Reformar o currículo do ensino médio é desafio, segundo Cid GomesArquivo/Agência Brasil
A reforma do ensino médio foi apontada pelo ministro da Educação, Cid Gomes, como um dos desafios a ser enfrentado na sua gestão à frente da pasta. Na cerimônia de transmissão de cargo, o ministro se dirigiu aos professores e afirmou que eles terão seu trabalho reconhecido e valorizado. Gomes disse ainda que vai trabalhar para atingir as metas do Plano Nacional de Educação. O ex-governador do Ceará assumiu hoje (2) a pasta que era comandada por Henrique Paim.
“No ensino médio temos um desafio especial, que é, além de ampliar o acesso, reformar o seu currículo, compreendendo as características regionais de cada estado e município brasileiro. Para que tenhamos êxito será necessário todo o apoio de professores e universidades”, disse.
Ao se dirigir aos professores, Cid Gomes disse que estará aberto ao diálogo com a classe. “Gostaria de me dirigir a todos os professores brasileiros. Sou filho e irmão de professores. Minha experiência como prefeito e governador me ensinou ainda mais sobre a necessidade do corpo docente. Pretendo me reunir com seus representantes, vamos valorizar e reconhecer seu trabalho. Meu gabinete estará sempre aberto para receber conselhos, críticas e ajuda”, disse. Em entrevista a jornalistas, depois da cerimônia, ele acrescentou que pretende discutir formas de avaliação para os professores.
O novo ministro recebe o cargo de seu antecessor, Henrique PaimElza Fiúza/Agência Brasil
O novo ministro citou que tem por metas ampliar as vagas de ensino em tempo integral e o atendimento a crianças até 3 anos de idade nas creches, além de universalizar o acesso das crianças de até 5 anos à pré-escola. Melhorar a qualidade do ensino fundamental e continuar a expansão do ensino superior também foram citados por Gomes.
Cid Gomes iniciou o discurso fazendo referência ao novo lema de governo, apresentado ontem (1°) pela presidenta Dilma Rousseff, que é “Brasil: pátria educadora”. “A educação será a prioridade das prioridadescomo nos disse a presidenta Dilma”, observou.
O ex-ministro Paim disse que ao deixar o cargo encerra também um ciclo de 11 anos no Ministério da Educação (MEC), e fez um balanço de sua gestão e dos avanços dos últimos anos na área. Paim destacou como principal conquista a implantação da política de cotas. “A lei de cotas, considero a política mais importante que este governo fez. Conseguimos inverter a lógica de que só estudantes de escolas privadas conseguiam acessar as universidades públicas neste país”, disse.
Paim ainda citou a consolidação de avaliações feitas pelo MEC, o estabelecimento de um padrão sólido de relação com estados e municípios e políticas de formação dos professores.
Cid Gomes terá um início de gestão movimentado. Na primeira semana de janeiro deve divulgar o reajuste do piso nacional dos professores. O reajuste é determinado por lei e o cálculo do percentual é feito por técnicos do ministério. Na segunda semana de janeiro será divulgado o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, em seguida, abertas as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Gomes é formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi eleito prefeito de Sobral em 1996 e em 2000. Em 2006, elegeu-se, em primeiro turno, governador do estado, e também coordenou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo mandato presidencial. Em 2010, foi reconduzido ao cargo de governador.
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AirAsia: sobe para 16 número de corpos retirados do mar
Da Agência Lusa Edição: Talita Cavalcante
As autoridades indonésias elevaram hoje (2) para 16 o número de corpos retirados do mar durante as operações de busca pelo avião da AirAsia, que desapareceu no domingo (28), com 162 pessoas a bordo, no Mar de Java.
Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, os serviços de emergência transportaram oito corpos para Surabaia, na Ilha de Java, onde foi montado o centro de operações, que concentra a maioria dos parentes das vítimas, enquanto outros dois estão na Ilha de Bornéu e seis em barcos.
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Ao menos 30 barcos e 17 aviões dos Estados Unidos, da Austrália, de Cingapura, da Malásia e da China participam nas buscas pelas caixas-pretas do avião da AirAsia, sob condições meteorológicas relativamente boas, com ondas entre 2,5 metros e 3 metros.
Ontem (1º), foi identificada a primeira vítima – Hayati Lutfiah Hamid –, enterrada numa cerimônia que reuniu familiares e amigos em Java Oriental. A sogra, o marido e um filho de Hayati também seguiam a bordo do Airbus 320-200.
Anteriormente, a vítima tinha sido identificada erroneamente pela imprensa local como a aeromoça Khairunisa Haidar Fauzi. As autoridades estimam que o avião esteja entre 30 metros e 50 metros de profundidade, ao Sul da Ilha de Bornéu.
O Airbus da AirAsia decolou no domingo da cidade indonésia de Surabaia. O voo duraria duas horas até Cingapura, mas caiu 40 minutos após a decolagem, no Mar de Java. A bordo seguiam 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês, um malaio e um cingapurense.
Agência Lusa e Agência Brasil
Balsa que pegou fogo no Mar Adriático é rebocada
Da Agência Brasil* Edição: Marcos Chagas
A balsa Norman Atlantic, que pegou fogo no domingo (28) no Mar Adriático e deixou 13 mortos, está sendo rebocada desde ontem (1º) para o porto italiano de Brindisi. As vítimas são 11 passageiros e dois marinheiros albaneses que participavam das operações de socorro no mar.
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Na terça-feira (30), as autoridades admitiram a possibilidade de que sejam encontrados mais mortos, uma vez recuperados os destroços da balsa, segundo explicou o procurador da cidade italiana de Bari, Giuseppe Volpe, responsável pelo inquérito do acidente. Segundo ele, a presença de clandestinos a bordo “está provada”, depois da identificação de dois afegãos e de um sírio que não constavam da lista de passageiros.
O incêndio no navio, que fazia a ligação entre Patras, na Grécia, e Ancona, na Itália, começou no convés destinado aos veículos, quando a balsa estava a mais de 80 quilômetros da ilha grega de Corfu.
*Com informações da Telesur e da Agência Lusa