Prisão de líder do governo foi autorizada pelo STF
Senador Delcídio do Amaral é preso pela PF para não atrapalhar investigações | Foto: José Cruz / Agência Brasil / CP
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, foi preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal (PF), segundo informações do jornal Folha de São Paulo.A operação foi deflagrada depois que o Ministério Público Federal (MPF) apresentou evidências de que o parlamentar tentava conturbar investigações relacionadas à operação Lava Jato. A prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador foi preso no hotel Golden Tulip, onde mora em Brasília, mesmo local onde nessa terça-feira, a PF prendeu o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A PF também fez busca e apreensão no gabinete do petista, no Senado, em Brasília, e nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A prisão de Delcídio é resultado de uma operação deflagrada pela PF que também tem como alvo empresários. As ações foram autorizadas pelo Supremo. Não se trata de uma fase da Lava Jato centralizada em Curitiba, na 1ª instância.
Senador citado na Lava Jato
Amaral foi citado pelo ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que o acusou de participar de um esquema de desvio de recursos envolvendo a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. De acordo com informações da Folha, o senador teria oferecido possibilidade de fuga a Cerveró. Em troca, o ex-diretor não deveria aderir ao acordo de colaboração com a Justiça, revelando irregularidades na estatal.
O senador também foi lembrado por Fernando Baiano, apontado pela Lava Jato como operador de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Baiano disse que Amaral teria recebido 1,5 milhão de dólares, em espécie, na operação de compra da refinaria norte-americana.
É a primeira vez que um senador é preso no exercício do cargo, já que a Constituição Federal só autoriza a prisão de parlamentar em crime de flagrante delito. Conforme a Folha, neste tipo de ação - de obstrução de investigação - a conduta é de crime permanente. É um dos poucos motivos que leva a corte a aceitar prisão preventiva do réu ainda sem julgamento.
Reunião extraordinária no STF
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, pela manhã, o ministro do STF, Teori Zavascki, convocou uma reunião extraordinária da Turma do Supremo dedicada à Lava Jato. A reunião da Corte será reservada - algo raro. De acordo com uma fonte no tribunal, a sessão foi marcada pelo presidente da Turma, ministro Dias Toffoli, a pedido de Teori, relator dos casos relativos ao esquema de corrupção na Petrobras.
O senador foi preso no hotel Golden Tulip, onde mora em Brasília, mesmo local onde nessa terça-feira, a PF prendeu o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A PF também fez busca e apreensão no gabinete do petista, no Senado, em Brasília, e nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A prisão de Delcídio é resultado de uma operação deflagrada pela PF que também tem como alvo empresários. As ações foram autorizadas pelo Supremo. Não se trata de uma fase da Lava Jato centralizada em Curitiba, na 1ª instância.
Senador citado na Lava Jato
Amaral foi citado pelo ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que o acusou de participar de um esquema de desvio de recursos envolvendo a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. De acordo com informações da Folha, o senador teria oferecido possibilidade de fuga a Cerveró. Em troca, o ex-diretor não deveria aderir ao acordo de colaboração com a Justiça, revelando irregularidades na estatal.
O senador também foi lembrado por Fernando Baiano, apontado pela Lava Jato como operador de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Baiano disse que Amaral teria recebido 1,5 milhão de dólares, em espécie, na operação de compra da refinaria norte-americana.
É a primeira vez que um senador é preso no exercício do cargo, já que a Constituição Federal só autoriza a prisão de parlamentar em crime de flagrante delito. Conforme a Folha, neste tipo de ação - de obstrução de investigação - a conduta é de crime permanente. É um dos poucos motivos que leva a corte a aceitar prisão preventiva do réu ainda sem julgamento.
Reunião extraordinária no STF
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, pela manhã, o ministro do STF, Teori Zavascki, convocou uma reunião extraordinária da Turma do Supremo dedicada à Lava Jato. A reunião da Corte será reservada - algo raro. De acordo com uma fonte no tribunal, a sessão foi marcada pelo presidente da Turma, ministro Dias Toffoli, a pedido de Teori, relator dos casos relativos ao esquema de corrupção na Petrobras.
Correio do Povo e Agência Estado