Mostrando postagens com marcador diz Unicef. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador diz Unicef. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de março de 2015

Cerca de 54 mil crianças podem ter sido afetadas por ciclone Pam, diz Unicef

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estimou hoje (14) que pelo menos metade da população de Vanuatu, arquipélago localizado no Pacífico sul, próximo à Austrália, pode ter sido afetada pelo ciclone tropical Pam, de categoria cinco, que passa neste final de semana pela Oceania. O ciclone Pam teve seu pico de intensidade ontem (13) à noite, com ventos que atingiram, em média, 250 a 270 quilômetros por hora (km/h). Em Port Vila, o ciclone tropical chegou a atingir rajadas de 340 km/hora.
Em nota, o Unicef informou que entre a população afetada podem estar, pelo menos, 54 mil crianças. “Muitas casas em Vanuatu foram destruídas, uma vez que são construídas com materiais naturais e locais que são vulneráveis a ventos fortes e inundações”, diz trecho da nota divulgada pela entidade.
Segundo a agência das Nações Unidas, escolas, igrejas e centros comunitários do arquipélago de Vanuatu estão sendo usados como abrigos de emergência para a população. “Muitos destes edifícios também podem ter sofrido danos estruturais”, alertou o Unicef.
O órgão das Nações Unidas acrescentou que hospitais, sistemas de distribuição de eletricidade e de abastecimento de água, além das redes de comunicações também foram “fortemente” danificadas em todo o território, incluindo na capital Port Vila.
A fúria do ciclone tropical, que pode provocar um dos piores desastres naturais da história do Pacífico, segundo a ONU, atingiu outros territórios insulares do Pacífico, como Kiribati, Tuvalu e as Ilhas Salomão, provocando dezenas de mortes.
“O Unicef está no terreno nos países afetados, fornecendo assistência imediata. As necessidades mais urgentes incluem o fornecimento de recipientes de água, pastilhas de purificação, sabão e instalações sanitárias temporárias”, informou a organização.
Segundo comunicado, serão necessários, inicialmente, mais de US$ 2 milhões para atendimento das necessidades imediatas dos países afetados. Os recursos serão usados no fornecimento de itens de higiene, saúde, educação, nutrição e serviços de proteção, além de obra de saneamento.
O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU afirmou que ainda não existem números oficiais de vítimas e feridos, mas indicou que algumas informações apontam para a morte de pelo menos 44 pessoas na província de Penama, no centro de Vanuatu.
Até o momento, foi confirmada a morte de seis pessoas em Port Vila, onde vivem cerca de 40 mil pessoas. Segundo as autoridades locais, 80% das casas da cidade ficaram seriamente danificadas.

Agência Lusa e Agência Brasil



Musical revive a história de Paulo da Portela no samba do Rio


Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg
Reverenciado por sucessivas gerações do samba, Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela, teve uma trajetória pessoal que se confunde com a própria história desse gênero musical na cidade do Rio de Janeiro. Nascido em 1901, aos 20 anos ele já estava envolvido com os blocos carnavalescos do bairro de Oswaldo Cruz, na zona norte carioca, e batalhava pelo reconhecimento profissional dos sambistas, na época ainda tratados como marginais pela polícia.
Um desses blocos de que Paulo participava, o Vai como Pode, deu origem, em 1935, ao Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, a hoje tradicional azul e branco de Madureira. Compositor com vários sambas gravados, Paulo da Portela desentendeu-se com sua escola em 1941, em pleno desfile de carnaval. Oito anos depois, morria, vítima de um ataque cardíaco, e os bairros de Madureira e Oswaldo Cruz choraram a perda do sambista.
Pioneiro da interação entre o universo do samba e os intelectuais e os políticos, Paulo da Portela tem sua vida narrada em um espetáculo musical em cartaz na Sala Municipal Baden Powell, em Copacabana, zona sul do Rio. Com texto de Wilson Machado e direção de Aduni Benton, A História de Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela, tem à frente do elenco os atores Wilson Rabelo e Zezé Motta.
Rabelo interpreta Paulo, narrador de sua própria história, enquanto dois outros atores, Leonardo Castro e Thiago Justino, encarnam, respectivamente, o personagem quando jovem e já no fim da vida. O espetáculo percorre as várias fases da vida de Paulo da Portela. Amigos e companheiros do mundo do samba, como Cartola, Heitor dos Prazeres, Antônio Rufino e Antônio Caetano, também são personagens do musical.
De acordo com o diretor Aduni Beton, a peça “mostra a essência desse extraordinário homem, sensível, mas combativo defensor do povo negro, que estava à frente de sua época e brigava pela dignidade e respeito ao sambista”. Beton também dirige a Cia É tudo Cena!, grupo teatral voltado para a pesquisa, valorização e promoção da cultura negra e afrodescendente brasileira e responsável pela montagem.
A História de Paulo Benjamin de Oliveira, o Paulo da Portela fica em cartaz até 29 de março, com apresentações de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Os ingressos custam R$ 50, a inteira, e R$ 25, a meia-entrada. A Sala Municipal Baden Powell fica na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 360, em Copacabana, zona sul do Rio.

Agência Brasil