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domingo, 3 de janeiro de 2016

Rede de cidadãos desenvolve ferramenta digital contra crimes de agentes públicos

Os crimes cometidos pelos agentes públicos, por exemplo, flagrantes forjados, torturas, prisões arbitrárias e agressões de policias contra cidadãos, que já são mostrados nas redes sociais, poderão também, agora, ser denunciados por meio de uma nova ferramenta. Para facilitar a autodefesa do cidadão fluminense contra a violência policial, a rede Meu Rio, em parceria com movimentos sociais e moradores de favelas, vai lançar no fim do mês a ferramenta #SemEsculacho.
“Será uma ferramenta voltada para o usuário do celular, mas que também estará disponível na web”, disse Guilherme Pimentel, coordenador do projeto. “Será basicamente o que a população já coloca nas redes sociais, mas vamos qualificar essa participação. Queremos servir de ponte para oficializar essa denúncia”, disse o integrante da rede de mobilização. "A ferramenta também vai valorizar o policial, o guarda municipal, enfim, o agente público, que preserva os direitos do cidadão", acrescentou.
Só em 2015, dezenas de denúncias de assassinatos e fraude processual foram feitas contra policiais. Em novembro passado, cinco rapazes foram mortos a tiros por policiais policiais militares. Eles estavam em um carro quando foram metralhados. Os policiais ainda foram acusados de forjar a cena do crime. http://agenciabrasil.ebc.com.br/node/987141
Na semana passada, oito policiais militares foram presos suspeitos de torturar com faca e isqueiro, roubar, ameaçar e humilhar quatro jovens entre 13 e 23 anos, em Santa Teresa, bairro da região central da capital fluminense. 
Em setembro, o adolescente Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, seria apenas mais um bandido morto no Morro da Providência, centro do Rio, após trocar tiros com policiais, não fosse a câmera de celular de um morador ter flagrado um dos agentes colocando a arma na mão do jovem e dando dois tiros. 
“O Sem Esculacho é um grupo de ação que conta com o apoio de um grupo de voluntários para trabalhar essa questão. A ideia é divulgar a ferramenta e, depois, pressionar e reivindicar, tomar medidas para ajudar a resolver esse problema”, explicou Pimentel. Queremos influenciar positivamente na construção de uma segurança publica que valorize a vida. Precisamos sair dessa falsa ideia de que são casos isolados".
Criado em 2011, Meu Rio reúne cerca de 200 mil pessoas, na luta por uma cidade inclusiva e sustentável, por meio da comunicação digital. Futuramente a rede pretende organizar oficinas sobre o uso desse tipo de ferramenta. “Estamos articulando saberes e autores que já trabalham com isso, e estamos em um esforço para organizar esse conhecimento para quem quiser se apropriar dele e melhorar sua atuação cidadã”. 
É garantido o anonimato do autor das denúncias e vídeos. Todo o material passará por uma triagem e será encaminhado ao Ministério Público e autoridades competentes. Quem quiser se voluntariar na construção da ferramenta pode se inscrever pelo site http://www.semesculacho.meurio.org.br/.


Agência Brasil



Novas regras do ICMS no comércio eletrônico entram em vigor hoje

A partir de hoje (1º), entram em vigor novas regras para a cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o comércio eletrônico, e os impostos estaduais das mercadorias compradas pela internet passam a ser repartidos entre os estados de origem e de destino do bem.
Neste ano, o estado de destino da mercadoria ficará com 40% do diferencial de alíquotas (parcela do imposto que ele tem direito a receber); e o estado de origem, com 60%. Em 2017, a proporção se inverterá: 60% para o estado comprador e 40% para o estado vendedor. O estado consumidor ficará com 80% em 2018, e a partir de 2019, o diferencial será integralmente cobrado pelo estado de destino.
A medida faz parte da Emenda Constitucional (EC) 87/2015, promulgada pelo Congresso em abril do ano passado, depois de três anos de discussões. A EC criou um cronograma para igualar a repartição do ICMS nas compras virtuais aos demais tipos de consumo. Nas compras físicas, feitas nas lojas, parte do ICMS interestadual fica com o estado produtor e parte com o estado consumidor. A proporção varia de 7% a 12%, conforme o estado de origem da mercadoria.
Durante as discussões no Congresso, os parlamentares optaram por criar um cronograma de transição para reduzir a perda de arrecadação dos estados que sediam páginas de compras. Inicialmente, estava previsto que 20% do diferencial de alíquota do ICMS fossem destinados aos estados consumidores a partir de 2015. No entanto, por causa do princípio da anterioridade, alterações em impostos só podem ser aplicadas no ano seguinte à publicação da mudança.
Com a ascensão da internet, o comércio eletrônico tornou-se um dos principais focos de disputa entre os estados. Isso porque o ICMS de mercadorias compradas pela internet ou por telefone, até agora, ficava integralmente com o estado que abriga a loja virtual por causa da falta de legislação para regulamentar o consumo à distância. A distorção trazia mais arrecadação para Rio de Janeiro e São Paulo, que abrigam a maioria dos sites de compra, e prejuízo para os demais estados, principalmente do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste.
O ICMS interestadual incide quando uma mercadoria é produzida (ou importada) por determinado estado e vendida a outro. O estado de origem recebe a alíquota interestadual e o estado de destino – onde a mercadoria é consumida – fica com a diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota final, chamada de diferencial de alíquotas. Dessa forma, se a alíquota final no estado de destino é de 18%, o estado produtor cobra os 12% de ICMS interestadual, e o estado consumidor fica com 6%.



