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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Consumidor busca menos crédito no início de 2016, diz Serasa Experian

Demanda por crédito caiu 2,6% em janeiro, frente ao mesmo mês de 2015. Juros e inflação alto, além de desemprego, desencorajaram consumidor.

A quantidade de consumidores que buscaram crédito em janeiro de 2016 caiu 2,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo aponta a Serasa Experian. Frente a dezembro de 2015, o recuo foi menor, de 0,6%.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, juros e inflação altos, desemprego em ascensão e baixo grau de confiança estão "afugentando" os consumidores do crédito.
Em janeiro de 2016, frente ao mesmo mês de 2015, a demanda do consumidor por crédito recuou em todas as regiões geográficas do país. No Nordeste o recuo foi de 8,2% e no Centro-Oeste, de de 6,8%. No Norte a retração foi de 3,9%. No Sul e Sudeste as quedas foram menores: -0,7% e -0,3%; respectivamente.
Fonte: G1 - 16/02/2016 e Endividado

Seguradora deverá cumprir contrato e pagar indenização por invalidez


A Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A deverá pagar, ao autor da ação, o valor de R$ 90.182,93 a título de indenização por invalidez. A decisão é da 3ª Vara Cível de Brasília.

O autor afirmou que é cabo do Exército Brasileiro em processo de reforma, e aderiu a um seguro de acidentes pessoais (VIP MAIS) celebrado com a Capemisa. Noticiou que sofreu acidente automobilístico e lesionou seu joelho esquerdo, causando sua incapacidade permanente para as atividades militares. Assegurou que a apólice contratada prevê o pagamento de indenização por invalidez no valor de R$ 90.182,93 e apresentou documentos.

A Capemisa foi devidamente citada e apresentou contestação. Alegou que a apólice contratada do Plano Vip Mais não prevê cobertura para o caso de invalidez, somente para o evento morte natural e acidental. Ao final, pediu pela improcedência do pedido.

Em análise dos autos, a juíza verificou que o autor contratou com a seguradora o seguro "VIP MAIS", em junho de 2008. No certificado, consta expressamente que "O VIP Mais é um pecúlio Individual por Morte conjugado com o Seguro de Acidentes Pessoais". Ademais, a proposta de inscrição remete ao Processo SUSEP, cujas condições gerais trazem a seguinte definição de acidente pessoal:

"3.1. Acidente Pessoal é o evento com data caracterizada, exclusivo e diretamente externo, súbito, involuntário, violento, e causador de lesão física, que, por si só e independente de toda e qualquer outra causa, tenha como consequência direta a morte, ou a invalidez permanente, total ou parcial do Segurado, ou que torne necessário tratamento médico (...)"

Para a juíza, embora tal cláusula esteja em divergência com o conceito de acidente pessoal constante do art. 3° do Manual do Cliente, deve prevalecer a interpretação mais favorável ao segurado, na forma do art. 47 do CDC.

Desta forma, a magistrada julgou procedente o pedido formulado pela parte autora e condenou a Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A ao pagamento de R$ 90.182,93, a título de indenização por invalidez.

Da decisão, cabe recurso.

Processo: 2015.01.1.110454-9
Fonte: TJDF - Tribunal de Justiça do Distrito Federal - 16/02/2016 e Endividado


Chile: marcha por educação 'transformadora'

Protesto que reuniu nesta quinta-feira milhares de estudantes terminou em confronto com a Polícia


Santiago – Milhares de estudantes voltaram ontem às ruas do Chile exigindo um reforma educacional “transformadora” e em repúdio às medidas propostas pelo governo de Michelle Bachelet. Convocados sob o lema “gratuidade sem transformar não é avançar”, os estudantes avançaram pelo centro de Santiago em um percurso no qual os jovens tocaram tambores e dançaram. “Exigimos o ano inteiro uma reforma educacional transformadora”, ressaltou a presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Valentina Saavedra.
No meio do trajeto na capital, Santiago, uma manifestante escreveu: “Sem negociações ou propostas fracas, educação digna agora!”. Segundo os organizadores, 60 mil manifestantes participaram da marcha. No fim do ato, foram registrados confrontos entre alguns estudantes e agentes das forças especiais chilenas.
Os universitários estão em desacordo com o avanço de uma reforma educacional feita por Michele Bachelet. A dirigente resolveu adiar para 2016 a implementação da primeira parte do projeto de gratuidade nas universidades, que beneficiaria cerca de 200 mil pessoas dos setores mais pobres. Em seu programa de governo, ele havia se comprometido em beneficiar até o fim do seu mandato, em 2018, 70% dos estudantes mais pobres e alcançar a gratuidade total nos próximos dois anos.



