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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Rodoviários realizam operação tartaruga em Porto Alegre

Filas de coletivos se formam em pelo menos três vias da Capital


Rodoviários realizam operação tartaruga em Porto Alegre Eduardo Cardozo/Rádio Gaúcha/Agencia RBS
Veículos circulam com velocidade inferior a 30 km/hFoto: Eduardo Cardozo/Rádio Gaúcha / Agencia RBS
Rodoviários de Porto Alegre realizaram uma operação tartaruga no início da manhã desta segunda-feira, deixando o trânsito lento em vários pontos da Capital. O tráfego na região central da cidade foi normalizado somente depois das 10h, uma hora após os coletivos voltarem a transitar em velocidade normal.

A ação, que consiste no deslocamento em velocidade inferior a 30km/h, veio em protesto ao reajuste salarial proposto pelas empresas, abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — indicador oficial para orientar os reajustes de salários dos trabalhadores.

Formaram-se filas de coletivos em pelo menos três pontos da capital gaúcha: na Avenida João Pessoa, desde a Ipiranga até o Centro; na Avenida Osvaldo Aranha, desde o Hospital de Pronto Socorro até a rodoviária, e na Farrapos. A lentidão, no entanto, também tomou conta do trânsito em vias adjacentes, como as avenidas Venâncio Aires, Brasil e Cairú e a Rua André da Rocha.
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Devido à demora, alguns passageiros deixaram os coletivos, optando pelo deslocamento a pé. Um dos pontos mais complicados foi a Avenida Osvaldo Aranha. Próximo das 9h, na parada em frente ao Instituto de Educação, além de lentos e atrasados, os ônibus não paravam para pegar passageiros. A camareira Silvia Adriana Moraes da Silva, 41 anos, ficou revoltada. Reclamou com o motorista de um coletivo, desabafando porque a linha que ela queria, o T7, não chegava nunca. E, quando chegou, foi embora de portas fechadas.
— Passou um T7 e não parou porque não quis. Eu vi, ele não estava lotado, o corredor estava vazio — reclamou.
Silvia queria ir para a Avenida Assis Brasil, mas aguardava uma condução há 40 minutos, quando a operação tartaruga começava a se dissipar, às 9h. Outra prejudicada no mesmo local era a recepcionista Fabiana Julianotte Trisch, 36 anos. Há 30 minutos na parada, no aguardo de alguma linha que levasse a Viamão, tinha que matricular o filho no segundo ano do Ensino Fundamental. Era obrigatório que chegasse até as 10h30min, porque depois o responsável pelas matrículas do Colégio Adventista de Viamão iria embora, disse ela. Além do atraso por causa da operação tartaruga, Fabiana tinha outra reclamação:
— A tabela de verão eu não entendo. As linhas reduzem todas. Antes tinha ônibus a cada 20 minutos, agora é a cada hora, praticamente. Ainda tem gente que precisa de ônibus no verão.