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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

‘Juros do Brasil fazem agiota americano sentir vergonha’, diz NYT

por Dan Horch

Sucesso das lojas de penhores é sinal de que a orgia de endividamento dos consumidores do País está chegando ao limite
Os juros praticados no Brasil fariam um agiota americano sentir vergonha. Os cartões de crédito cobram mais de 240% ao ano. Empréstimos bancários ultrapassam os 100%. Para um número cada vez maior de consumidores que precisam de dinheiro, a loja de penhores é a melhor opção.
Quando a dona de casa Ângela Pereira, de São Paulo, precisou de dinheiro extra para comprar o material escolar da filha, ela penhorou uma corrente de ouro para receber R$ 530. Ajustando para a alta inflação do país, ela pagará juros de apenas cerca de 19%, um pouco mais do que o americano comum costuma pagar no cartão de crédito. ”É acessível e barato”, disse ela.
O crescente sucesso das lojas de penhores é o mais recente sinal de que a orgia de endividamento dos consumidores do país pode estar chegando ao limite.
O inchaço da classe média brasileira – e dos seus hábitos de consumo – ajudou a alimentar a economia em geral durante anos. Mas o crescimento está desacelerando, e os consumidores lutam para pagar suas contas.
A economia enfraquecida foi um ponto inflamável na recente eleição, vencida por pequena margem pela atual presidente Dilma Rousseff no segundo turno.
O banco central elevou os juros novamente, na tentativa de combater a inflação. Mas isso pode pesar no crescimento e complicar ainda mais o panorama do endividamento do consumidor.
Embora ainda representem uma parcela relativamente pequena do setor de crédito, as lojas de penhores têm prosperado, mesmo num momento em que outros tipos de empréstimo parecem pouco atrativos. Alguns brasileiros, mesmo aqueles firmemente instalados na classe média, estão usando as lojas de penhores para quitar as dívidas do cartão de crédito, cobrir despesas inesperadas ou simplesmente acessar uma linha de crédito mais barata.
Getúlio. Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, as lojas de penhores brasileiras são regulamentadas no nível nacional. Em vez de atuarem independentemente e definirem seus próprios juros e regras, as lojas de penhores são operadas pela Caixa Econômica Federal, de propriedade do governo.
A rigorosa supervisão é legado da presidência de Getúlio Vargas, que tomou o poder nos anos 1930 durante um golpe militar e demonstrava simpatia pelo fascismo europeu. Mas ele também apresentou reformas progressistas, incluindo a jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Como parte de sua tentativa de baixar os juros, ele aboliu as lojas de penhores particulares em 1934, conferindo o monopólio do setor à Caixa. Como ocorre com qualquer outro banco, as agências da Caixa têm fileiras de caixas eletrônicos; atendentes para a abertura de contas, solicitações de crédito e hipotecas; e caixas que recebem depósitos e fazem saques. Mas, em 463 das agências da Caixa, há uma fileira de caixas com balanças e ferramentas de joalheiro para pesar e testar metais preciosos, joias e relógios de luxo.
Após a inspeção, o caixa oferece um empréstimo imediatamente, em geral com valor equivalente a 85% do item penhorado. O caixa não faz perguntas sobre o emprego, a renda ou o histórico de crédito do solicitante – basta nome, endereço e cadastro de pessoa física.
O superintendente nacional da Caixa para finanças do consumidor, João Régis Magalhães, disse ser apenas lógico que as lojas de penhores oferecessem juros mais baixos do que outros tipos de crédito: “a operação é simples, incorrendo em poucos custos, e o risco é muito baixo, porque temos uma garantia de retorno do dinheiro”.
O crescimento do crédito oferecido pelas lojas de penhores segue em certos aspectos o boom geral no endividamento dos lares. De junho de 2004 a junho de 2014, o crédito ao consumidor brasileiro aumentou 658%, chegando a US$ 297 bilhões, de acordo com a Associação Nacional de Executivos das Finanças, Administração e Contabilidade. O portfólio de empréstimos oferecidos por penhoras pela Caixa mais do que dobrou nos quatro anos mais recentes, chegando a US$ 670 milhões, com 1,3 milhão de empréstimos em aberto.
As consequências negativas da orgia de crédito foram mais dolorosas em outros tipos de empréstimo. O Banco Central informa que 6,7% dos empréstimos bancários pessoais e 26,3% das contas de cartão de crédito estão em situação de inadimplência. Em comparação, a Caixa disse que apenas 0,6% dos clientes que penhoraram seus bens deixaram de pagar em dia.
Enquanto outras formas de crédito tiveram desaceleração, os empréstimos por penhora continuam a crescer rapidamente. A Caixa planeja dobrar o número de agências que oferecem esse tipo de empréstimo até o final de 2015.
Marianne Hanson, economista da Confederação Nacional do Comércio, disse que muitos lares de baixa renda para os quais o crédito era uma novidade anos atrás “estão agora aprendendo como funcionam os juros e, com isso, procuram a alternativa mais barata”.
O crédito que exige alguma forma de garantia colateral, como a penhora, se encaixa nessa descrição, disse ela. E até os lares de classe média estão procurando as lojas de penhores para romper o ciclo do endividamento.
No início da década, a coordenadora de eventos Arianna França, que trabalha para o judiciário do Estado de São Paulo, enfrentou uma emergência médica. O seguro de saúde do pai não cobriu todos os procedimentos necessários para tratar do câncer dele.
Como servidora civil, Arianna tinha a opção de recorrer ao chamado crédito consignado. Nos empréstimos desse tipo, o empregador do devedor desconta automaticamente do salário a quantia devida a cada mês, e os juros são semelhante aos de uma penhora.
Mas, como muitos outros servidores civis e pensionistas, Arianne já estava gastando mais de 30% da renda no pagamento de empréstimos consignados – o limite permitido pela lei.
“Há tanto crédito disponível que a pessoa simplesmente compra mais e mais. Isso pode se tornar um problema”, disse ela.
Seus cartões de crédito também chegaram rapidamente ao limite. Com frequência, o pagamento mínimo mensal exigido para os cartões de crédito no Brasil não basta para impedir que a dívida aumente.
Assim, dois anos atrás, ela penhorou as joias e conseguiu R$ 40 mil para pagar os cartões de crédito. Os juros são baixos o bastante para que ela possa pagar o principal da dívida, e as joias devem voltar ao seu poder no ano que vem.
Embora possam proporcionar recursos muito necessários, as penhoras também trazem riscos.
Vício. Faz anos que a terapeuta holística Valéria Ferraz, de São Paulo, penhora as joias para ajudar a pagar as contas quando os negócios vão mal, recuperando-as quando os clientes retornam.
“A dinâmica se torna viciante”, disse ela. “É tão fácil obter dinheiro extra que às vezes faço isso mesmo sem precisar de verdade.” Valéria admitiu ter perdido um anel de ouro com diamantes certa vez por não ter pago em dia os juros da penhora.
Quando um cliente se torna inadimplente, a Caixa exibe o item penhorado em sua página da internet. Os interessados podem dar lances usando os caixas eletrônicos do banco. Se o valor captado no leilão for superior à dívida do cliente, este recebe a diferença.
Mas, como a Caixa avalia as joias apenas com base na matéria prima, sem levar em consideração o trabalho de ourivesaria, o preço de leilão raramente reflete o verdadeiro valor das peças.
O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos, disse que as lojas de penhoras podem ser menos caras que outras opções, mas não são baratas.
“Para muitos, a bola de neve não para de crescer”, disse ele. Mas, para aqueles que mantêm sob controle os empréstimos e dívidas, as penhoras podem substituir o cartão de crédito e seus altos juros.
A assistente administrativa Carmelita Valente, de São Paulo, hoje aposentada, penhorou anéis, colares, um pingente e brincos para ajudar a pagar as despesas do lar após a morte do marido, em 1992. Desde então, Carmelita nunca se tornou inadimplente. Mas não conseguiu recuperar os bens penhorados. Em vez disso, faz 22 anos que ela usa a penhora como linha de crédito.
Com base no valor de seus itens, a Caixa permite que ela tome emprestados até R$ 4 mil, mas raramente ela precisa de tanto. ”Juntei algum dinheiro meses atrás e quitei R$ 1.200. Mas, no mês passado, tomei emprestados R$ 600 para pagar por consertos na casa. Tudo depende de minhas necessidades do mês”, disse Carmelita. Atualmente, ela deve R$ 2.300,00.
A aposentada sabe que o melhor seria não tomar empréstimo nenhum. ”Minha filha sempre diz que estou apenas sustentando o banco”, conta ela. Mas, com a renda mensal, ela não consegue poupar para arcar com despesas inesperadas. /Tradução de Augusto Calil
Fonte: Estadão - 04/12/2014 e Endividado

