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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Vírus Sincicial ameaça bebês

À medida que a temperatura vai caindo, o risco para contrair o vírus Sincicial Respiratório (VSR) aumenta e os cuidados com os bebês devem ser intensificados. O vírus circula o ano inteiro, mas o Sul do país é mais predominante entre abril e setembro. Julho é o mês com o pico de casos no Rio Grande do Sul.
Conforme o médico Marcus Jones, coautor da pesquisa Brazilian Respiratory Virus Study (Brevi), as crianças prematuras, com as doenças pulmonar crônica, ou problemas cardíacos ou síndrome de Down são as mais vulneráveis. “Nas maternidades, dentro dos hospitais, os bebês estão protegidos, mas quando saem começa o perigo”, disse.
O vírus se confunde com resfriados comuns. Normalmente, começa como resfriado. A evolução pode ser uma bronquiolite. Existe uma vacina para o VSR, indicada para crianças com alto risco. O Brevi acompanhou por um ano 303 pacientes nascidos com até 35 semanas de gestação, considerados prematuros, em três cidades: Porto Alegre, Curitiba (PR) e Ribeirão Preto (SP). O objetivo foi mapear incidência de VSR em infecções respiratórias graves e relacionar a necessidade de internação. Cerca de 10% dos nascimentos ocorrem antes do ideal. Os prematuros normalmente têm alguns órgãos mais frágeis em especial os pulmões. Por conta disso, são mais afetados pelo vírus.
Um estudo financiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que são registrados 33,8 milhões de novos episódios de infecção respiratória em crianças com menos de 5 anos por ano no mundo, sendo que são provocadas especialmente pelo VSR. Outro dado preocupante é o número de óbitos desses pacientes, que pode chegar a 200 mil, e que 99% ocorrem em países em desenvolvimento. Entre as justificativas estão a falta de atendimento médico e de higiene.


Fonte: Correio do Povo, página 14 de 5 de junho de 2015.