Para 44% dos entrevistados, o desempenho da presidente foi considerado ruim ou péssimo, segundo o Datafolha
A Receita Federal divulgou, na última semana, datas e regras para declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2015. Entre 2 de março e 30 de abril, o órgão espera receber 27,5 milhões de declarações relativas ao ano-calendário 2014. O contador Jarles Randal Leite, professor de ciências contábeis no Centro Universitário Estácio-Facitec, destaca que o preenchimento da declaração em si é simples. Mas, para não cometer erros, os contribuintes devem estar atentos a detalhes.
O contador pondera que, embora a declaração de dependentes ou despesas de saúde e educação ajude a aumentar o valor da restituição, essas informações precisam ser exatas. A renda dos dependentes, por exemplo, deve constar na declaração de IRPF. “Se tenho um filho estagiando e pago a faculdade dele, o rendimento do filho tem que ser declarado também. Afinal, a empresa onde ele trabalha ou estagia vai declarar”, explica, ressaltando que a Receita Federal cruza as informações.
Outro erro possível é a duplicidade de dependentes, quando dois parentes diretos declaram a mesma pessoa. Jarles Randal explica que filhos e outros familiares não podem constar como dependentes em duas declarações. Na hora de informar despesas dedutíveis, o valor tem de estar de acordo com o discriminado no recibo ou nota fiscal. Randal esclarece que não adianta tentar declarar despesas médicas de valor maior do que o real. “A Receita tem a informação, através da declaração médica dos estabelecimentos [Declaração de Serviços Médicos e de Saúde]”, esclarece o contador.
Ainda no caso das despesas, o contribuinte deve lembrar de pedir o número do CPF, para profissionais liberais, ou o do CNPJ, no caso de clínicas e outras empresas. Os recibos e notas fiscais devem ser preservados por um prazo de cinco anos. “É o tempo que a Receita tem para notificar. Passou disso, prescreveu”, diz Jarles Randal. As despesas dedutíveis costumam ser os tratamentos de saúde e serviços de educação mais tradicionais. “Por exemplo, nutricionista não pode entrar na declaração. Curso de inglês, escola de música, natação, também não”, informa Randal.
É a partir do valor das deduções que o contribuinte saberá se, no seu caso, é mais vantajoso fazer a declaração completa ou simplificada. A declaração simplificada compensa para quem tem poucas despesas dedutíveis a informar. O contribuinte que opta por esse modelo tem um desconto simplificado de 20%, limitado a R$ 15.880,89.
“Se eu ganhar R$ 30 mil anuais, o limite do desconto é R$ 6 mil. Se as despesas médicas excedem isso, o melhor é optar pela declaração completa”, afirma Jarles Randal. Para quem não quer fazer cálculos, o programa da Receita Federal para preencher a declaração ajuda a decidir. “Recomendo preencher primeiro o modelo completo [de declaração]. Ao final, ele mesmo calcula e dá a opção”, diz.
A entrega da declaração de 2015 poderá ser feita por meio do programa de transmissão Receitanet, disponibilizado no site da Receita Federal. Também é possível a entrega online, para quem tem certificado digital (assinatura para proteger transações eletrônicas), ou por meio do serviço Fazer Declaração, para tablet e smartphone. Este ano é o primeiro em que está disponível a opção de entrega online, sem necessidade de baixar o programa da Receita. As entregas nessas duas modalidades têm algumas restrições. Por exemplo, declarantes que tenham recebido rendimentos do exterior ou tenham tido ganhos de capital não podem utilizá-las.
Agência Brasil
Para 44% dos entrevistados, o desempenho da presidente foi considerado ruim ou péssimo | Foto: Tarsila Pereira / CP Memória
No momento que a presidente Dilma Rousseff assiste aos desdobramentos da
Operação Lava Jato, que desmontou um esquema de corrupção da Petrobrás,
atingirem o coração do PT, pesquisa do instituto Datafolha divulgada
neste sábado revelou que sua popularidade atingiu a pior marca de um
presidente da República desde Fernando Henrique Cardoso em 1999, quando o
tucano recebeu 46% de citações como ruim ou péssimo.