Fonte: Correio do Povo, página 8 de 16 de outubro de 2015. 

Consumidora será compensada por uso de cosmético que provocou queda de cabelos

por Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa, Maria Fernanda Martins e Sandra de Araujo


A 2ª Câmara Civil do TJ confirmou sentença da comarca de Urussanga e determinou que um fabricante de cosméticos indenize uma consumidora em R$ 10,3 mil por danos morais e materiais. Segundo os autos, a mulher adquiriu produto de embelezamento capilar mas, depois de aplicá-lo no couro cabeludo, passou a sofrer forte rubor e perda de fios em extensa área da cabeça.

Em apelação, ela pediu a ampliação da condenação, além de valor autônomo em relação aos danos estéticos. O desembargador João Batista Góes Ulysséa, relator da matéria, não viu motivos para acolher tais pleitos. Ele tomou por base trechos dos depoimentos prestados pela própria consumidora nos autos, em que ela informa que teve de conviver com a perda de cabelos e alterar sua apresentação pública "por algum tempo", para concluir que a situação foi passageira.

"Aliás, a lesão não duradoura, tal como um edema ou hematoma, ou ainda, como na hipótese, a queda de cabelo passageira não dão azo ao surgimento do dano estético", concluiu o magistrado (Apelação Cível n. 2014.033742-9).
Fonte: TJSC - Tribunal de Justiça de Santa Catarina - 16/02/2016 e Endividado

terça-feira, 7 de abril de 2015

Vendas na Páscoa têm pior resultado desde 2007, diz Serasa Experian


Consumidores do Distrito Federal compram ovos de chocolate no último dia antes do domingo de Páscoa (José Cruz/Agência Brasil)
De sexta a domingo, as vendas cresceram 3,2%, o que evitou o resultado negativo José Cruz/Agência Brasil
Não houve crescimento nas vendas durante a semana da Páscoa, do dia 30 de março ao dia 5 deste mês, informou hoje (6) a Serasa Experian. No ano passado, a semana da Páscoa foi de 14 a 20 de abril.

O índice mediu o movimento dos consumidores em 16 mil empresas comerciais de todo o Brasil, e os resultados mostraram movimentação equivalente à do ano anterior, sem registro de aumento.
Segundo o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o movimento concentrou-se foi no fim de semana, de sexta-feira (3) a domingo (5). "Até quinta-feira, [o indicador] estava negativo [em relação a 2014]., Então, as compras de última hora fizeram o indicador fechar no 0 a 0”, explicou.
Houve crescimento de 3,2% nos últimos três dias, o que anulou a queda acumulada nos quatro primeiros dias da semana. As vendas de última hora impediram que o indicador registrasse um percentual negativo.
Na cidade de São Paulo, os resultados foram piores na comparação com o restante do país. As vendas na semana da Páscoa caíram 3,7% em relação às do ano passado. No fim de semana, houve queda de 3,1%. Para o economista, esse é um indício de que o mercado consumidor do restante do Brasil está crescendo mais rapidamente do que na capital paulista.
O resultado de vendas no país este ano foi o pior desde 2007, quando começou a pesquisa. Rabi afirmou que o resultado é ruim para a economia como um todo, porque o varejo é um segmento que normalmente cresce, mesmo na recessão, por causa do próprio crescimento populacional.
“Um crescimento nulo varejista é uma situação bastante preocupante para o varejo e para a economia brasileira, porque o varejo sempre foi um setor mais dinâmico. Se o varejo está estagnado, imagine o resto”, acrescentou o economista.

Agência Brasil

Confiança do consumidor para de cair em março, revela CNI


Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* Edição: José Romildo
Pela primeira vez em quatro meses, a confiança do consumidor brasileiro parou de cair. Em março, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado hoje (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou estável em relação a fevereiro.
Apesar da interrupção da trajetória de queda, o índice continua no menor nível desde junho de 2001. No acumulado em 12 meses, o indicador continua a apontar pessimismo. O Inec está 8,1% abaixo do nível de março do ano passado.
Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, é cedo para dizer se a interrupção de queda do índice mostra uma tendência de alta. “O resultado deu uma estabilizada e isso é realmente importante, mas não garante uma alta daqui para frente. Ainda fica difícil apontar uma recuperação. É preciso aguardar os resultados dos próximos meses.”
Dos seis componentes analisados pela pesquisa, três tiveram piora em março. O índice de renda pessoal, que mede a perspectiva de aumento da renda nos próximos seis meses, recuou 11% em relação a fevereiro. O índice de situação financeira caiu 10,6%, e o de endividamento, 4,3%, na mesma base de comparação, mostrando pessimismo em relação à situação financeira e aumento do número de dívidas.
Os três demais indicadores do Inec, no entanto, tiveram melhora. O índice que mede a expectativa de queda da inflação nos próximos meses aumentou 10,6% em março em relação a fevereiro. O número de consumidores que pretendem comprar bens de alto valor subiu 9,9%, e o índice de desemprego, que indica a confiança das pessoas na manutenção das vagas de trabalho, subiu 5% no mês passado.
Feita em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios de todo o país de 21 a 25 de março.

