Geral
RS terá predomínio de sol
Após a quarta rodada de negociações entre centrais sindicais e
governo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República,
Miguel Rossetto, disse hoje (11) que as Medidas Provisórias (MPs) 664 e
665 serão negociadas com as entidades no Congresso Nacional, após a
criação das comissões que vão analisar o tema.
As MPs aumentam o rigor para a concessão de benefícios como abono salarial, seguro-desemprego, seguro-defeso para pescadores artesanais, pensão por morte e auxílio-doença.
“O acordo com as centrais sindicais é que o ambiente de negociação será tripartite. Nossa expectativa é que na próxima semana o Congresso instale as duas comissões especiais. A instalação das duas comissões cria um ambiente positivo de diálogo e de negociação entre o governo, o Congresso e as centrais sindicais”, avaliou.
O ministro disse que o diálogo com as centrais faz parte de uma ampla agenda que não se resume às MPs. Em relação à rotatividade dos trabalhadores no mercado, Rosseto disse que o governo acatou a proposta de regulamentação do Parágrafo 4º do Artigo 19 da Constituição Federal que prevê penalidades para as empresas com rotatividade acima da média. Segundo Rossetto, já existe uma equipe para tratar do projeto de lei.
Perguntado se a medida pode ser prejudicial às empresas, o ministro disse que a ideia é desestimular a rotatividade. “Nós achamos que é muito possível uma regulamentação equilibrada, esse processo vai passar por uma negociação com o setor empresarial. Vamos premiar os setores que têm taxa de rotatividade abaixo da média. Isso é um estímulo positivo”.
Outro ponto de acordo com a centrais até agora trata da inclusão do tempo que o trabalhador está recebendo seguro-desemprego no cálculo para a aposentadoria, desde que ele continue pagando a contribuição ao INSS. Segundo o governo, a medida está em fase operacional.
As centrais sindicais apresentaram 11 propostas ao governo durante as rodadas de negociação, entre elas a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que protege o trabalhador contra a demissão sem motivação. “O que pedimos ao governo é que ele se empenhe com a base de apoio no Congresso para que esta matéria caminhe, ande, comece a tramitar e não fique parada como está”, disse o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Joílson Cardoso.
As centrais também defendem o fim da exigência de novos períodos de experiência após a troca de empresa. De acordo com as entidades, muitos trabalhadores trocam de empresa, mas continuam atuando no mesmo posto. O governo se comprometeu a avaliar o assunto. As centrais sindicais pediram também mudanças nas regras de homologação de demissões, para que todas sejam feitas nos sindicatos, não apenas a dos trabalhadores que tenham mais de um ano de trabalho.
Além de Rossetto, participaram da reunião os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, do Planejamento, Nelson Barbosa, e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Uma nova reunião está prevista para a semana que vem para tratar de temas previdenciários e informalidade.
Agência Brasil
Estudantes de vários estados vêm relatando, em
redes sociais, dificuldades para se inscrever no Programa de
Financiamento Estudantil (Fies). Alguns estão preocupados porque já têm
boletos de mensalidades para pagar, mas não têm garantia de que vão
conseguir o financiamento.
Foi criado no Facebook um grupo chamado Erro M321 Fies 2015, relativo ao aviso “Limite de vagas para esse Campos/IES esgotado”, relatado por estudantes que tentaram se inscrever. O grupo tem 165 estudantes trocando informações a todo instante para tentar resolver o problema.
“Pelo amor de Deus, não sei o que fazer mais! Desde o dia 23, esta mensagem [Erro M321] aparece pra mim e não tenho como trocar de faculdade, pois só existe esta na minha cidade com o curso de medicina veterinária”, lamenta uma estudante do grupo.
Além do "erro", os candidatos ao financiamento contam que o portal para inscrição sai do ar com muita frequência, e por vezes, não aceita o CPF ou a senha do postulante ao crédito. As falhas no sistema têm sido relatadas desde o início das inscrições, no dia 23 de fevereiro. As inscrições para novos financiamentos vão até 30 de abril.
Segundo a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, Amábile Pacios, as universidades não foram informadas pelo Ministério da Educação (MEC) sobre uma limitação de vagas para financiamentos por instituição de ensino.
Em nota, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao MEC, informa que está trabalhando continuamente para garantir estabilidade ao sistema informatizado do Fies. “Ocorre que, com a demanda muito forte dos últimos dias, o sistema passou por problemas de perfórmance, o que é uma situação muito dinâmica. Mas é necessário lembrar que sistemas de grande volume de acessos passam por esse tipo de situação, de forma sazonal, e os órgãos responsáveis estão tomando todas as medidas possíveis para superar as dificuldades.”
A nota do FNDE ressalta ainda que está expandindo o horário de atendimento pela linha direta 0800 616161, que passará a atender também nos fins de semana.
Sobre novas inscrições, o FNDE esclarece que as requisições são liberadas por instituição de ensino e por curso, em ordem cronológica, ressalvados os critérios de qualidade, distribuição regional e disponibilidade de recursos. “A abertura do Fies 2015 leva em consideração a qualidade dos cursos, com atendimento pleno aos cursos nota 5 [nota máxima]. Já nos cursos nota 3 e 4 são considerados alguns aspectos regionais, como cursos e localidades que historicamente foram menos atendidos”, explica a nota.