 

Facebook não vai mais rodar vídeos de outros sites, como YouTube e Vimeo

O Facebook não vai mais rodar vídeos de outros sites, como YouTube e Vimeo. A informação foi confirmada à Folha pela rede social.
Em vez disso, os usuários começarão a ser redirecionados para os sites de origem do link postado, que abrirão em outra guia.
"É o que já ocorre com notícias publicadas pelos perfis de jornais, por exemplo", explica Camila Fusco, diretora de comunicação do Facebook no Brasil. "O que estamos fazendo é melhorar a experiência de visualização do usuário, pois os vídeos sempre funcionam melhor na plataforma nativa deles".
Segundo ela, 31 milhões de pessoas –cerca de 50% dos usuários diários do Facebook– veem pelo menos um vídeo por dia na rede social. A mudança não terá qualquer impacto sobre a quantidade de visualizações obtidas pelos vídeos, acrescenta a diretora.
O site continuará rodando apenas os vídeos publicados diretamente na rede social, que funcionam com o auto-play (são iniciados automaticamente, sem áudio, ao surgirem na tela)
A atualização está sendo colocada de maneira gradual para usuários do Facebook em todo o mundo.
Fonte: Folha Online - 04/12/2014 e Endividado

 

Responder e-mails rapidamente e fora do trabalho pode prejudicar a saúde

por HUGO PASSARELLI

Ter de estar em constante comunicação com o escritório e responder e-mails a toda hora, independentemente do horário, pode afetar a saúde dos profissionais. De acordo com uma pesquisa feita na Universidade Northern Illinois (EUA), funcionários muito concentrados em responder e-mails têm pior qualidade de sono e estão mais suscetíveis a faltar ao trabalho por problemas de saúde.
O estudo foi feito com 303 indivíduos que disseram responder e-mails durante a semana, aos fins de semana, nas férias e até quando estavam doentes. De acordo com o "Wall Street Journal", eles também mostraram aos pesquisadores as duas últimas mensagens que eles enviaram em resposta a um e-mail: em quanto tempo eles o responderam.
Larissa Barber, professora de psicologia da universidade e autora da pesquisa, cunhou o termo "telepressão" para explicar essa urgência em responder e-mails, não importa a que horas eles cheguem.
Ela afirma que o exagero pode reduzir um dos principais benefícios da tecnologia, que é poder trabalhar de qualquer lugar, inclusive de casa.
"Essa flexibilidade pode ter efeitos colaterais. Os funcionários começam a achar que precisam estar sempre disponíveis e responsivos às demandas de trabalho o tempo todo. Esse tipo de comunicação contínua faz com que as pessoas não tenham tempo para se recuperar do trabalho", diz.
Barber diz que, analisando as características pessoais dos voluntários, ela descobriu que traços de personalidade não têm muita interferência nesse cenário. O que mais conta, afirma, é a cultura da empresa ou do departamento.
"Assim que possível significa muitas coisas para diferentes pessoas, mas é claro que você fica preocupado em impressionar seu chefe ou colegas, então você pensa que precisa fazer aquilo imediatamente", afirmou ela à revista "Time".
Os especialistas sugerem que as companhias desenvolvam políticas sobre o assunto e definam exatamente qual é a expectativa em torno do assunto, como indicar períodos (dias ou horas) nos quais não se espera que os profissionais respondam às mensagens.
Fonte: Folha Online - 04/12/2014 e Endividado

 

AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO RIO!


1. Em julho de 2010, a avaliação do governo daquele momento, na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, atingiu sua melhor percepção positiva. Pesquisa GPP perguntou, em julho de 2010, se a situação da segurança pública Melhorou, Ficou Igual ou Piorou.  Em julho de 2010, os eleitores que achavam que Melhorou eram 49,1%. Os que achavam que Piorou eram 11,2% e que estava Igual eram 38,8%.
2. Em março de 2012, iniciou-se uma queda. Melhorou foi a avaliação de 38,9%, com queda de 10 pontos, trocando com Igual, que subiu para 47,8%. 
3. Em novembro de 2013, Pesquisa GPP perguntou se o atual governo havia conseguido diminuir a criminalidade no Estado do Rio. A reversão de expectativa ficou clara. Responderam Não 67,5%. Responderam Sim 29,3%.  
4. Em abril de 2014, Pesquisa GPP repetiu a pergunta da série de até março de 2012. A pergunta feita antes da campanha eleitoral evitava que a campanha afetasse a percepção das pessoas. Melhorou foi a resposta de 27% das pessoas (eleitores), numa queda de 22 pontos, quase a metade de 2010. Responderam que estava Igual 33,5%. Mas os que responderam que Piorou haviam crescido mais de três vezes, alcançando 36,7%.
5. Assim, entre julho de 2010 e abril de 2014, a diferença entre Melhorou e Piorou saiu de mais + 37,9 pontos, para menos - 9,7 pontos, uma piora relativa de 47,9 pontos. Ou seja, a percepção de quase a metade dos eleitores havia piorado.
6. É provável que, com o crescimento dos assaltos desde 2012 e as fissuras e tiroteios nas UPPs, que era e é o carro chefe da criação de expectativas sobre a segurança pública, essa avaliação hoje seja ainda pior.
7. Com a posse efetiva de um novo governo no Estado do Rio, em 2015, o vetor segurança pública volta a estar na ordem do dia da avaliação do governo. As entrevistas do secretário Beltrame já não produzem o impacto que produziam antes. Suas explicações, transferindo ou compartilhando responsabilidades com outros níveis de governo e com o passado não são mais suficientes 8 anos depois.
8. Seja em relação à comunicação política, seja em relação ao policiamento ostensivo, mudanças deverão vir para recuperar espaços e reapontar para o clima e o ambiente de julho de 2010.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

