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domingo, 30 de novembro de 2014

GABARITO DPE CE 2014 - Resultado da Prova de Domingo 30/11

GABARITO DPE CE 2014 - Resultado da Prova de Domingo 30/11

Posted: 29 Nov 2014 07:11 PM PST

Gabarito da Prova da Defensoria Pública do Estado do Ceará Cerca de aproximadamente sete mil pessoas estarão participando neste domingo (30/11) do concurso DPE CE 2014, serão aplicadas as avaliações através de provas e títulos da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPGE-CE), o concurso é destinado a seleção e contratação de profissionais para preencher 60 vagas. O gabarito DPGE CE 2014

 

TVs públicas lutam pela audiência e contra a falta de recursos

 

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

A crise econômica que atingiu o mundo em 2008 e que ainda hoje se faz sentir na maior parte dos países afetou em cheio o orçamento das empresas públicas de comunicação, que dependem principalmente de recursos públicos para funcionarem. Além disso, precisam disputar a audiência com as novas tecnologias online, notadamente em relação ao público jovem. O assunto foi abordado por executivos de televisões públicas mundiais, reunidos no Rio, de 26 a 28 de novembro, durante a 23ª Conferência Public Broadcaster International (PBI).

O diretor de Assuntos Internacionais e Jurídicos da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), José Lopes de Araújo, disse que o maior problema é o corte de verbas anunciado pelo governo português. “O grande desafio é sobreviver. Temos um orçamento muito reduzido, limitado. O governo decidiu que não vai dar mais um euro do orçamento do Estado para a televisão pública. Desde então, vivemos apenas com a taxa paga por cada lar, que é 2,65 euros por mês por contribuição ao audiovisual, e com seis minutos de publicidade de comerciais por hora”, disse Araújo.

Segundo o executivo, o valor é insuficiente para cobrir todos os custos da estatal. “Temos que viver apenas com este valor, com uma estrutura muito pesada, com mais de 1.600 trabalhadores e estúdios em todo o país. Temos dois canais nacionais abertos, dois canais temáticos no cabo e dois canais internacionais: a RTP Internacional e a RTP África. O nosso orçamento anual é de 220 milhões de euros e nossa receita está 20 milhões de euros abaixo do custo. Esta diferença temos que superar com a redução de custos e a busca de outras formas de financiamento comercial”, disse.

Para melhorar a audiência, segundo ele, uma das estratégias é investir mais em esportes, principalmente o futebol. “Nos últimos três anos, perdemos audiência. Mas faz seis meses que a estamos recuperando. Um dos conteúdos que dão muita audiência é o futebol, que é um produto âncora. Os portugueses, ao serem perguntados sobre o que gostariam que a televisão pública mostrasse, disseram que era o futebol. O futebol e o esporte em geral farão aumentar nossa audiência. Da mesma forma que a melhoria na qualidade dos programas de informação e de ficção.”

A crise financeira também se fez sentir de forma contundente no maior grupo público de mídia mundial, a britânica BBC. O diretor de Políticas Editoriais, David Jordan, disse que  a BBC tem sofrido com a redução das taxas de licenciamento nos últimos três anos e meio, que estão congeladas pelo governo e são corroídas pela inflação. “Isto é um grande desafio. Temos que buscar formas de economizar. Existe o perigo de precisarmos reduzir o nosso serviço, se continuarem a cair as taxas. O grande desafio é como se adaptar à situação em que o nosso orçamento está muito restrito e ao mesmo tempo continuar a garantir todos os serviços que costumamos oferecer”, explicou Jordan.

Segundo ele, o orçamento anual da BBC é de 3,5 bilhões de libras, recebidas pelas taxas de licenciamento pagas por cada casa com televisão, que atualmente é de 144 libras por ano. A taxa está congelada faz três anos e meio e deverá ficar assim pelo próximo ano e meio. “Ganhamos uma pequena parcela de dinheiro com a operação comercial, com a BBC internacional, o que garante algumas centenas de milhões de libras, vendendo programas e formatos de programas.”

Por causa da redução no financiamento, a empresa vem fazendo cortes de pessoal, principalmente nos setores administrativo e de gerenciamento. A maior parte dos 20 mil empregados é dos setores de produção de conteúdo e de jornalismo.

