Os cortes
no orçamento do governo federal atingiram áreas essenciais como
saúde e educação. Com isso, os reflexos na oferta de vagas já se
fazem sentir em programas importantes para o país, como é o caso do
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec),
que oferece vagas em áreas tecnitas. De acordo com dados divulgados
pelo Ministério da Educação, neste ano o total de vagas oferecidas
superará 1 milhão delas. Como em 2014 essa oferta foi de mais de
2,5 milhões, constata-se uma redução de cerca de 60% de vagas
disponibilizadas. Segundo o ministro da Educação, Renato Janine
Ribeiro, esse recuo se dá dentro de um marco de incremento na
aplicação de recursos, passando de R$ 18 bilhões de orçamento do
MEC, no ano de 2002, para bem mais de R$ 100 bilhões atualmente.
O ensino
destinado a formar profissionais que possam atuar em áreas
estratégicas para o país, como infraestrutura, saúde, segurança,
saneamento, tecnologia da informação e outras, faz parte de uma
demanda que precisa ser atendida para que o país tenha condições
de aumentar sua produtividade econômica, além de constituir
oportunidades de carreira para milhares de jovens. Não se pode mais
ter um ensino médio que constitui uma etapa comprovadamente falha na
formação dos alunos. Se o estudante puder aliar conhecimentos das
disciplinas básicas com uma efetiva preparação para o mercado de
trabalho, isso pode ser melhor para ele e para a coletividade.
Fonte: Correio do Povo,
edição de 11 de junho de 2015, página 2.