Governo revê de 2% para 0,8% crescimento do PIB do país em 2015

por GUSTAVO PATU, VALDO CRUZ e NATUZA NERY

Enquanto a mudança da política econômica ainda está em fase de ensaio, o governo Dilma Rousseff ao menos já mostra uma guinada rumo a um realismo maior em suas previsões para o futuro.
Documento enviado nesta quinta-feira (4) ao Congresso reduziu a projeção oficial para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano, de 2% para 0,8%.
Pela primeira vez na gestão da presidente, trabalha-se com uma expectativa similar à dos analistas de mercado, hoje em torno de 0,77% e em tendência de queda.
A previsão mais realista faz parte da estratégia dos novos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) de trabalhar com metas que sejam possíveis de cumprir para recuperar a credibilidade da política econômica do governo.

Editoria de Arte/Folhapress

Segundo a Folha apurou, a Fazenda vai parar de apresentar previsões próprias de crescimento e passará a usar os números da pesquisa Focus, sondagem com base na opinião do mercado.
Nas palavras de um ministro, "acabou a era dos levantadores de PIB". A decisão é vista pela nova equipe econômica como primeiro gesto para reatar com o mercado financeiro.
A nova estimativa do PIB será utilizada no Orçamento de 2015, que será reformulado dentro dos novos parâmetros. O projeto original contava com uma expansão econômica muito otimista e desde o início vista como impossível de ser atingida, de 3%.
Com a nova previsão para a economia, o governo deverá também promover um corte nas receitas esperadas.
Não por acaso, a meta de poupança para o abatimento da dívida pública, ou superavit primário, já foi reduzida de 2% para o equivalente a 1,2% do PIB –de R$ 114,7 bilhões para R$ 66,3 bilhões.
Só a partir de 2016 a meta de 2% do PIB será restabelecida para União, Estados, municípios e estatais.
As metas foram anunciadas na semana passada por Levy, que terá entre suas missões recuperar a credibilidade da política fiscal.
Ao encaminhar as mudanças ao Congresso, o governo admitiu que será possível reduzir a dívida pública bruta somente a partir de 2016, quando o superavit primário será elevado.
Nos novos cálculos oficiais, a dívida bruta, hoje de 62%, subirá no próximo ano para 64,1%, caindo nos dois anos seguintes para 63,3% (2016) e 62,5% (2017).
Até então, a referência para a política de controle de gastos era a dívida líquida, cuja apuração desconta valores que o governo tem a receber, como as reservas em dólar e o dinheiro injetado nos bancos públicos para a expansão do crédito.
Esse indicador, porém, perdeu credibilidade no mercado com a multiplicação de transações entre o Tesouro e seus bancos e a incerteza quanto ao acerto futuro de contas entre as partes.
Os novos dados indicam que 2015 será um ano de transição, diante do desequilíbrio fiscal deste ano, que pode terminar com deficit nas contas públicas. Apenas em 2016 começaria uma recuperação da economia brasileira, com crescimento de 2% do PIB.
Fonte: Folha Online - 05/12/2014 e Endividado

 

Produção de veículos no Brasil cai 9,7% em novembro sobre outubro, diz Anfavea

Com isso, o volume produzido pelo setor entre janeiro e novembro somou 2,94 milhões de unidades, queda de 15,5% sobre o acumulado no mesmo período do ano passado
A produção de veículos no Brasil em novembro caiu 9,7% sobre outubro, para 264,8 mil unidades, informou a associação que representa montadoras instaladas no país, Anfavea, nesta quinta-feira (4).
Na comparação com novembro de 2013, a produção também recuou 9,7%. Com isso, o volume produzido pelo setor entre janeiro e novembro somou 2,94 milhões de unidades, queda de 15,5% sobre o acumulado no mesmo período do ano passado.
As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, enquanto isso, foram de 294,7 mil unidades em novembro, 4% abaixo de outubro e 2,7% abaixo de novembro de 2013.
As exportações de autoveículos no mês passado somaram US$ 707,6 milhões, queda de 2,6% sobre outubro e tombo de 34,2% no comparativo anual. No acumulado, as exportações somam US$ 8,18 bilhões, queda de 32,2% sobre o periodo de janeiro a novembro de 2013.
Em unidades montadas, as exportações de novembro foram de 25,97 mil veículos, alta de 10,5% sobre outubro, mas baixa de 42,6% sobre um ano antes.
O setor terminou novembro com 146.165 postos de trabalho ocupados, queda de 0,6% sobre outubro e baixa de 7,9% ante o mesmo mês de 2013.
Fonte: IG Economia - 04/12/2014 e Endividado

 

 

Sem avisar usuários, Apple deletou de iPods músicas baixadas fora do iTunes

A Apple deletou do iPod de usuários musicas que haviam sido baixadas em serviços concorrentes ao iTunes entre 2007 e 2009, de acordo com informações do "Wall Street Journal".
A notícia foi revelada na quarta-feira (3) em um tribunal por advogados de um grupo de indivíduos e empresas que conduz um processo antitruste contra a Apple.
Segundo o advogado Patrick Coughlin, se um usuário baixava uma música de um serviço rival e tentava sincronizar seu iPod com a biblioteca do iTunes, a Apple exibia uma mensagem de erro e instruía-o a restaurar as configurações de fábrica do aparelho.
Quando isso era feito, a música baixada anteriormente desaparecia da lista sem que o usuário fosse notificado.
Os reclamantes do processo, que já estende por cerca de uma década, alegam que a Apple abusou de uma posição de monopólio no mercado de reprodutores de música digital e querem US$ 350 milhões em indenizações –valor que pode ser triplicado sob leis antitrustes.
DEFESA
A Apple defendeu-se dizendo que a atitude era uma legítima medida de segurança. Segundo o diretor de segurança da companhia, Augustin Farrugia, a empresa não oferecia explicações mais detalhadas por "não querer confundir os usuários" com muita informação.
Farrugia acrescentou que ataques hackers no passado fizeram com que a Apple ficasse paranóica em relação à proteção do iTunes. Para ele, atualizações que deletavam músicas de rivais tinham como objetivo proteger os consumidores.
Evidências sobre este medo apresentadas durante o caso incluem um e-mail de Steve Jobs em que dizia "Alguém está invadindo a nossa casa".
Fonte: Folha Online - 04/12/2014 e Endividado

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Depósitos na poupança em novembro superam saques em R$ 2,534 bilhões

O Banco Central (BC) informou hoje (4) que os brasileiros depositaram R$ 2,534 bilhões a mais do que retiraram da caderneta de poupança em novembro. A captação é a menor para o mês, desde novembro de 2011, quando o volume ficou em R$ 30,6 milhões.

