O estado de São Paulo começa a oferecer, na da semana que vem, o exame que identifica o vírus Zika. Se algum município identificar casos suspeitos, deverá encaminhar uma amostra do material genético do paciente ao Instituto Adolfo Lutz, ligado à Secretaria de Saúde do estado.
De acordo com a secretaria, o vírus Zika não está circulando no estado, onde a ocorrência de microcefalia está dentro da média, de 40 casos por ano. A secretaria confirmou que, no primeiro semestre, houve dois casos do Zika no estado, mas ressaltou que as pessoas estão curadas.
O primeiro resultado positivo de febre pelo vírus Zika em São Paulo foi confirmado em 22 de maio deste ano. O infectado era um homem de 52 anos, do município de Sumaré, na região de Campinas, interior paulista. A transmissão da doença, assim como a da dengue, ocorre por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. Os sintomas foram constatados em 10 de março e, na ocasião do anúncio, o paciente já estava curado.
No último dia 26, o secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, informou que dois casos de microcefalia registrados recentemente na cidade de São Paulo estavam sendo investigados por poderem ter relação com o vírus Zika, mas, em ambos, as mulheres apresentaram sintomas da doença no início da gravidez, quando ainda moravam no Nordeste.
Padilha ressaltou que a população precisa reforçar o combate ao Aedes aegypti, que transmite tanto o Zika quanto a dengue, doença potencialmente mais grave para uma gestante do que aquele vírus.
A capital paulista também não registrou aumento no número de casos de microcefalia em 2015. A cidade costuma registrar entre 10 e 15 casos a cada ano e, neste ano, foram notificados 12, o que Padilha considera dentro da média. Quanto aos casos de vírus Zika, o secretário disse que a cidade de São Paulo ainda não recebeu nenhuma notificação de transmissão.