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quarta-feira, 2 de março de 2016

Prisão de Santana derrubou Cardozo da Justiça

Por Cláudio Humberto (foto)

A prisão do marqueteiro, amigo e conselheiro João Santana desencadeou uma série de fatos que provocou a saída de José Eduardo Cardozo do cargo de ministro da Justiça. Primeiro, o ex-presidente Lula foi muito duro com Dilma, exigindo a cabeça dele pela enésima vez. E pesaram principalmente os gritos e palavrões da presidente, tão logo ela soube da 23ª fase da Operação Lava Jato.

Caiu a ficha
A prisão de João Santana fez Dilma e sobretudo Lula terem a certeza de que não estão blindados da investigação na Lava Jato.

Caiu pelos méritos

Para exigir a cabeça de José Eduardo Cardozo, Lula alegou o que deveria merecer elogios: o ministro “não controlava” a Polícia Federal.

Torniquete petista

Enquanto pressionava Dilma para demitir o ministro da Justiça, Lula liberava facções “lulistas” a articular o isolamento de Dilma no PT.

Agora está explicado

A pressão contra Cardozo e os ataques nos bastidores do PT fizeram Dilma arrumar a viagem ao Chile, para evitar o aniversário do PT.

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Dilma veta favorito de Lula no controle da Justiça
A saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça foi avisada ao Planalto logo após deflagração da Operação Acarajé, que prendeu o marqueteiro de Dilma e Lula, João Santana, na semana passada. Jaques Wagner (Casa Civil) foi escalado para arrumar o substituto de Cardozo e fez forte lobby pela aprovação de Nelson Jobim, o favorito do ex-presidente Lula para ocupar o posto. Jobim foi vetado por Dilma.

Costas quentes
O ex-procurador-geral de Justiça da Bahia Wellington César não teve resistência no Planalto. É amigo pessoal de Cardozo e de Wagner.

Pontinho extra

Wellington ganhou pontos com o lulista Jaques Wagner. É histórica a rixa entre Procuradoria e Polícia Federal, que, agora, teme perder força

Encontro secreto

Na semana passada, novo ministro foi à Brasília acertar sua nomeação. A reunião, fora da agenda, foi com Dilma e Wagner.

Saída adiada

José Eduardo Cardozo queria a deixar o governo e cuidar da vida, voltando a advogar e a tocar piano, mas Dilma lhe pediu desculpas pelos gritos e fez um apelo para substituir a Luiz Inácio Adams na AGU.

Vai dar rolo

Dilma não ouviu a turma do “vai dar m(*)” ao escolher um procurador para ministro da Justiça. Além de pretender “controlar” investigações, jamais foram pacíficas as relações da PF com o Ministério Público.

Outro rolo à vista

Advogados públicos enviaram a Dilma, há dias, uma lista tríplice para o substituto de Luiz Inácio Adams na Advocacia Geral da União (AGU). Eles detestaram a escolha de José Eduardo Cardozo. Vai ter barulho.

Microcefalia

Se Dilma tivesse visto a entrevista do abestado ministro Marcelo Castro (Saúde), nesta segunda (29), durante a estreia de Cristiane Pelajo na GloboNews, o cargo amanheceria com um novo ocupante.

Água no chopp

Dilma tinha marcado receber prefeitos e governadores para pressionar o Congresso pela aprovação da CPMF. Mas, após a prisão, de João Santana, o marqueteiro, ninguém quer aparecer ao lado da petista.

São trilhões
Os maiores bancos brasileiros (BB, Itaú, Caixa, Bradesco e Santander) controlam 76% de todos os ativos bancários do País e somam em ativos mais de R$ 5,4 trilhões, e não bilhões como esta coluna noticiou, enquanto as outras 130 instituições bancárias somadas têm R$ 1,72 tri.

Roupa suja

Antes de voltar suas atividades no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder de Dilma na Casa que foi preso tentando melar a Lava Jato, deve se reunir com o ministro Ricardo Berzoini (Governo).

Comemora, ministro

Amigos de Luiz Inácio Adams tentam convencê-lo a celebrar sua saída do governo. Acusam Dilma de tripudiar sobre sua lealdade: ela jamais honrou o compromisso de nomeá-lo para o Supremo Tribunal Federal, mesmo após chamá-lo para dar a notícia. Não deu nem satisfação.

Pensando bem…
… menos de dois anos após a reeleição, a corrida agora é para ver quem sai mais rápido do governo Dilma.

Diário do Poder