Saiba Mais

No mês passado, os depósitos na caderneta somaram R$ 139,2 bilhões, enquanto os saques chegaram a R$ 136,7 bilhões. O valor total nas contas passou de R$ 647,5 bilhões, em outubro, para R$ 653,7 bilhões, em novembro. O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores alcançou R$ 3,6 bilhões.

Do saldo das cadernetas de poupança em novembro, R$ 514,7 bilhões pertencem ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos e R$ 138,9 bilhões à poupança rural.

Pela regra atual, quando a taxa Selic é maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial (TR), que é variável. Essa fórmula está em vigor desde agosto do ano passado, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.

A fórmula só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. Os demais direitos de quem aplica na caderneta foram mantidos, como a isenção de taxa de administração e de impostos.

 

Agência Brasil

 

Congresso deve concluir terça-feira votação sobre o superávit primário

 

O Congresso Nacional retoma na próxima terça-feira (9), ao meio-dia, a votação do projeto de lei que desobriga o governo de cumprir a meta de R$ 116 bilhões de superávit primário fixada para 2014. Deputados e senadores se reuniram por quase 19 horas nesta quarta-feira (3) para votar, na madrugada desta quinta-feira (4), o projeto que muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para alterar a forma de calcular esse superávit.

Dos quatro destaques submetidos à votação de madrugada, três foram rejeitados e um ficou para ser votado na próxima terça-feira. Trata-se da Emenda 69, do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), que muda o parágrafo único do artigo 16 da Lei 12.919/2013, para limitar as despesas correntes discricionárias ao montante executado no exercício anterior.

>> Oposição pressiona, mas Congresso aprova alteração da meta fiscal de 2014

Na avaliação do parlamentar, em momento de grave crise fiscal como o atual, a redução das despesas discricionárias poderá auxiliar o governo a atingir melhor resultado primário. Sávio cita o relatório de resultados do Tesouro Nacional apontando, em "outras despesas de custeio" (que são discricionárias, ou seja, de livre gasto pelo gestor) um crescimento de 20% no acumulado de  janeiro a setembro de 2014 em comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Jornal do Brasil

 

Produção de veículos no Brasil cai 9,7% em novembro

Percentual é na comparação mensal e na anual.
No acumulado do ano, queda é de 15,5% em comparação com 2013.

Peter FussyDo G1, em São Paulo

 

indústria Brasil. Robôs soldam carros na fábrica da Ford Motor, em São Bernardo do Campo (Foto: Reuters)Produção e emprego no setor automotivo recuam
(Foto: Reuters)

A produção de veículos no Brasil caiu 9,7% em novembro, na comparação com outubro e também com o mês do ano passado, segundo dados divulgados pela associação de fabricantes (Anfavea) nesta quinta-feira (4).

Em novembro, foram montados no país 264.830 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, ante 293.328 em outubro e 293.189 em novembro do ano passado.

Nos 11 primeiros meses do ano, as fábricas instaladas no território nacional produziram 2.942.358 unidades - uma contração de 15,5% em relação aos 3.481.488 do mesmo período de 2013.

Efeito Argentina
As exportações cresceram 10,5% sobre outubro, para 25.971 unidades. No entanto, o avanço não foi suficiente para amenizar a queda ante o mesmo mês de 2013, que somou 45.234 veículos montados. Principalmente por causa da crise na Argentina, as exportações despencaram 40% entre janeiro e novembro, se comparadas ao mesmo período de 2013.

"Em novembro, o mercado argentino licenciou 38 mil unidades, contra 61 mil no mesmo mês do ano passado, uma queda de quase 38%. Essa queda é importante para nós e afeta o desempenho", afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

Emprego
O nível de emprego no setor automotivo caiu 0,6% em novembro, para 146,2 mil, ante 147 mil em outubro. Mês a mês, a Anfavea considera a situação estável, mas em 1 ano foram fechadas cerca de 12,6 mil vagas no setor, que inclui também máquinas agrícolas. Em novembro de 2013, as fabricantes empregavam 158 mil pessoas no país.

saiba mais

Segundo Moan, a queda no nível de emprego não configura descumprimento do compromisso firmado com o governo federal em maio de 2012, para receber incentivos fiscais. Na época, trabalhavam no setor 147 mil pessoas.

"Sempre deixamos claro que este compromisso permitiria (a dedução de) planos de demissões voluntárias, pedidos de demissão, fim de contratos de trabalho, além de acordos com sindicatos. Se juntarmos todas estas questões a aposentadorias, neste período de maio de 2012 até novembro de 2014, foram 13,6 mil dos postos de trabalho. Desse modo, poderíamos chegar até 133 mil, então, estamos dentro."

Estoque alto
No final de novembro, 414,3 mil veículos estavam parados nos pátios das montadoras e nas concessionárias, o que representa 42 dias de vendas ao ritmo atual. "O nível de estoque é absolutamente inadequado, mas cada empresa continuará trabalhando no crescimento das vendas e na redução da produção", apontou o presidente da Anfavea.

Projeção para o ano
As montadoras mantiveram a estimativa de contração de 5,4% nas vendas para este ano, mas apontam que tombo pode ser maior. "Se repetirmos o mesmo número de dezembro do ano passado, fecharemos o ano em 3,47 milhões unidades, o que daria uma queda de 7,6% ante 2013", disse Moan.

Já para 2015, a perspectiva é de melhora. De acordo com o executivo, o segundo semestre deste ano já apontou melhora em relação ao primeiro e, caso o nível de vendas continue assim no próximo ano, os números deverão ser maiores que 2014.

 

Auto Esporte

 

Dilma e Alckmin assinam contratos de obras de água e transporte para SP

Acordo prevê o investimento de R$ 3,2 bilhões em obras no estado.
Presidente e governador participaram de cerimônia no Palácio do Planalto.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

 

Dilma e Alckmin assinam acordo (Foto: Renato Costa/Frame/Estadão Conteúdo)Dilma e Alckmin durante cerimônia de assinatura de acordo no Palácio do Planalto (Foto: Renato Costa/Frame/Estadão Conteúdo)

A presidente da República, Dilma Rousseff, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinaram nesta quinta-feira (4), em cerimônia no Palácio do Planalto, contratos no valor de R$ 3,2 bilhões para obras de abastecimento de água e mobilidade urbana no estado. A Presidência explicou que o dinheiro será repassado à medida em que o governo do estado informar sobre as etapas das obras a serem realizadas.