A programação da BBC, segundo o executivo, atinge 96% das pessoas no Reino Unido, que acessam semanalmente algum dos serviços oferecidos, seja através do rádio, da televisão ou da internet. “Globalmente, temos o objetivo de atingir 500 milhões de pessoas até o final desta década. Atualmente, são cerca de 270 milhões de pessoas por ano.”

Para garantir e aumentar a audiência, principalmente junto ao público jovem, a empresa vem investindo em novos canais, incluindo mídia online para tablets e celulares. “Encaramos dois desafios quanto aos jovens. Um é que a tecnologia está mudando e temos que estar aptos a prover toda a nossa programação de diferentes maneiras, seja em tablets ou em celulares. Também temos que apresentar o nosso conteúdo de forma que os jovens queiram acessar, o que é diferente de como os pais deles e os avôs faziam. É importante deixar os conteúdos disponíveis online e temos ajustado a nossa oferta neste sentido. Temos de permanecer relevantes para os jovens, oferecendo conteúdos nas plataformas que eles queiram e dando a eles conteúdos que desejem.”

Ao mesmo tempo, Jordan ressalta que é preciso atender ao público tradicional, que gosta de acessar o conteúdo sentado na poltrona de casa, ouvindo um velho rádio ou na frente da televisão. “O desafio é como continuar a servir nossa audiência tradicional, que gosta de escutar rádio ou ver televisão, e também a nova audiência, que usa tablets e celulares. É um grande desafio não só para a BBC, mas para toda a mídia mundial.”

A Conferência PBI ocorre anualmente, desde 1991, e esta foi a primeira vez que ocorreu em um país da América Latina, organizada pela Empresa Brasil de Comunicação - EBC. A próxima será realizada em 2015 na Alemanha.

 

Agência Brasil

 

Brasil e mais 12 países são reconhecidos pela FAO por combate à fome

 

Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade

O Brasil e mais 12 países foram premiados hoje (30) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pelo progressos obtidos na luta contra a fome, entre eles a redução da proporção de subnutridos e do número absoluto de pessoas com fome. A premiação foi entregue na sede da entidade, em Roma.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, recebeu o prêmio em nome do Brasil.  Também tiveram reconhecidos pela FAO seus esforços no combate à fome: Camarões, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Irã, Kiribati, Malásia, Mauritânia, Ilhas Maurício, México, Filipinas e Uruguai.

O diretor da organização, José Graziano, elogiou as iniciativas que levaram os 13 países aos progressos recentes no combate à fome, mas lembrou que ainda há muito a fazer para erradicar o problema globalmente.

“Vocês superaram grandes desafios em condições econômicas globais e ambientes políticos difíceis. Vocês demonstraram vontade e mobilizaram os meios”, disse Graziano aos representantes dos países vencedores. “Vocês confirmaram que acabar com a fome e a desnutrição no nosso tempo é um desafio, mas também mostraram que é viável”, acrescentou, de acordo com informações da FAO.

Segundo Graziano, apesar dos avanços, 805 milhões de pessoas no mundo ainda sofrem de desnutrição crônica. “É necessário melhorar a qualidade e eficiência dos sistemas alimentares, promover o desenvolvimento rural, aumentar a produtividade, aumentar a renda rural, melhorar o acesso aos alimentos e reforçar a proteção social”, listou.

Entre os esforços reconhecidos pela FAO estão o cumprimento antecipado do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 1, de reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome até 2015, e a meta proposta durante a Cúpula Mundial da Alimentação (CMA), em 1996, de reduzir pela metade o número absoluto de pessoas com fome também até 2015. O Brasil, Camarões e o Uruguai alcançaram as duas metas antecipadamente este ano.

Ao todo, segundo a FAO, 63 países em desenvolvimento atingiram a Meta 1 dos ODM, e mais seis devem alcançá-la em 2015. Dos 63, 25 também alcançaram a meta da CMA.

O Brasil, de acordo com a organização da ONU, avançou por colocar o combate à desnutrição no centro da agenda política, desde a implantação o Programa Fome Zero, em 2003, combinado com programas de apoio à agricultura familiar. A ligação entre proteção e apoio produtivo contribuiu para a geração de empregos e aumento real dos salários, levando à redução da fome e das desigualdades.

