Graça Foster e Dilma: ou crime ou incompetência
Ricardo Noblat
É clara a tentativa conjunta da presidente Dilma Rousseff e de Graça Foster para deixar tudo como está na Petrobras.
Deixar tudo como está significa manter Graça – ou Graciosa como prefere Dilma – na presidência da Petrobras. E mais os diretores que ela queira manter.
Dilma e Graça não são apenas queridas amigas. Não seria o bastante. São aliadas. Cúmplices em tudo que a Graça faça com o aval de Dilma.
Daí o empenho de Dilma em proteger Graça do mar de lama que ameaça afogar a Petrobras e subir a rampa do Palácio do Planalto.
De sua parte, Graça tudo tem feito para se proteger – e proteger Dilma. Nada disse até aqui que comprometa a amiga.
E outro dia, para preservar a si mesma, transferiu bens para os nomes de parentes, uma maneira de escapar de um eventual bloqueio deles.
Se Dilma mandasse Graça embora não estaria apenas pondo em risco a biografia da amiga, mas também a sua.
Afinal, o que teria havido? Dilma falhara na escolha da principal executiva da mais importante empresa do país? Ou fora traída por ela?
Num caso como no outro, errara fortemente. E logo numa área na qual se considera especialista.
Despachar Graça seria também por em risco a própria biografia de Dilma.
De resto, Graça à frente da Petrobras serve de escudo a Dilma. É uma cabeça que Dilma preserva para entregar em caso de extrema necessidade.
O que Graça tem dito como resposta às revelações feitas por Venina Velosa da Fonseca, ex-gerente da Petrobras, está longe de convencer o distinto público de que fala a verdade.
Como é possível que não tenha convocado Venina para uma conversa e perguntado o que ela queria dizer ao se referir em e-mails a “irregularidades” e a “esquartejamento” de projetos?
Como é possível que não tenha desconfiado que Venina sabia de muita coisa depois de ela ter denunciado corrupção na área de comunicação da empresa? Afinal, a denúncia de Venina acabara comprovada.
Com mais de 30 anos de carreira na Petrobras, como é possível que Graça não fizesse a mais pálida ideia da roubalheira praticada ao seu redor?
Se fez ideia e não tomou providências é criminosa. Se não fez é incompetente. Vale a mesma coisa para Dilma.
Espantoso é o silêncio ensurdecedor dos milhares de funcionários da Petrobras e de seus sindicatos. A que se deve isso?
À cumplicidade com a roubalheira?
Ao aparelhamento da empresa pelos partidos?
Ao medo de perder benefícios e regalias?
A tudo isso junto - e muito mais?
É clara a tentativa conjunta da presidente Dilma Rousseff e de Graça Foster para deixar tudo como está na Petrobras.
Deixar tudo como está significa manter Graça – ou Graciosa como prefere Dilma – na presidência da Petrobras. E mais os diretores que ela queira manter.
Dilma e Graça não são apenas queridas amigas. Não seria o bastante. São aliadas. Cúmplices em tudo que a Graça faça com o aval de Dilma.
Daí o empenho de Dilma em proteger Graça do mar de lama que ameaça afogar a Petrobras e subir a rampa do Palácio do Planalto.
De sua parte, Graça tudo tem feito para se proteger – e proteger Dilma. Nada disse até aqui que comprometa a amiga.
E outro dia, para preservar a si mesma, transferiu bens para os nomes de parentes, uma maneira de escapar de um eventual bloqueio deles.
Se Dilma mandasse Graça embora não estaria apenas pondo em risco a biografia da amiga, mas também a sua.
Afinal, o que teria havido? Dilma falhara na escolha da principal executiva da mais importante empresa do país? Ou fora traída por ela?
Num caso como no outro, errara fortemente. E logo numa área na qual se considera especialista.
Despachar Graça seria também por em risco a própria biografia de Dilma.
De resto, Graça à frente da Petrobras serve de escudo a Dilma. É uma cabeça que Dilma preserva para entregar em caso de extrema necessidade.
O que Graça tem dito como resposta às revelações feitas por Venina Velosa da Fonseca, ex-gerente da Petrobras, está longe de convencer o distinto público de que fala a verdade.
Como é possível que não tenha convocado Venina para uma conversa e perguntado o que ela queria dizer ao se referir em e-mails a “irregularidades” e a “esquartejamento” de projetos?
Como é possível que não tenha desconfiado que Venina sabia de muita coisa depois de ela ter denunciado corrupção na área de comunicação da empresa? Afinal, a denúncia de Venina acabara comprovada.
Com mais de 30 anos de carreira na Petrobras, como é possível que Graça não fizesse a mais pálida ideia da roubalheira praticada ao seu redor?
Se fez ideia e não tomou providências é criminosa. Se não fez é incompetente. Vale a mesma coisa para Dilma.
Espantoso é o silêncio ensurdecedor dos milhares de funcionários da Petrobras e de seus sindicatos. A que se deve isso?
À cumplicidade com a roubalheira?
Ao aparelhamento da empresa pelos partidos?
Ao medo de perder benefícios e regalias?
A tudo isso junto - e muito mais?
Graça Foster, presidente da Petrobras (Imagem: Arquivo Google)