De acordo com o Ministério das Cidades, do valor total previsto nos contratos, R$ 2,6 bilhões são referentes a obras do Sistema Produtor São Lourenço, responsável por parte do abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo. O restante, R$ 633,6 milhões, são destinados para obras de expansão da Linha 9 da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM).

saiba mais

Segundo o ministro Gilberto Occhi, que detalhou os números na cerimônia, os R$ 2,6 bilhões serão investidos, por meio de Parceria Público-Privada (PPP), em 80 quilômetros de obras do sistema São Lourenço, que tem capacidade para atender a 1,5 milhão de pessoas em sete cidades da região metropolitana de São Paulo – Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Vargem Grande. As obras deverão ser concluídas, segundo o governo federal, em 2017.

Nas PPPs, as empresas e consórcios são pagos diretamente pelo governo para realizar uma tarefa e podem, também, obter parte do retorno financeiro explorando o serviço.

Nas obras de expansão da Linha 9 da CPTM, serão investidos R$ 633,6 milhões. Desse valor, R$ 500 milhões são do Orçamento Geral da União – quando o repasse sem a necessidade de pagamento pelo estado – e R$ 133,6 milhões em contrapartida estadual.

Este foi o segundo encontro entre Dilma e Alckmin nas últimas semanas. Após as eleições, o governador de São Paulo esteve em Brasília para discutir com a presidente oito projetos do estado para resolver a crise hídrica – ele disse a jornalistas na ocasião que o estado precisa de R$ 3,5 bilhões para as obras. A obra do Sistema São Lourenço, anunciada nesta quarta, porém, não está incluída no pacote apresentado pelo governador Alckmin.

Valores diferentes
Nesta quarta (3), o "Blog do Planalto", vinculado à Secretaria de Comunicação Social da Presidência, e o site do Ministério das Cidades haviam divulgado a informação de que a União e o governo de São Paulo assinariam contratos no valor de R$ 5,8 bilhões.

Entretanto, contratos de algumas das obras anunciadas pelo governo federal não foram assinados.

Em entrevista coletiva, o ministro Gilberto Occhi afirmou não ter conhecimento das razões da divulgação dos dados de outras obras, mas confirmou que estão em análise na pasta.

"De fato, elas estão em fase final. No momento em que estiver concluída [a análise], tanto a presidenta Dilma como o governador de São Paulo irão agendar a possível assinatura. O que estava acordado era isso [R$ 3,2 bilhões]. Não sei o porquê de ter sido levado à imprensa o que está em negociação", disse.

Diferente do que havia sido divulgado pelo Planalto, não foram assinadas nesta quinta as obras de reforma e modernização das estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); implantação da Linha 13 do Trem de Guarulhos; e o projeto para o BRT Metropolitano entre Praia Grande e São Vicente e Terminais (EMTU).

Período eleitoral
Ao discursarem, a presidente Dilma e o governador Geraldo Alckmin ressaltaram que, passado o período eleitoral, é preciso trabalhar pela população e começar a articular políticas que serão desenvolvidas nos próximos anos.

No discurso, Dilma destacou a “parceria” com o governo de São Paulo e afirmou que União e estado deram “mais um passo” para trabalhar em conjunto ações que possam resolver a crise no abastecimento de água na região.

“É fato que durante a campanha é natural divergir, é natural criticar, é natural disputar. E mesmo em alguns momentos é, diríamos assim, compreensível que as temperaturas se elevem. Mas no entanto, depois de eleito, nós temos de respeitar as escolhas legítimas da população brasileira. E essas escolhas legítimas, elas em um país que preza a democracia, que está em processo, inclusive, de construir cada vez mais,  e de aprofundar a sua democracia que está  ficando cada vez mais madura”, disse a presidente.

Alckmin também destacou a parceria com o governo federal na assinatura dos contratos e afirmou que é preciso entender que o dinheiro de São Paulo não é do PSDB, mas do contribuinte e os recursos do governo federal não são “de outro partido”, mas, da população.

“Eu acho que esses princípios, do interesse público, devem servir para unirmos esforços para fazer mais. Tenho certeza que esse bom diálogo e o bom trabalho com o governo vão continuar e quero reconhecer e agradecer o esforço da presidenta Dilma, republicano e louvável, na análise desses projetos técnicos extremamente importantes para os brasileiros de São Paulo”, afirmou.

Meta de superávit
Após a cerimônia com a presidente, Alckmin foi questionado por jornalistas sobre se concorda com o projeto de lei enviado pelo governo federal ao Congresso que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano e a meta de superávit primário – economia feita pelo governo depois de pagar as despesas, exceto juros da dívida pública.

O governador de São Paulo que a “lógica democrática” é a de que quem ganha a eleição passa a governar e quem perde, a fiscalizar as ações do governo. Na avaliação de Alckmin, a discussão em torno do projeto – que teve o texto-base aprovado na madrugada desta quinta pelo plenário do Congresso é democrática e cabe a quem está no poder trabalhar de forma “republicana”.

“Eu acompanho o meu partido [o PSDB, que é contra a proposta do governo], mas quero destacar aqui o bom convívio. Acho que a gente precisa – e quero deixar claro o objetivo da vida pública – melhorar a vida da população e política se faz com civilidade, com parceria” afirmou.

 

G1

 

Brasil adere a plano internacional de combate ao tráfico de pessoas

 

O segundo Plano de Trabalho contra o Tráfico de Pessoas no Hemisfério Ocidental para o período 2015-2018 foi divulgado hoje (4), em Brasília, durante a 4ª Reunião de Autoridades Nacionais em Matéria de Tráfico de Pessoas. Os governos de 35 países do Continente Americano se comprometerão a seguir o plano, cuja adoção oficial ocorrerá amanhã (5) ao término do evento.

Além da adoção do plano de trabalho, será aprovada a Declaração de Brasília, que reitera a condenação do tráfico de pessoas em todas as suas formas de manifestação e destaca a necessidade de medidas de prevenção e de recursos para políticas públicas, entre outras medidas.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o novo plano deve trazer avanços na integração dos países para o enfrentamento do tráfico de pessoas: “quando se fala em combater um crime, precisa ter trabalho de inteligência e de investigação a partir de informações trocadas e de intercâmbio e interação policial”.

Ele  disse que o tráfico de pessoas não é um crime fácil de combater e um dos motivos é o fato de as pessoas exploradas dificilmente denunciarem. “O número de inquéritos abertos é muito pequeno diante daquilo que supomos que seja a realidade. Os números podem dar a impressão de que a incidência do crime é pequena. A parte subterrânea desse crime é percebida mas não se consegue efetivamente mensurar”.

Para a diretora do departamento de segurança pública da Organização dos Estados Americanos, Paulina Duarte, o grande avanço do plano hemisférico é a criação de indicadores com os quais os países se comprometerão a cumprir e que serão avaliados nos fóruns políticos do organismo multilateral.