Agência Brasil





Projeto educa pescadores para preservação de leões e lobos-marinhos


Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
leão-marinho
Projeto  educacional  para  preservação  e conservação  de espécies  marinhas, destinado  a comunidades  de pescadores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina  Divulgação/Projeto Pinípedes do Sul, Nema/Petrobras
O Projeto Pinípedes do Sul – Conservação de Leões e Lobos-Marinhos na Costa Sul do Brasil, desenvolvido pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), inicia em maio nova etapa, destinada à educação ambiental de pescadores. Serão beneficiadas comunidades de cinco municípios do Sul do país – duas em Santa Catarina (Laguna e Passo de Torres) e três no Rio Grande do Sul (Torres, Rio Grande e São José do Norte).
O coordenador do projeto, o oceanólogo Kleber Grübel da Silva, informou hoje (6) à Agência Brasil que está sendo produzido material específico para distribuição aos pescadores. A ação é fruto de visitas de prospecção já feitas pelos organizadores do projeto, visando a conscientizar a categoria sobre sua corresponsabilidade no esforço de preservação desses animais.
O projeto é recorte de um programa maior de conservação de mamíferos marinhos do litoral sul, iniciado em 1988. Implantado em abril do ano passado, o Projeto Pinípedes tem patrocínio da Petrobras, dentro do Programa Socioambiental da estatal. O cronograma engloba três frentes de trabalho: monitoramento dos refúgios de pinípedes nos dois estados da Região Sul; monitoramento mensal de 360 quilômetros de praias para análise da mortalidade e dinâmica de ocupação das espécies de pinípedes; e educação ambiental.
“Estamos trabalhando já com a questão das palestras para as comunidades costeiras. Já fizemos 75 palestras nos cinco municípios e distribuímos cerca de 5 mil cadernos do material programado”, disse Silva. Mensalmente, é feito o manejo de animais encalhados nas praias e eles são reintroduzidos no ecossistema. Expedições científicas foram feitas aos principais locais de reprodução dos pinípedes na Argentina e no Uruguai.
Silva vê avanços na conscientização da população sobre a necessidade de preservar a vida e a segurança desses mamíferos. “A população, ao longo dos anos, evoluiu, aprendendo [a ter] uma relação muito importante, tema da nossa campanha de educação ambiental, que é Nossa Vida, Nossos Mares. A ideia não é só valorizar as espécies de pinípedes, como leões e lobos-marinhos, mas dos ecossistemas costeiros. Para isso, trabalhamos a questão da valorização das unidades de conservação e da biodiversidade”, disse ele. Para Silva, é importante também respeitar os mares, os ciclos e os processos envolvidos, que englobam a relação com pescadores e o problema do lixo, porque não adianta trabalhar só na unidade de conservação, se não trabalhar no entorno.
A ação tem de ser integrada para que se obtenha resultados na conservação de pinípedes de maneira mais abrangente, buscando a qualidade de vida. O oceanólogo chamou atenção para o fato de os estoques pesqueiros da região estarem cada vez menores, em contraposição ao poder de pesca do homem, que se elevou, com o uso de embarcações maiores e tecnologia avançada, com sonares e redes de monofilamento. “Isso gera escassez, e essa escassez provoca conflitos”, enfatizou.
Os leões-marinhos são competidores naturais pelos mesmos pescados e áreas de pesca do homem. Com isso, muitos animais morrem afogados ou são agredidos pelos pescadores dentro do processo de escassez. “Anualmente, entre 80 e 100 animais acabam morrendo na costa brasileira”, informou Silva. Daí a importância de levar a mensagem de preservação ambiental aos pescadores. “Os mares têm que ser protegidos como um todo para evitar escassez e ter peixes, tanto para o pescador quanto para a biodiversidade. Não só para os leões e lobos-marinhos, mas também para outras espécies de mamíferos marinhos que dependem do pescado.”
Kleber Grübel da Silva salientou que a situação de escassez do pescado não é um problema apenas local e disse que 75% dos estoques mundiais estão sendo superexplorados. Ele adiantou que o Projeto Pinípedes terá continuidade, mesmo após a conclusão do patrocínio da Petrobras, em abril de 2016.

Agência Brasil