Mostrando postagens com marcador Situação nos hospitais deve afetar salários. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Situação nos hospitais deve afetar salários. Mostrar todas as postagens

domingo, 5 de julho de 2015

Situação nos hospitais deve afetar salários

Sindicato prevê a dificuldade em 80% das entidades

Apesar de o governo do Estado ter anunciado para hoje o pagamento de R$ 70 milhões a hospitais filantrópicos e públicos, prefeituras e fornecedores, o valor é considerado insuficiente para tirar só estabelecimentos de saúde da crise em função do corte e do atraso no repasse de recursos. O administrador do Hospital Santa Bárbara (HSB), de Encruzilhada do Sul, o presidente do Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Vale do Rio Pardo (sindhvarp), Celso Teixeira, prevê que 80% das instituições gaúchas não terão condições neste mês de pagar os funcionários e médicos ou farão apenas para parte do valor.
O HSB, conforme ele, poderá liberar só uma parcela dos salários. Explica que a instituição não vai fazer empréstimo bancário, pois não há segurança sobre quando haverá a liberação dos recursos atrasados. O presidente do Sindhvarp diz que, do total anunciado pelo Estado, a parte destinada aos hospitais – de R$ 35 milhões – representa 40% dos repasses atrasados que deveriam ser pagos no último mês referentes às despesas de maio. Observa que os recursos representam 50% da renda dos estabelecimentos, que ainda têm em torno de R$ 40 milhões a receber da Secretaria Estadual de Saúde. Teixeira afirma que o Estado priorizou o repasse às prefeituras. “Sabemos que os municípios também têm dinheiro a receber e dificuldades, mas possuem outras fontes e podem parar alguns serviços por algum tempo, ressalta.
Ele afirma que nos hospitais nenhum serviço pode parar. “Se parar a lavanderia, afeta outros setores, o mesmo acontece com a cozinha. E se diminuirmos os funcionários, teremos que ter dinheiro para pagar a rescisão e, também, prejudicará os atendimentos”, destaca. “Estamos perto do caos”, acrescenta.


Fonte: Correio do Povo, edição de 2 de julho de 2015, página central.