“O cumprimento dos indicadores em relação a vários itens, especialmente na questão da assistência às vítimas, é um grande avanço. Esse é um crime que ocorre calado. As vítimas não têm voz. Os indicadores vão fazer com que os países trabalhem com medidas de prevenção e de proteção às vítimas. Outro avanço é o compromisso multilateral de trabalhar conjuntamente para a erradicação desse crime hediondo”, disse Paulina.

O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, explicou que o plano traz temas novos com a inclusão das agências de emprego e de mecanismos de empregabilidade para diminuir a situação de vulnerabilidade e a meta de se fortalecer medidas de prevenção com foco no trabalho doméstico e nos fluxos imigratórios.

“O engajamento das empresas é importante para que haja sempre emprego formal e diminua a possibilidade de exploração. Sobre repressão, o plano indica a necessidade de responsabilização não apenas de pessoas físicas, mas também de pessoas jurídicas nos âmbitos civil e criminal. Também há uma garantia de não deportação das vítimas do tráfico de pessoas”, disse Abrão.

O secretário ressaltou que o grande desafio dos países é retirar o crime da invisibilidade. De acordo com ele, em 2012, a Polícia Rodoviária Federal detectou 547 vítimas de tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e trabalho escravo. O Ministério da Saúde contabilizou o atendimento a 130 vítimas e o Ministério do Desenvolvimento Social registrou 292 vítimas de tráfico de pessoas.

Esteve presente também a cantora Ivete Sangalo, embaixadora da Campanha Coração Azul, contra o tráfico de pessoas, uma parceria entre o Ministério da Justiça e o Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime.

“Esta reunião é um importante passo para o enfrentamento do tráfico de pessoas, que representa uma violação dos direitos humanos. Este é um crime que representa a terceira maior fonte de lucro para o crime organizado mundial, depois do tráfico de drogas e de armas”, disse Ivete.

 

 

Agência Brasil e Jornal do Brasil

 

EUA dizem que Estado Islâmico criou campos de treino na Líbia

"Algumas centenas" de militantes do "Estado Islâmico" estão a ser treinados em campos situados no leste da Líbia, indicou o general norte-americano David Rodriguez.

 

13:50 Quinta feira, 4 de dezembro de 2014 Última atualização há 48 minutos

Rebeldes líbios que foram combater para a Síria podem ter regressado

Rebeldes líbios que foram combater para a Síria podem ter regressado /  Unit Bektas/Reuters

Os Estados Unidos estão a observar campos de treino que o autodenominado Estado Islâmico (EI) está a criar no leste da Líbia, indicou o general David Rodriguez, do comando norte-americano para África.

"Algumas centenas" de militantes estão a receber treino em campos que os Estados Unidos referem ainda estarem em fase "embrionária".

"Vamos continuar vigilantes para ver que tipo de ameaça pode resultar dali", afirmou o general norte-americano

"Neste momento há sobretudo pessoas a virem receber treino e apoio logístico", acrescentou em Washington, não dando mais pormenores.

Regresso da Síria
Após a queda do regime de Muammar Kaddafi em 2011, várias tribos e milícias têm combatido entre si pela supremacia local. Alguns reivindicam inspiração do EI, outros da Al-Qaeda. O Governo central saído de eleições perdeu o controle de três das principais cidades do país, entre as quais Bengasi, no leste, a segunda maior.

De 2011 para cá muitos combatentes rebeldes saíram do país para se juntarem a grupos jihadistas nos combates na Síria, donde alguns poderão ter entretanto regressado.

A coligação internacional liderada pelos Estados Unidos tem efetuado desde o verão ataques aéreos contra posições do EI no Iraque e na Síria. O grupo tem dado sinais de pretender estender a sua influência ao Norte de África, onde a Jihad tem sido protagonizada por grupos ligados à Al-Qaeda.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/eua-dizem-que-estado-islamico-criou-campos-de-treino-na-libia=f901171#ixzz3KxTSswnk

 

 

Sapo

 

Corpos de vítimas decapitadas são enterrados em Mogi das Cruzes

Morador de rua e secretária foram sepultados no mesmo cemitério.
Segundo polícia, homem de 23 anos confessou seis homicídios.

Jenifer Carpani e Gladys PeixotoDo G1 Mogi das Cruzes e Suzano

 

Caixão com corpo de Carlos segue para sepultura (Foto: Jenifer Carpani/G1)Caixão com corpo do morador de rua Carlos segue
para sepultura. (Foto: Jenifer Carpani/G1)

Suspeito confessou seis assassinatos, diz polícia de Mogi. (Foto: Jenifer Carpani/G1)Suspeito confessou seis assassinatos, diz polícia
de Mogi. (Foto: Jenifer Carpani/G1)

Duas vítimas decapitadas em Mogi das Cruzes foram enterradas na manhã desta quinta-feira (4) no Cemitério da Saudade, no distrito de Brás Cubas. O suspeito dos crimes é Jhonatan Lopes de Santana, de 23 anos. O ajudante geral foi preso na quarta e, segundo a polícia, confessou seis homicídios e outras três pessoas ficaram feridas em ataques.

O primeiro corpo a ser enterrado foi o de Carlos César de Araújo, de 34 anos, por volta de 9h30. Ele morava nas ruas e foi encontrado decapitado na Avenida Francisco Rodrigues Filho, no bairro do Mogilar, na manhã de quarta-feira.

O auxiliar de jardinagem, Jorge Augusto de Araújo tem 34 anos e era irmão gêmeo de Carlos. Ele contou que reconheceu o corpo do irmão no local do crime. “Foi horrível. Saber que o cara que fez isso está preso não traz tranquilidade. Justiça aqui não há. Mas, nada vai mudar e não vai trazer ele de volta.”

Há 12 anos Carlos saiu de casa para morar nas ruas, dizendo na época que 'passarinho livre tem quem voar'. “Nós respeitamos isso. Ele sempre estava em nossas casas e sempre íamos visitá-lo e sabíamos os passos deles. Ele ficava na região do Mogilar e trabalhava em um ferro-velho.”

Capela do cemitério onde foi feita uma das despedidas para Maria Aparecida (Foto: Jenifer Carpani/G1)Capela do cemitério onde foi feita uma das
despedidas para Maria Aparecida
(Foto: Jenifer Carpani/G1)

Por volta das 11h foi enterrada Maria Aparecida do Nascimento, de 46 anos, mais conhecida como Déde. O velório foi na Igreja de São Benedito, onde ela costumava cantar. A secretária foi atacada em um ponto de ônibus do distrito de César de Sousa também na manhã de quarta-feira. 

Um dos irmãos de Dedé morreu depois de um assalto há cerca de 17 anos. “Meu sobrinho me ligou e disse: 'mataram a Dedé'. Eu nem acreditei. Ela sempre foi uma menina muito boa e não tenho palavras para descrever. Em 17 anos é a segunda perda desse jeito.”