 

Agência Brasil

 

Fortalecimento dos órgãos de defesa do consumidor avança no Congresso

 

Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

A proposta de fortalecer os órgãos de defesa do consumidor venceu uma nova etapa no Congresso Nacional. O projeto de lei (PL 5.196/13) que dá aos procons poderes semelhantes aos dos juizados especiais foi aprovado na última semana pelos deputados da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.

Pelo texto, os procons que hoje já realizam as audiências de conciliação em busca de acordos para que as empresas ressarçam pessoas lesadas em seus direitos passarão a definir as medidas corretivas como obrigações. Para assegurar que a determinação seja cumprida, os procons podem, por exemplo, fixar multa diária, com valor de até três vezes o do bem ou do serviço reclamado.

“Hoje se o Procon determina isso não é suficiente para resolver. Agora vai poder exigir substituição e devolução do produto. [O projeto] é muito bom para o consumidor”, avaliou Cláudia Almeida, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Pelas regras atuais, o Procon é uma alternativa que o consumidor pode ou não utilizar. Caso a mudança avance efetivamente, o órgão passa a ser uma instância mais rápida de soluções e quase uma obrigação. “O Procon acaba recebendo a multa e [esta] fica revertida para um fundo, mas para o consumidor fica a tentativa frustada”, explicou a advogada.

Na prática, hoje, o Procon só pode aplicar a multa que é paga ao próprio órgão, mas se a empresa não aceita ressarcir o consumidor ele precisa ir a um juizado especial e começar a ação desde o início. “Se você compra um ferro ou outro produto, dependendo do valor, você é desestimulado, desmotivado a entrar na Justiça”, disse Cláudia ao mencionar a burocracia e demora na solução desses impasses. “Seria um avanço [a aprovação do PL] porque essas ações não envolvem grandes valores e a mudança tornaria o processo mais célere”, completou.

Segundo Cláudia, ainda faltam muitos avanços para que os direitos dos consumidores sejam assegurados. Ela citou casos como o das empresas de telefonia que ainda não ofertam a qualidade mínima de serviços e o da maquiagem de preços em oferta como as da Black Friday.

“Infelizmente falta uma atuação maior. Falta respeitar o que já [há], mas se esse projeto for aprovado já é um ponto positivo, um bom avanço porque o Procon terá estrutura para impor à empresa uma obrigação que ela já teria que cumprir”, concluiu.

A proposta segue agora para análise de deputados que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

Agência Brasil

 

Agente que matou jovem negro nos Estados Unidos deixa a polícia

 

O agente policial Darren Wilson, que um júri decidiu não acusar pela morte do jovem negro Michael Brown, em Ferguson, no centro dos Estados Unidos, anunciou hoje (30), por meio de uma carta, a sua renúncia ao cargo. No texto, divulgado por um dos seus advogados, Wilson justifica a demissão, com efeitos imediatos, por razões de segurança.

A decisão do júri de não avançar com acusação contra Darren Wilson, de 28 anos, que matou Michael Brown, de 18 anos, no dia 9 de agosto, desencadeou uma onda de protestos em Ferguson, no estado do Missouri, que se estendeu para todo o país.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou uma dupla investigação independente no sentido de apurar se houve violação de direitos civis no caso e se a polícia local mantém práticas discriminatórias.

Neste sábado, ativistas de direitos civis iniciaram uma marcha de sete dias, de 192 quilômetros, intitulada Jornada pela Justiça, que partiu do subúrbio de St. Louis rumo à capital do estado do Missouri, Jefferson City.

Um grupo composto por uma centena de manifestantes, muitos oriundos de outros estados norte-americanos, espera reunir o apoio de milhares de pessoas às suas reivindicações durante o percurso da marcha, que incluem a destituição do chefe da Polícia de Ferguson, a realização de amplas reformas nacionais na polícia e um apelo para o fim da discriminação racial.

Após a tranquilidade vivida na quinta-feira (27), Dia de Ação de Graças, na noite de sexta-feira (28), centenas de pessoas voltaram a protestar na sede do Departamento da Polícia de Ferguson e pelo menos 15 foram detidas pelas autoridades.

Este sábado, manifestantes voltaram a tomar as ruas de Ferguson e de outras cidades, como Washington. O caso de Ferguson reabriu dois debates nos Estados Unidos: a discriminação racial e a violência policial.

 

Agência Lusa e Agência Brasil