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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Consumo de energia caiu 1,8% em 2015, diz ONS

Elevação das tarifas vem se refletindo nos padrões de consumo
Elevação das tarifas vem se refletindo nos padrões  de  consumo  de  energia | Foto: Carlos Queiroz / CP Memória
Elevação das tarifas vem se refletindo nos padrões de consumo de energia | Foto: Carlos Queiroz / CP Memória
O consumo de energia elétrica no país caiu 1,8% no ano passado em comparação ao de 2014. A informação consta do Boletim de Carga Mensal de dezembro, divulgado nesta terça-feira pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em sua página na internet. 

Segundo o relatório do ONS, em dezembro do ano passado, houve queda de 0,5% na demanda de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN), comparativamente ao mesmo mês de 2014. Em relação ao mês anterior, a demanda fechou com crescimento de 0,6%. 

Houve retração na demanda de energia ao longo de 2015 em dois dos quatro subsistemas – as exceções foram o Subsistema Nordeste, que fechou o ano com crescimento de 3,2%, e o Norte, com 1,7%. No Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por mais de 60% do consumo e concentra os principais parques fabris do país, houve queda de 3,2% na demanda ao SIN. O mesmo percentual de queda foi verificado no Subsistema Sul. 

Ao ressaltar a queda do consumo ao longo de 2015, o ONS destacou que houve crescimento de 0,6% de novembro para dezembro, “apesar do baixo desempenho da atividade econômica, diante da demanda interna fraca, causada principalmente pelo alto endividamento das famílias e taxa de juros e de desemprego elevados”, em decorrência, principalmente, do “movimento de normalização dos estoques da indústria e uma tímida melhora das expectativas”. 

De acordo com o Operador Nacional do Sistema, o crescimento de novembro para dezembro ocorreu também no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, diferentemente do ocorrido nos últimos dez meses. “Também contribuiu para esse resultado a ocorrência de elevadas temperaturas, superiores às ocorridas no mesmo período do ano anterior, em todos os subsistemas." 

Padrão de consumo 

No entendimento do Operador Nacional do Sistema Elétrico, a elevação das tarifas de energia elétrica vem se refletindo nos padrões de consumo de energia, contribuindo para a redução da carga, principalmente nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul onde o impacto dos aumentos tarifários tem sido maior. 

O ONS cita ainda o Nível de Utilização da Capacidade Instalada, que alcançou 75,1% em dezembro, 0,5 ponto percentual acima do nível de novembro (74,6%), quando havia atingido o mínimo histórico, como indutor da expansão da demanda em dezembro. “O Índice de Confiança da Indústria da Fundação Getulio Vargas avançou 1,1 ponto em dezembro, ao passar de 74,8 para 75,9 pontos. O resultado segue-se a uma alta de 3,1 pontos em outubro e uma queda de 1,4 ponto em novembro”, diz o relatório.

Agência Brasil e Correio do Povo

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Condições climáticas devem garantir abastecimento de energia em 2016, diz ONS

As condições hidrológicas e climáticas previstas para o ano que vem, com previsões de chuvas provocadas pelo fenômeno El Niño nas regiões Sul e Centro-Oeste, devem garantir o atendimento à demanda de energia do Brasil no próximo ano, disse o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. Segundo Chipp, a Usina de Itaipu e o Sistema Sul devem assegurar o abastecimento de energia no país em 2016.
Chipp informou que o excedente de energia de Itaipu será transferido para o Nordeste, pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), e não haverá problema nenhum no abastecimento. Além disso, a produção da hidrelétrica será fundamental para amenizar o estresse hídrico vivido pela bacia do São Francisco, na Região Nordeste.
Segundo o ONS, por causa das condições hidrológicas favoráveis, o reservatório de Itaipu está cheio, vertendo água desde o mês passado. “Itaipu foi o mais importante pivô do fornecimento de energia no Brasil e ainda bateu recorde sobre recorde diante da crise causada pela seca. Tanto é que usina, e mais a geração do Sistema Sul, foram quem sustentaram o atendimento do sistema nesses dois anos [2014 e 2015]”, disse Chipp.
Com 20 unidades geradoras e 14.000 megawatts (MW) de potência instalada, a Itaipu Binacional é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Além de Itaipu, o Sistema Sul é composto por hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, termelétricas, parques eólicos.


sábado, 8 de agosto de 2015

Carga nacional de energia tem queda de 2,3% em julho, diz ONS

Os valores da carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiram, em julho, 60.083 megawatts (MW) médios, que representaram queda de 2,3% na comparação com os resultados do mesmo mês no ano passado. Apesar disso, o SIN teve variação positiva de 0,2% em comparação ao mesmo período anterior, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que divulgou hoje (7) o balanço do mês, no acumulado dos últimos 12 meses.
Na avaliação do ONS, o comportamento da carga do SIN reflete, principalmente, o baixo desempenho da indústria, que, diante da elevação dos estoques e da diminuição da demanda interna, faz ajustes no nível de produção. O operador apontou o aumento da taxa de juros, a piora no mercado de trabalho, a alta da inflação e a redução no nível de atividade do setor de comércio e serviços como fatores que influenciaram os resultados.
O ONS destacou também que a elevação das tarifas de energia elétrica causada pelas bandeiras tarifárias, pela revisão tarifária extraordinária e pelo reajuste tarifário anual se reflete no consumo de energia, causando impacto na redução da carga, em especial nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, onde a influência dos aumentos tarifários tem sido maior.
De acordo com o ONS, no mesmo mês, em 2014, o desempenho da carga do Sistema Interligado Nacional foi influenciado negativamente pelo número de feriados e pela redução de jornadas de trabalho em dias de jogos da Copa do Mundo, principalmente nas capitais onde as partidas eram disputadas.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada, entre junho/15 e julho/15, ficou estável em78,2%. Este, de acordo com o ONS, é o menor nível desde abril de 2009, quando marcou 78,0%.