" com o resultado, a avaliação do Inpe mostra que essa é a terceira menor taxa de desmatamento na Amazônia Legal desde que o instituto começou a medi-la, em 1988, no âmbito do Prodes. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A origem dos raios

Publicado em 17/11/2014

O potencial mortal dos raios ficou em evidência nos últimos dias no mundo, com seis pessoas mortas na China e um homem morto em Venice Beach, Califórnia, durante tempestades. Videográfico sobre a origem dos raios.
Crédito: AFP/afpbr

 

Venezuela prepara cúpula internacional sobre queda dos preços do petróleo

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nessa segunda-feira (17) que está preparando um encontro internacional, com a presença de representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), para discutir a queda dos preços do petróleo.

"Estamos coordenando uma reunião especial de países para breve, a fim de tomar decisões em defesa do petróleo, dos preços e do mercado petrolífero mundial", disse Maduro.

Ele falou durante ato transmitido pela televisão estatal venezuelana, mas não deu detalhes sobre a cúpula. Fontes não oficiais dizem que a reunião poderá ocorrer em Caracas no próximo dia 21.

O anúncio foi feito no momento em que o mercado espera saber, até 27 de novembro, se a Opep vai chegar a um acordo para reduzir a produção, medida que busca subir o preço internacional do barril de petróleo, que caiu 30% desde junho último.

O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Rafael Ramírez, se reuniu nessa segunda-feira em Moscou com o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, no âmbito de uma viagem que incluiu o Irã, para debater a situação do mercado petrolífero e a necessidade de avançar com ações para defender os preços do petróleo.

Para a Venezuela, o preço justo é US$ 100 o barril. O petróleo venezuelano estava cotado ontem a US$ 70,80 o barril.

 

Agência Brasil e Agência Lusa

 

Integrantes do MST desocupam fazenda da Cutrale no interior paulista

 

Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

Durou pouco mais de 40 horas a ocupação, pelos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Fazenda Santo Henrique, pertencente à empresa Cutrale, uma das maiores produtoras de laranja do mundo, em Borebi, no interior paulista. Eles chegaram ao terreno na madrugada de domingo (16). Por volta das 18h de ontem (17), os sem-terra foram informados da medida de reintegração de posse por um oficial de Justiça. Eles teriam 12 horas para deixar o local pacificamente.

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“As famílias decidiram sair logo, sem esperar o prazo, tendo em vista que já tínhamos cumprido o nosso objetivo que era denunciar as irregularidades da Cutrale na região”, informou Paulo Freire, da coordenação estadual do movimento. Segundo ele, cerca de 300 pessoas participaram da ação e agora retornam para os seus acampamentos. De acordo com o MST, a área foi ocupada para pressionar a destinação dela para reforma agrária.

A propriedade é alvo de uma disputa antiga entre a União e empresa. De acordo com Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), uma ação reivindicatória, iniciada em agosto de 2006, requer a posse da fazenda, que foi ocupada irregularmente ao longo de muitos anos. O processo baseia-se em estudos feitos pelo órgão, que mostram que a área integrava o Núcleo Colonial Monção, projeto de colonização do governo federal iniciado em 1910 para imigrantes.

Como parte do processo, a Justiça bloqueou liminarmente a matrícula do imóvel em 26 de setembro, para impedir que sejam feitas transações de compra e venda até que se tenha uma decisão definitiva sobre o domínio da área, segundo informações do Incra. O órgão pede que a fazenda, com área de 1.101 hectares, seja declarada propriedade federal, com abertura de matrícula própria em nome da União.

A Cutrale informou, em nota, que a fazenda em Borebi “é altamente produtiva e está totalmente dentro da legalidade brasileira”. A empresa destacou que tem toda a documentação e as escrituras que compravam a posse e o domínio legal da propriedade. Ainda de acordo com a Cutrale, a unidade tem mais de 500 colaboradores, que ficaram impedidos de trabalhar, acarretando prejuízos à empresa.

 

Agência Brasil

 

Crise hídrica em SP: governo define semana que vem o tipo de ajuda, diz ministra

 

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

A definição do apoio do governo federal aos projetos apresentados pelo governo de São Paulo com objetivo de combater o problema da crise hídrica no estado deverá ocorrer na próxima semana, disse hoje (17) a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, após reunião com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e os secretários de Planejamento e Desenvolvimento Regional de São Paulo, Júlio Semeghini, e de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce.

“Ela [a presidenta Dilma Rousseff] está disposta a ajudar o governo de São Paulo com a situação que a região metropolitana de São Paulo e de Campinas vivem hoje. Nós estamos discutindo onde é mais adequado para o governo federal entrar para apoiar as propostas que foram apresentadas”, disse.

Na última segunda-feira (10), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), apresentou à presidenta Dilma Rousseff uma lista de ações que pretende promover nos próximos anos com o objetivo de melhorar a segurança hídrica do estado. As propostas iniciais de oito obras foram orçadas em R$ 3,5 bilhões, segundo o governador, e envolvem empreendimentos com prazo de execução que variam de nove meses a dois anos e meio.

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De acordo com a ministra, a reunião serviu para que os representantes do governo paulista detalhassem mais os projetos apresentados ao governo federal com a entrega de estudos orçamentários e de impacto ambiental que serão analisados por técnicos do governo federal nos próximos dois dias. Na quinta-feira (20), eles se reunirão com técnicos do governo de São Paulo, entre eles da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesp), para fechar os detalhes.

“A gente espera na quinta-feira ter essa análise mais detalhada para que na próxima semana o governo federal possa apresentar uma resposta à demanda feita pelo governo de estado, pelo governador Geraldo Alckmin”, disse Miriam. Ela pontuou que a decisão pode não ser sobre todos os projetos, mas a partir da análise de cada caso.

Entre as obras apresentadas por Alckmin, está a interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari, a construção de dois reservatórios em Campinas e a construção de Estação de Produção de Água de Reúso (Epar) no sul de São Paulo e em Barueri. “[Vamos fazer] também o reaproveitamento de água, que hoje é desperdiçada, e que vários países já utilizam com o que tem de mais moderno no tratamento de água”, disse Júlio Semeghini.

Ainda segundo secretário, as obras terão prazo de 12 a 30 meses para conclusão. “O governo já decidiu e precisa implantar [as obras] a curto, médio e longo prazo. A estratégia, realmente, é o apoio da presidenta Dilma”, ressaltou.

Dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgados nesta segunda-feira, mostram que após ter se mantido estável em 10,8% nos dias 13 e 14 deste mês, o nível da água do Cantareira, o maior dos sistemas que abastecem a região metropolitana de São Paulo, voltou a apresentar quedas sucessivas, chegando a 10,3% da capacidade.

 

Agência Brasil