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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Serviços bancários gratuitos

Consumidor não é obrigado a contratar qualquer pacote de serviços e pode ter conta em qualquer banco sem precisar pagar  

O Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, orienta os consumidores sobre seus direitos ao adquirir, migrar ou manter serviços bancários.

O consumidor, por exemplo, pode optar por uma conta corrente ou poupança gratuita, sem precisar pagar taxas, usando apenas o Rol de Serviços Essenciais. Vale lembrar que a oferta desses serviços que não podem ser cobrados é obrigatória, os bancos devem informar o consumidor sobre essa possibilidade.  

A coordenadora das áreas técnicas do Procon-SP, Renata Reis, explica que, para ter acesso apenas aos serviços bancários gratuitos não é preciso adquirir nenhum produto ou pacote de serviços, já que não se trata de uma modalidade de conta, mas apenas uma conta sem custos na qual o consumidor pode utilizar apenas o Rol de Serviços Essenciais, que tem algumas limitações.  

Renata Reis acrescenta que a Resolução 3919 do Banco Central determina que, ao optar pelo Rol de Serviços Essenciais, o correntista terá direito a um cartão com função débito e poderá realizar até quatro saques por mês, inclusive, por meio de cheque; até duas transferências por mês entre contas da mesma instituição; até dois extratos por mês contendo a movimentação dos últimos 30 dias por meio de guichê de caixa e/ou terminal de autoatendimento, além de realizar livremente consultas pela internet.  

O consumidor também terá direito a receber, até 28 de fevereiro de cada ano, o extrato consolidado, discriminando mês a mês os valores das tarifas cobradas no ano anterior; dez folhas de cheques por mês, desde que o cliente reúna os requisitos necessários à utilização de cheques, conforme a regulamentação em vigor e condições pactuadas; compensação de cheques e prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos, no caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusivamente meios eletrônicos.  

Saiba como economizar ainda mais  

Para evitar gastos desnecessários, o coordenador do Núcleo do Superendividamento do Procon-SP, Diógenes Donizete, alerta que “o consumidor deve ficar atento aos gastos e controlar sua conta de forma a não utilizar além do que o Rol de Serviços Essenciais oferecem – já que isso acarreta em cobrança de taxas – e, principalmente, evitar ao máximo o uso de cheque especial ou qualquer outra linha de crédito, pois os juros geralmente são elevados”.  

Caso o consumidor verifique algum problema com sua conta, como uma cobrança indevida, ele deverá fazer uma reclamação junto ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) de seu banco. Nesse caso, o consumidor terá direito a devolução em dobro do valor pago indevidamente. O Decreto 6.523/2008 determina que a empresa solucione a demanda em até cinco dias úteis.  

Se o problema não for resolvido pela empresa, o consumidor poderá acionar o Procon-SP pelos seus canais de atendimento – mais informações em http://www.procon.sp.gov.br/categoria.asp?id=42 – ou órgão de defesa do consumidor de sua cidade e pelo Banco Central: http://www.bcb.gov.br/pt-br/paginas/default.aspx.
Fonte: Procon SP - 11/12/2015 e Endividado


Empresários devem acompanhar sites de queixas diariamente, dizem especialistas


O chef e dono de restaurantes na Califórnia (EUA) Andrew Gruel anda sempre com dois smartphones e um tablet. São suas ferramentas para responder a cerca de 50 críticas on-line por dia.

Gruel defende que a reação às reclamações nos sites deve ser o mais rápida possível.

Um dos novos restaurantes de sua rede, a Slapfish, que serve frutos do mar, recebeu dezenas de queixas sobre os preços (altos demais) e as porções (pequenas demais).

Gruel alterou os preços do cardápio, aumentou o tamanho das porções e enviou ainda e-mails aos clientes pedindo que voltassem. As críticas que davam uma estrela ao seu restaurante terminaram rapidamente revertidas em classificações de cinco estrelas.

"Críticas negativas podem enterrar o seu negócio", diz Gruel. "Por isso é preciso correr para impedir a queda."

Especialistas alertam que os consumidores escolhem os lugares que frequentarão com base, principalmente, na classificação. Perder apenas uma estrela pode colocar um negócio menor em declínio.

Assim, acompanhar de perto a reputação de uma empresa on-line é parte crítica do esforço para construir uma companhia próspera.

"Os consumidores raramente leem críticas escritas há mais de três meses. Por isso, esse esforço deve ser constante", diz Daniel Lemin, que ensina donos de empresas a combater classificações e críticas on-line fraudulentas.

Segundo ele, a receita para pequenos empresários é simplesmente pedir desculpas e pedir ao cliente uma nova oportunidade.

Para Barbara Findlay Schenck, autora de um manual de marketing para pequenas empresas, as críticas on-line devem ser verificadas diariamente. Ela recomenda identificar os três sites que os clientes mais utilizem e criar um sistema de alerta para acompanhá-los.

"No minuto em que vir uma crítica negativa, procure se há algo que você possa melhorar. Procure coisas que você possa consertar", aconselha Schenck.

OPORTUNIDADE

Outros empresários viram na administração dos comentários na internet uma chance de negócio.

A ReviewTrackers, a Reputation.com e a Status Labs são algumas das que oferecem ferramentas ou software de análise de dados para encontrar queixas e respondê-las rapidamente.

A ReviewTrackers, sediada em Chicago, acompanha mais de 70 sites de reclamações, segundo seu fundador Chris Campbell.

"Os seus clientes já estão falando de você. Não é possível simplesmente ignorá-los", afirma o empresário. "Além disso, uma empresa que cria uma relação com seus clientes cresce."

Gruel prefere responder pessoalmente às críticas, sejam negativas ou positivas, para evitar "respostas enlatadas e impessoais".

"A experiência de uma pessoa em um restaurante vive para sempre no computador", diz o chef, cujo objetivo é conseguir uma classificação quatro ou cinco estrelas para seus restaurantes.

"Isso torna meu negócio sustentável", afirma.

Tradução de PAULO MIGLIACCI
Fonte: Folha Online - 13/12/2015 e Endividado