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terça-feira, 24 de março de 2015

Romário volta atrás sobre declaração sobre política

Romário elogiou colegas em retificação - Crédito: Zeca Ribeiro / Divulgação / CP
Política

Romário volta atrás sobre declaração sobre política

 

Ocorrerão ações educativas envolvendo motoristas, motociclistas e pedestres - Crédito: Marcela Barbosa / Divulgação PMPA / CP
Trânsito

EPTC faz ação educativa com ciclistas

 

Peritos que vão fiscalizar denúncias de tortura em presídios tomam posse


Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
O Brasil deu hoje (27) importante passo para cumprir compromisso assumido com a Organização das Nações Unidas (ONU) e reiterado, em 2007, pela presidenta Dilma Rousseff: empossou nove dos 11 peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, empossa hoje os peritos que vão compor o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (Antonio Cruz/Agência Brasil)
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, empossa peritos que
vão compor  o  Mecanismo  Nacional  de  Prevenção  e  Combate  à  Tortura           Antonio Cruz/Agência Brasil
Os peritos terão livre acesso a toda e qualquer instituição de privação de liberdade, ou asilos, suspeitos da prática de tortura física ou psicológica. Na cerimônia de posse, a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, lembrou que mais de 100 países assinaram o protocolo facultativo das Nações Unidas, documento que prevê esse tipo de mecanismo de prevenção e combate à tortura. “No entanto, apenas 80 adotaram alguma medida no sentido de implementar o que nele está previsto”, ressaltou.
Segundo Ideli, a demora para implementação do mecanismo no Brasil decorreu do fato de o país ter dimensão e dificuldades diferenciadas, principalmente em algumas unidades da Federação. “Os nove que hoje estão sendo empossados terão de dar conta do imenso desafio que os espera e poderão, legítima e integralmente, adentrar a todo e qualquer espaço, podendo impedir a tortura secular em nosso país.”
Um dos peritos empossados é José de Ribamar de Araújo e Silva, que já participou de ações na Pastoral da Terra e no antigo Presídio do Carandiru, em São Paulo. Falando em nome dos peritos, na posse, ele disse que o grupo traz em si a experiência de diversos movimentos e de redes onde atuam há anos, no combate à tortura. “A tortura é praticada desde a colonização. Sabemos bem da crueldade como ela sempre foi aplicada por aqui contra índios e negros; e desde a juventude aprendemos a combater a ditadura que modernizou os mecanismos de tortura de nosso Estado. Esse movimento vem para dizer em que medida o Estado é responsável, e quando ele tem de ser reparador da prática de tortura. Nosso olhar será vigilante.”
De acordo com o perito, o maior desafio será “enfrentar os agentes públicos estatais violadores dos direitos humanos, para garantir as investigações e, se for o caso, a punição [dos torturadores]. São eles a ameaça. E a impunidade é o que retroalimenta a violência”.
Os peritos foram escolhidos em seleção pública e terão mandato de dois a quatro anos. Os selecionadores tiveram o cuidado de garantir pelo menos um representante de cada região do país. “Além de formação teórica adequada, é necessário que tenham experiência de acompanhamento de situações onde houve prática de tortura”, explicou a ministra. “Os presídios são locais com casos mais explícitos de tortura, tanto em termos numéricos quanto em gravidade, mas há situações que, em tese, não são de privação de liberdade. É o caso dos locais de acolhimento de idosos, onde é recorrente a prática de retenção de cartões [de saque, como o do Instituto Nacional do Seguro Social, INSS].”
Representando o Subcomitê de Prevenção à Tortura, das Nações Unidas, Margarida Pressburger teceu elogios à iniciativa brasileira. “Hoje é um dia de festa para nosso subcomitê, que há sete anos cobrava  do Brasil o compromisso assinado no protocolo facultativo da ONU”, disse ela. “Ao sofrer tortura, o indivíduo perde completamente a capacidade de ser humano”.

Ao final do discurso – e falando “como cidadã brasileira” – Margarida destacou o orgulho que sente por fazer parte do contexto nacional e deste momento do Brasil. "Dilma é uma mulher que venceu aquilo a que muitos sucumbiram”, reconheceu a representante da ONU.

Agência Brasil


Polícia apreende armas falsas e acessórios de uso restrito em feira de Brasília


Da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Efígie, que contou com o apoio do Exército e da Receita Federal, e resultou na apreensão de cerca de 80 réplicas de armas de fogo (Wilson Dias/Agência Brasil)
Polícia estima custo das réplicas e dos artigos de uso restrito apreendidos em R$ 80 mil Wilson Dias/Agência Brasil
A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) apreendeu hoje (23) 80 réplicas de armas de fogo em uma feira de produtos importados de Brasília. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Três pessoas foram presas. Também foram apreendidos acessórios como tasers, sprays de pimenta e de gás lacrimogênio, aparelhos de visão noturna e lasers de armas de fogo, todos de uso exclusivo das forças de segurança.
A operação apura ainda a suspeita de contrabando e sonegação fiscal na venda dos produtos. A polícia encontrou irregularidades na comercialização dos produtos, como ausência de nota fiscal e venda de artefatos de uso restrito. Segundo a polícia, o custo do equipamento apreendido nas bancas da feira é estimado em R$ 80 mil.
De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do DF, Luiz Henrique Dourado, apenas as armas de pressão, acionadas por molas ou baterias, acompanhadas de notas fiscal e com a extremidade vermelha, podem ser comercializadas.
“Nossa preocupação é que esses objetos são usados para cometer crimes. Eles são facilmente confundidos com armas reais. Algumas são até feitas de metal”, acrescentou o delegado. Segundo Dourado, nos últimos 12 meses, 900 réplicas de armas em situação irregular foram apreendidas durante abordagens em residências e em prisões em flagrante.

Agência Brasil