Cai número de gaúchos devedores


O percentual de famílias gaúchas com contas em atraso registrou uma queda em agosto de 2015 (23%) ante o mesmo mês do ano passado (24,3%). Na média de 12 meses, o indicador teve leve redução, de 21,3% em julho desde ano para 21,1% em agosto. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic-RS), divulgada pela Fecomércio-RS, que ouviu 600 famílias.


Fonte: Correio do Povo, página 6 de 6 de setembro de 2015.


Caixa lucra R$ 3,5 bi no 1º semestre

Brasília – A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,5 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, o que representa uma alta de 2,8% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. No segundo trimestre, o lucro ficou em r$ 1,9 bilhão, um aumento de 25% ante os três meses anteriores e praticamente estável no comparativo anual, quando ficou em R$ 1,87 bilhão.
Os ganhos com operações de crédito representaram 60% da receita total da Caixa. O banco teve um crescimento na carteira de crédito de 17,4% em 12 meses, para R$ 648,1 bilhões, mas o índice de inadimplência (operações vencidas há mais de 90 dias) assou de 2,77% no segundo trimestre de 2014 para 2,85% em igual período deste ano.

Fonte: Correio do Povo, página 10 de 28 de agosto de 2015. 

Cada vez mais perversas, por Taline Oppitz


Não há mais tempo hábil para garantir a votação de projetos do pacote de ajuste fiscal na próxima semana, mas o governo irá insistir na tentativa de acordo de líderes, barrado pela oposição, para antecipar a análise em plenário para o dia 15. O acordo reduziria em pelo menos 20 dias a tramitação dos projetos relativos dos projetos relativos aos depósitos judiciais – o do Tribunal de Justiça, abrindo mão de 50% dos juros que incidem sobre os saques, e o do próprio Executivo, ampliando o índice das retiradas de 85% para 95%. Sem o entendimento incluindo o aumento de impostos, o que anteciparia a votação da proposta em uma semana, o governo sustenta que optará por deixar a tramitação em regime de urgência das propostas dos depósitos, que ficarão aptas à votação somente a partir de 5 de outubro. Ambas, quando aprovadas, garantirão fôlego de cerca de R$ 1,1 bilhão nos caixas do Estado, e permitiriam quitar antes o cronograma estabelecido, nos dias 11, 15 e 23 das parcelas restantes dos salários do funcionalismo que estão em atraso. Cada vez mais, a estratégia política do governo se firma como socialmente perversa. Sete dias na análise da elevação de ICMS não terão impacto para os planos do Palácio Piratini mas definitivamente, a quitação dos salários atrasados em 20 dias faria toda a diferença para os servidores estaduais.

Obrigatório

Em tempo: como é autoria do Tribunal de Justiça, o projeto brindo mão de 50% dos juros dos depósitos judiciais por quatro anos não tem possibilidade de regime de urgência na Assembleia. O governador somente pode utilizar a prerrogativa, que reduz a tramitação a no máximo 30 dias, em propostas de autoria do próprio Executivo. Assim, para ser votado junto com o projeto do governo, de ampliação dos índices de saque, obrigatoriamente, a matéria do TJ dependerá de acordo de líderes.

Ministro faz sugestão

O ministro Marco Aurélio Mello, relator no Supremo da ação cautelar do Executivo gaúcho que visa evitar o bloqueio das contas devido ao atraso no pagamento de parcelas da dívida com a União, sugeriu que os valores mensais, até dezembro, poderiam ser incluídos no estoque da dívida. A proposta foi feita na reunião com o governador José Ivo Sartori e os presidentes da Assembleia, Edson Brum, e do Tribunal de Justiça, José Aquino Flôres de Camargo, na última quarta-feira, em Brasília. O advogado-geral da União, Luis Adams, que também estava no encontro, ouviu atento, mas não deu sinalização favorável à sugestão do ministro.


Mais tempo para discussão

O governo retirou o regime de urgência do projeto referente aos créditos presumidos. Com a decisão, a proposta, que reduz em 30% os créditos presumidos concedidos pelos Executivo às indústrias e estabelece revisão futura para cada setor, terá mais tempo para ser debatido. Nos últimos dias haviam sido intensificados por diversos setores as articulações contrárias à proposta. Além de lideranças empresariais, da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo da Assembleia, parlamentares do PP negociavam alterações no projeto ou a retirada da urgência.


Basegio entregará denúncias a Brum

Enfrentando processo de cassação na Assembleia, Diógenes Basegio divulgou nota afirmando que não iria utilizar como retaliação informações relativas a supostas irregularidades envolvendo cargos de confiança em gabinetes de outros parlamentares da Assembleia. O material, incluindo representação formal contra um deputado, será entregue por Basegio na próxima semana ao presidente da Casa, Edson Brum.


Apartes

Segundo levantamento do governo Sartori, medidas de controle dos gastos de custeio estão caindo dando resultados. Os dados apontam que no primeiro semestre deste ano, a economia chegou a cerca de R$ 300 milhões. Em diárias para fora do Estado, a redução foi 71,72%. Nos primeiros seis meses do ano, os gastos foram de R$ 387 mil. Em 2014, no mesmo período, ficaram em R$ 1,3 milhão. Em passagens aéreas, a redução foi de 70,66%. Até agora foram gastos R$ 1,2 milhão; no primeiro semestre de 2014 foram R$ 4,36 milhões. Em consultorias, a economia ficou em 66,74%. De R$ 26,1 milhões no primeiro semestre de 2014, o valor está agora em R$ 8,6 bilhões.




Fonte: Correio do Povo, página 3 de 5 de setembro de 2015.