Nos últimos 10 anos, estado vizinho reduziu mortalidade infantil e aumentou expectativa de vida
O Rio Grande do Sul perdeu posições em relação a aspectos demográficos para Santa Catarina nos últimos 10 anos. A Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira, revela que o Estado já não sustenta a menor taxa de mortalidade infantil do país tampouco a maior esperança de vida ao nascer. O RS foi ultrapassado pelo estado vizinho. O Estado destaca-se ainda pela diminuição da taxa de fecundidade. Em 2004, cada mulher no RS tinha, em média, dois filhos. Dez anos depois, em 2014, essa média caiu para 1,58. Esse número é apenas menor em Santa Catarina e no Distrito Federal. A pesquisa revela que nos dois estados cada mulher tem, em média, 1,57 filho.
Com relação à mortalidade infantil, o índice caiu bastante em todo o Brasil. Pela primeira vez nos últimos 10 anos, Santa Catarina e Espírito Santo mostram taxas de mortalidade infantil de apenas um dígito — número de mortes a cada 1.000 nascimentos. Enquanto que em Santa Catarina 9,8 crianças morrem antes de completarem 1 ano (em relação ao número de nascidos vivos), no Rio Grande do Sul a taxa é de 10,2. No ano de 2004, essa mesma taxa no RS era de 13,6 e em SC de 13,8. “Não é que o Rio Grande do Sul tenha estancado, mas os outros estados deram um salto maior”, destaca o supervisor de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE, Ademir Koucher.
A expectativa de vida também aumentou mais em Santa Catarina do que no Rio Grande do Sul durante o período. No RS passou de 73,9 (2004) para 77,2 (2014). Em SC, a expectativa de vida média da população é um pouco mais alta, aliás, a maior do Brasil: 78,4 anos. O estado vizinho ao RS ostenta também a maior expectativa de vida do país para as mulheres: 81,8 anos. “Não há muita diferença, mas, há 20 anos, o Rio Grande do Sul tinha a maior expectativa de vida do Brasil”, comenta Koucher. Ele aponta que Santa Catarina tem crescido muito nos últimos anos, em diversos aspectos, obtendo indicadores sociais que se destacam. “Não é que o RS tenha parado de evoluir, mas é que os outros estados evoluíram em maior escala, principalmente Santa Catarina.”
Além de informações sobre demografia, a pesquisa apresenta dados relacionados à família, educação, trabalho, rendimento e domicílios referentes ao período entre 2004 e 2014. Koucher, que é economista, avalia que as informações relacionados a trabalho que constam na pesquisa não caracterizam a situação atual do país. “São dados de anos de pleno emprego, de 2004 a 2014. Agora, em 2015, que as coisas ficaram mais difíceis, mas não há informação sobre isso, apenas (a teremos) no ano que vem”, explica.
Correio do Povo
O Rio Grande do Sul perdeu posições em relação a aspectos demográficos para Santa Catarina nos últimos 10 anos. A Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira, revela que o Estado já não sustenta a menor taxa de mortalidade infantil do país tampouco a maior esperança de vida ao nascer. O RS foi ultrapassado pelo estado vizinho. O Estado destaca-se ainda pela diminuição da taxa de fecundidade. Em 2004, cada mulher no RS tinha, em média, dois filhos. Dez anos depois, em 2014, essa média caiu para 1,58. Esse número é apenas menor em Santa Catarina e no Distrito Federal. A pesquisa revela que nos dois estados cada mulher tem, em média, 1,57 filho.
Com relação à mortalidade infantil, o índice caiu bastante em todo o Brasil. Pela primeira vez nos últimos 10 anos, Santa Catarina e Espírito Santo mostram taxas de mortalidade infantil de apenas um dígito — número de mortes a cada 1.000 nascimentos. Enquanto que em Santa Catarina 9,8 crianças morrem antes de completarem 1 ano (em relação ao número de nascidos vivos), no Rio Grande do Sul a taxa é de 10,2. No ano de 2004, essa mesma taxa no RS era de 13,6 e em SC de 13,8. “Não é que o Rio Grande do Sul tenha estancado, mas os outros estados deram um salto maior”, destaca o supervisor de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE, Ademir Koucher.
A expectativa de vida também aumentou mais em Santa Catarina do que no Rio Grande do Sul durante o período. No RS passou de 73,9 (2004) para 77,2 (2014). Em SC, a expectativa de vida média da população é um pouco mais alta, aliás, a maior do Brasil: 78,4 anos. O estado vizinho ao RS ostenta também a maior expectativa de vida do país para as mulheres: 81,8 anos. “Não há muita diferença, mas, há 20 anos, o Rio Grande do Sul tinha a maior expectativa de vida do Brasil”, comenta Koucher. Ele aponta que Santa Catarina tem crescido muito nos últimos anos, em diversos aspectos, obtendo indicadores sociais que se destacam. “Não é que o RS tenha parado de evoluir, mas é que os outros estados evoluíram em maior escala, principalmente Santa Catarina.”
Além de informações sobre demografia, a pesquisa apresenta dados relacionados à família, educação, trabalho, rendimento e domicílios referentes ao período entre 2004 e 2014. Koucher, que é economista, avalia que as informações relacionados a trabalho que constam na pesquisa não caracterizam a situação atual do país. “São dados de anos de pleno emprego, de 2004 a 2014. Agora, em 2015, que as coisas ficaram mais difíceis, mas não há informação sobre isso, apenas (a teremos) no ano que vem”, explica.
Correio do Povo