Agência Brasil
RS terá predomínio de sol
nesta quinta-feira
Centrais e governo vão debater MPs sobre benefícios no Congresso
Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil
Edição: Luana Lourenço
As MPs aumentam o rigor para a concessão de benefícios como abono salarial, seguro-desemprego, seguro-defeso para pescadores artesanais, pensão por morte e auxílio-doença.
“O acordo com as centrais sindicais é que o ambiente de negociação será tripartite. Nossa expectativa é que na próxima semana o Congresso instale as duas comissões especiais. A instalação das duas comissões cria um ambiente positivo de diálogo e de negociação entre o governo, o Congresso e as centrais sindicais”, avaliou.
O ministro disse que o diálogo com as centrais faz parte de uma ampla agenda que não se resume às MPs. Em relação à rotatividade dos trabalhadores no mercado, Rosseto disse que o governo acatou a proposta de regulamentação do Parágrafo 4º do Artigo 19 da Constituição Federal que prevê penalidades para as empresas com rotatividade acima da média. Segundo Rossetto, já existe uma equipe para tratar do projeto de lei.
Perguntado se a medida pode ser prejudicial às empresas, o ministro disse que a ideia é desestimular a rotatividade. “Nós achamos que é muito possível uma regulamentação equilibrada, esse processo vai passar por uma negociação com o setor empresarial. Vamos premiar os setores que têm taxa de rotatividade abaixo da média. Isso é um estímulo positivo”.
Outro ponto de acordo com a centrais até agora trata da inclusão do tempo que o trabalhador está recebendo seguro-desemprego no cálculo para a aposentadoria, desde que ele continue pagando a contribuição ao INSS. Segundo o governo, a medida está em fase operacional.
As centrais sindicais apresentaram 11 propostas ao governo durante as rodadas de negociação, entre elas a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que protege o trabalhador contra a demissão sem motivação. “O que pedimos ao governo é que ele se empenhe com a base de apoio no Congresso para que esta matéria caminhe, ande, comece a tramitar e não fique parada como está”, disse o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Joílson Cardoso.
As centrais também defendem o fim da exigência de novos períodos de experiência após a troca de empresa. De acordo com as entidades, muitos trabalhadores trocam de empresa, mas continuam atuando no mesmo posto. O governo se comprometeu a avaliar o assunto. As centrais sindicais pediram também mudanças nas regras de homologação de demissões, para que todas sejam feitas nos sindicatos, não apenas a dos trabalhadores que tenham mais de um ano de trabalho.
Além de Rossetto, participaram da reunião os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, do Planejamento, Nelson Barbosa, e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Uma nova reunião está prevista para a semana que vem para tratar de temas previdenciários e informalidade.
Agência Brasil
Universitários relatam dificuldades para inscrição no Fies
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
Foi criado no Facebook um grupo chamado Erro M321 Fies 2015, relativo ao aviso “Limite de vagas para esse Campos/IES esgotado”, relatado por estudantes que tentaram se inscrever. O grupo tem 165 estudantes trocando informações a todo instante para tentar resolver o problema.
“Pelo amor de Deus, não sei o que fazer mais! Desde o dia 23, esta mensagem [Erro M321] aparece pra mim e não tenho como trocar de faculdade, pois só existe esta na minha cidade com o curso de medicina veterinária”, lamenta uma estudante do grupo.
Além do "erro", os candidatos ao financiamento contam que o portal para inscrição sai do ar com muita frequência, e por vezes, não aceita o CPF ou a senha do postulante ao crédito. As falhas no sistema têm sido relatadas desde o início das inscrições, no dia 23 de fevereiro. As inscrições para novos financiamentos vão até 30 de abril.
Segundo a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, Amábile Pacios, as universidades não foram informadas pelo Ministério da Educação (MEC) sobre uma limitação de vagas para financiamentos por instituição de ensino.
Em nota, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao MEC, informa que está trabalhando continuamente para garantir estabilidade ao sistema informatizado do Fies. “Ocorre que, com a demanda muito forte dos últimos dias, o sistema passou por problemas de perfórmance, o que é uma situação muito dinâmica. Mas é necessário lembrar que sistemas de grande volume de acessos passam por esse tipo de situação, de forma sazonal, e os órgãos responsáveis estão tomando todas as medidas possíveis para superar as dificuldades.”
A nota do FNDE ressalta ainda que está expandindo o horário de atendimento pela linha direta 0800 616161, que passará a atender também nos fins de semana.
Sobre novas inscrições, o FNDE esclarece que as requisições são liberadas por instituição de ensino e por curso, em ordem cronológica, ressalvados os critérios de qualidade, distribuição regional e disponibilidade de recursos. “A abertura do Fies 2015 leva em consideração a qualidade dos cursos, com atendimento pleno aos cursos nota 5 [nota máxima]. Já nos cursos nota 3 e 4 são considerados alguns aspectos regionais, como cursos e localidades que historicamente foram menos atendidos”, explica a nota.
Agência Brasil