A ajudante geral Eliana Alves, de 43 anos, era amiga de Dedé. Ela diz que a vítima gostava muito de cantar. “Convivia 24 horas com ela. Era uma amiga muito próxima. Ela sempre foi muito importante para todos nós. Era alegre e vivia para a igreja. Liderava o coral e cantava com o coração para Jesus mesmo. Eu estive com ela anteontem, falando sobre as missas de Natal. Perder alguém dói, mas do jeito que foi dói mais ainda.”

Parentes e amigos prestaram rezaram por vítima em igreja de César de Sousa (Foto: Jenifer Carpani/G1)Parentes e amigos rezaram por vítima
em igreja de César de Sousa
(Foto: Jenifer Carpani/G1)

A cabeleireira Sirlei Teresa de Paula Pereira, de 57 anos, também era amiga da vítima de quem lembra com carinho. “Dedé era a minha Dedezinha. Onde ela ia, ela me chamava para eu ir junto. Cantava em todas as paróquias, cantava até sozinha se fosse preciso. A mãe dela está muito forte, eu estava aqui chorando e ela veio e disse para eu não chorar que a Dedé estava em um lugar melhor. Fiquei sabendo quando estava aqui na igreja e estava dando ostia. Via a mãe da Dedé, rezando abaixada. Falaram para ela que a filha tinha sofrido um acidente e ela veio rezar. Depois fiquei sabendo o que aconteceu e fui até o ponto de ônibus. Eu vi tudo e vi que era a Dedé mesmo”, contou chorando, muito emocionada.

Maria do Rosário Coentro, outra vítima, é velada e será enterrada em Itapecirica da Serra às 15h30.

Perfil
De acordo com o delegado seccional Marcos Batalha, ele atacava com golpes de machadinha na cabeça e depois decapitava as vítimas. Em depoimento, segundo a polícia, Jhonatan disse quealvo eram usuários de crack e moradores de rua, mas algumas das pessoas mortas seguiam para o trabalho quando foram atacadas.

Família de suspeito de matar seis pessoas em Mogi das Cruzes e Poá, deixou a casa com medo de represálias (Foto: Jamile Santana/G1)Família de suspeito de matar seis pessoas em
Mogi das Cruzes e Poá, deixou a casa com medo
de represálias (Foto: Jamile Santana/G1)

Vizinhos contaram que Jhonatan era calado e tranquilo. Por medo, a família deixou a casana tarde de quarta-feira.

De acordo com o delegado Seccional, Marcos Batalha, o suspeito não tinha problemas com a Justiça e conflitos familiares. "Pelo menos pelas pesquisas que nós fizemos ele tem uma única passagem criminal por desacato, um crime sem gravidade. Geralmente as pessoas que praticam crimes tão bárbaros, crimes sequenciais, ou seja, diversas mortes, têm histórico de conflito, e acabam  levando para esse lado, da violência. Esse sujeito não tem nada. Nunca passou por dificuldade, não tinha problemas. Nada que justificasse os crimes”, detalhou.

Homem tinha feito machadinha no próprio corpo, segundo a polícia. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Homem tinha feito machadinha no próprio corpo,
segundo a polícia. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

O caso
A Polícia Militar prendeu o ajudante geraldepois que três pessoas foram encontradas decapitadas em Mogi das Cruzes na manhã desta quarta (3). Há ainda outra mulher que foi decapitada em Poá na noite de terça. Na segunda-feira, dois moradores de rua foram atacados também em Mogi. Um morreu e outro está internado no Hospital Luzia de Pinho Melo.
Mais tarde, ele também confessou o assassinato de uma mulher em um local conhecido como "Favela do Gica", no distrito de Brás Cubas no sábado (29), segundo o delegado seccional Marcos Batalha.

Vídeo
Imagens de duas câmeras de monitoramento mostram o ataque a uma das vítimas mortas nesta quarta. Trata-se de um morador de rua. Pedestres e motoristas não reagem diante do crime, ocorrido em uma das ruas mais movimentadas de Mogi das Cruzes, por volta das 6h30.

Ainda de acordo com as informações passadas pelo delegado, o homem tem sinais no corpo relacionados aos crimes. "Logo que ele foi preso, em sua residência, ele apresentava dois sinais feitos por ele próprio no corpo: o desenho de um machado no braço, próximo ao ombro, e um na perna feito com uso de uma agulha, com o número 36". Segundo Batalha, o homem disse que tinha o compromisso de matar 36 pessoas. "Ele disse que tirou as ideias de vídeos de decapitações do Talibã", acrescentou.

O delegado afirmou que o Jhonatan estava consciente em todos os crimes. "Ele disse que se não tivesse sido preso continuaria matando. Ele achou que todas as vítimas eram moradores de rua e disse que eles não pagam impostos, vivem às custas dos outros e que não acha isso certo."

saiba mais

Vítimas
Durante a tarde, a Polícia Civil divulgou uma lista com os nomes das vítimas. De acordo com o levantamento feito pela polícia até agora, a primeira vítima foi identificada como Flávia Aparecida de Paula Honório. Ela foi decapitada em um local conhecido como "Favela do Gica", no distrito de Brás Cubas, no sábado. Na segunda-feira (1º), o suspeito esfaqueou e queimou um morador de rua, que não foi identificado, na Avenida Francisco Rodrigues Filho, no bairro do Mogilar,  e deixou outro gravemente ferido.

Na noite de terça-feira (2), a vítima foi Kelly Caldeira da Silva que foi decapitada em Poá. Nesta quarta-feira, ele atacou três pessoas em diferentes pontos de Mogi das Cruzes. Uma das vítimas foi o morador de rua identificado pela polícia como Carlos César de Araújo que estava na Avenida Francisco Rodrigues Filho. Outra foi Maria do Rosário Coentro, encontrada na Avenida Antonio de Almeida, no Rodeio. A terceira, Maria Aparecida do Nascimento, foi atacada na Avenida Francisco Rodrigues Filho, na Vila Suíssa.

No começo da noite de quarta, Batalha relatou mais um caso: um morador de rua ferido procurou a polícia dizendo ter sido atacado no domingo (30) em frente ao Hospital Luzia de Pinho Melo. Ele contou ter sido agredido com uma machadinha. Ferido, foi ao hospital. A vítima disse ter reconhecido Jhonatan em reportagens e procurou a polícia.

Além disso, o ajudante geral é suspeito de ter tentando matar uma criança de 3 anos.

Prisão
Os policiais militares chegaram ao suspeito, de 23 anos, depois da ligação de uma testemunha. "Recebemos a informação da sequência de crimes e uma testemunha viu as características do veículo e denunciou pelo 190. Com a placa chegamos ao endereço do proprietário do veículo e possível autor dos crimes. Havia marcas de sangue no veículo", explicou a tenente Christiane Rocha Chenk em entrevista ao G1. "No começo ele tentou resistir à prisão, mas depois também encontramos roupas com marcas de sangue e ele confessou os crimes e disse que era para evitar um mal maior. Estamos verificando se houve ajuda de outras pessoas", detalhou.

