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domingo, 7 de junho de 2015

Produtos: aquisição responsável

 Uma pesquisa recente mostrou que as pessoas sabem da importância de adquirir um produto certificado, dentro das nomas legais. Contudo, uma grande parcela ainda compra no comércio informal devido ao preço, ainda que isso implique colocar em risco a segurança do usuário, notadamente no caso de crianças que recebem brinquedos suscetíveis de causar danos à saúde. Essa postura leva prejuízo à coletividade numa série de itens, inclusive com consequências na prestação de serviços por parte do poder público.
Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto MDA para o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) envolveu 3.387 entrevistados. Do total, 86,9% disseram ter confiança no selo do órgão e 61,4% mostraram preferir produtos com tal indicativo. Todavia, o mesmo levantamento indicou que 32,1% já adquiriram um produto no mercado informal nos últimos 12 meses, com destaque para brinquedos que responderam por 37,1% dessas aquisições.
Esses números mostram que é preciso esclarecer a população sobre o duvidoso custo-benefício desse ato de compra. Não apenas pelo bem ilegal como ainda pelo fato de que esse tipo de atividade, não raras vezes, capitaliza o crime organizado. Além disso, essa movimentação financeira não gera tributos para os cofres públicos, numa evasão de verbas que poderia se traduzir em mais serviços em áreas essenciais, como saúde, educação, segurança e saneamento. Nesse caso, os benefícios são para poucos e os prejuízos do conjunto da sociedade.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 29 de maio de 2015, página 2.