Carro do suspeito de decapitação em Mogi das Cruzes e Poá (Foto: Jenifer Carpani/ G1)Testemunha anotou placa de carro e levou polícia
ao suspeito. (Foto: Jenifer Carpani/ G1)

A testemunha que viu um dos crimes deu entrevista ao G1, mas por medo preferiu não se identificar. "Estava indo trabalhar, quando cheguei perto vi os braços se agitando, achei que ele estava mexendo em um dos carros estacionados. Ele estava atrás de um caminhao, acho que para as câmeras não pegarem. Quando cheguei perto vi ele terminando de arrancar a cabeça dela. Fui pra cima dele. Ele disse para eu sair fora e me mostrou a machadinha. Fui para trás ele entrou no carro verde e saiu. Corri para anotar a placa."

 

G1

 

Brasil tem 1.364 casos de chikungunya, diz Ministério da Saúde

Até o dia 15 de novembro, 1.364 casos de infecção pelo vírus chikungunya foram diagnosticados no Brasil. Do total, 1.293 foram transmitidos dentro do próprio país (casos autóctones). Outros 71 casos foram importados, ou seja, os pacientes foram infectados

G1

Até o dia 15 de novembro, 1.364 casos de infecção pelo vírus chikungunya foram diagnosticados no Brasil. Do total, 1.293 foram transmitidos dentro do próprio país (casos autóctones). Outros 71 casos foram importados, ou seja, os pacientes foram infectados durante viagens a outros países. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (2).

Houve 759 casos de transmissão interna na Bahia, 531 no Amapá, 2 em Minas Gerais e 1 no Mato Grosso do Sul.

Do total de casos, 125 foram confirmados por exame laboratorial e 1.239 por critério clínico-epidemiológico. De acordo com o Ministério, quando há transmissão intensa em determinada região, o diagnóstico pode ser feito pela observação dos sintomas, caso o paciente tenha tido contato com outras pessoas infectadas.

Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.

Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como as pessoas pegam o vírus?
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.

O chikungunya tem subtipos diferentes, como a dengue?
Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.

Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.

Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.

Segundo Barbosa, é importante observar que o chikungunya é "muito menos severo que a dengue, em termos de produzir casos graves e hospitalização".

Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.

De acordo com Tauil, da SBI, os serviços de saúde brasileiros já estão preparados para identificar a doença. "Provavelmente quem vai receber esses casos são reumatologistas. Já escrevemos artigos voltados para esses profissionais, orientando-os a ficar atentos a pessoas provenientes de áreas em que há transmissão", diz o infectologista. Pessoas que apresentarem os sintomas citados e estiverem voltando de áreas onde existe a transmissão do vírus, como o Caribe, devem comunicar o médico.

Apesar de haver poucos riscos de formas hemorrágicas da infecção por chikungunya, recomenda-se evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) nos primeiros dias de sintomas, antes da obtenção do diagnóstico definitivo.

Como se prevenir?
Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.

Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.

Que medidas preventivas o governo brasileiro adotou?
Desde o ano passado, quando foram confirmados os primeiros casos de chikungunya no Caribe, o Ministério da Saúde começou a elaborar um plano de contingência do vírus para o Brasil. "Existe a possibilidade de transmissão em todo local que há mosquitos vetores", explica o secretário Barbosa.

O plano consiste em promover uma redução drástica da população de mosquitos nos arredores de onde os casos são identificados e orientar médicos, assistentes e profissionais de laboratórios de referência sobre como reconhecer um caso suspeito. Atualmente, seis laboratórios do país são capazes de fazer o teste para detectar o novo vírus.

Em 2010, o Brasil já tinha recebido três casos da doença do exterior: dois surfistas que foram infectados na Indonésia e uma missionária, na Índia.

Aedes Aegypti pode transmitir dengue e chikungunya (Foto: Douglas Aby Saber / Fotoarena)

 

Rondônia Direta

 

Dieta mediterrânea mantém juventude genética, diz pesquisa

  • Foto: Thinkstock

Seguir uma dieta mediterrânea pode ser a receita para uma vida longa, porque estes alimentos parecem manter as pessoas geneticamente mais jovens, dizem pesquisadores dos EUA.

A mistura de vegetais, azeite, peixe fresco e frutas pode impedir o nosso código de DNA de despedaçar, à medida que envelhecemos, de acordo com um estudo publicado no British Medical Journal.

Enfermeiros que se submeteram à dieta apresentaram menos sinais de envelhecimento em suas células.

Os pesquisadores, de Boston, acompanharam a saúde de cerca de 5 mil enfermeiros ao longo de mais de uma década.

A dieta mediterrânea tem sido repetidamente ligada a ganhos de saúde, como a redução do risco de doença cardíaca.

Embora não esteja claro exatamente o que a torna tão boa, seus principais componentes - abundância de frutas e legumes frescos, bem como aves e peixes, em vez de carne vermelha, manteiga e gorduras animais - têm, todos, efeitos benéficos sobre o corpo, bem documentados.

Os alimentos ricos em vitaminas parecem fornecer um tampão contra o estresse e danos de tecidos e células. E, de acordo com este recente estudo, a dieta mediterrânea ajuda também a proteger o nosso DNA.

'Não conclusivo'

Os pesquisadores analisaram minúsculas estruturas chamadas telômeros, que permitem salvaguardar as extremidades dos cromossomos, onde o ódigo de DNA fica armazenado.

Estas tampas de proteção evitam a perda de informação genética durante a divisão celular.

À medida que envelhecemos e nossas células se dividem, os telômeros ficam mais curtos - a sua integridade estrutural enfraquece, o que pode fazer com que as células parem de se dividir e morram.

Especialistas acreditam que o comprimento dos telômeros oferece uma janela para o envelhecimento celular.

Telômeros mais curtos têm sido associados a uma ampla gama de doenças relacionadas à idade, incluindo doenças cardíacas e uma variedade de tipos de câncer.

No estudo, os enfermeiros que em grande parte seguiram uma dieta mediterrânea apresentaram telômeros mais longos, mais saudáveis.

Nenhum componente específico da dieta se destacou como o melhor, o que, segundo os pesquisadores, reforça a importância de se ter uma dieta bem equilibrada.

Especialistas independentes disseram que as descobertas são interessantes, mas não são conclusivas.

David Llewellyn, pesquisador sênior de epidemiologia clínica na Universidade de Exeter, disse:

"Todos os estudos observacionais têm o potencial de produzir estimativas enganosas, e não devemos assumir que a associação com o comprimento dos telômeros é necessariamente causal".

"Dito isto, este grande e bem conduzido estudo é consistente com a hipótese de que as intervenções dietéticas podem levar a melhorias substanciais na saúde".

A Fundação Britânica do Coração disse: "Esses resultados reforçam os nossa recomendação de que manter uma dieta equilibrada e saudável pode reduzir o risco de desenvolver doenças cardíacas."

 

BBC Brasil