Para 44% dos entrevistados, o desempenho da presidente foi considerado ruim ou péssimo, conforme divulgado pelo jornal Folha de São Paulo. Apenas 23% disseram que o governo Dilma é ótimo ou bom. Em dezembro, os números do mesmo instituto eram diametralmente opostos: 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo.
O nível de rejeição a Dilma superou os índices registrados em junho de 2013, quando manifestações populares tomaram as ruas do País em protestos que atingiram todos os níveis de governo.
Segundo pesquisa divulgada no dia 28 de junho daquele ano pelo Datafolha, a gestão da presidente foi citada por 25% com ruim ou péssima. Já o índice de ótimo ou bom naquela ocasião foi de 30%, sete pontos acima do número divulgado neste sábado.
Depois que as manifestações perderam força, a presidente foi recuperando gradualmente o prestígio. Em novembro de 2013, Dilma havia recuperado 11 pontos na categoria ótimo/bom, chegando a 41%. O índice dos que achavam o governo Dilma ruim ou péssimo, por sua vez, caiu para 17%. Depois de vencer o senador tucano Aécio Neves (MG) no 2º turno da eleição presidencial na mais acirrada disputa da história, a presidente retomou em dezembro um patamar confortável, com 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo.
Corrupção
A pesquisa deixou claro que o esquema de corrupção na Petrobras desvendado pela Polícia Federal teve papel decisivo na implosão da popularidade presidencial. Para 77% dos entrevistados, Dilma sabia dos desvios na estatal e 52% afirmaram que ela não só estava
ciente, como deixou que os casos ocorressem. Outros 25% disseram que a petista sabia da corrupção, mas não poderia fazer nada para evitá-la.
Esses números foram revelados um dia após a presidente participar em Belo Horizonte da festa de aniversário do PT, evento no qual estava o tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto. Ele é acusado de ter operado um esquema de desvio de dinheiro de contratos fechados pela Petrobras. O partido nega ter arrecadado ilegalmente. Não por acaso, a corrupção foi apontada como o segundo principal problema do Brasil, com 21% das citações. O primeiro foi a saúde, com 26%.
A pesquisa revelou que a população está preocupada com os rumos da Petrobras. Para 82% dos ouvidos pelo Datafolha, a corrupção prejudica a estatal. Apenas 8% disseram "não". Outro dado revelador da pesquisa foi o forte crescimento do pessimismo da população em relação à situação econômica do País. Oito em cada dez entrevistados esperam alta da inflação.
Para 55% dos que responderam ao questionário, a situação econômica vai piorar nos próximos meses. Em dezembro, eram 28% dos entrevistados.
Para 44% dos entrevistados, o desempenho da presidente foi considerado ruim ou péssimo, conforme divulgado pelo jornal Folha de São Paulo. Apenas 23% disseram que o governo Dilma é ótimo ou bom. Em dezembro, os números do mesmo instituto eram diametralmente opostos: 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo.
O nível de rejeição a Dilma superou os índices registrados em junho de 2013, quando manifestações populares tomaram as ruas do País em protestos que atingiram todos os níveis de governo.
Segundo pesquisa divulgada no dia 28 de junho daquele ano pelo Datafolha, a gestão da presidente foi citada por 25% com ruim ou péssima. Já o índice de ótimo ou bom naquela ocasião foi de 30%, sete pontos acima do número divulgado neste sábado.
Depois que as manifestações perderam força, a presidente foi recuperando gradualmente o prestígio. Em novembro de 2013, Dilma havia recuperado 11 pontos na categoria ótimo/bom, chegando a 41%. O índice dos que achavam o governo Dilma ruim ou péssimo, por sua vez, caiu para 17%. Depois de vencer o senador tucano Aécio Neves (MG) no 2º turno da eleição presidencial na mais acirrada disputa da história, a presidente retomou em dezembro um patamar confortável, com 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo.
Corrupção
A pesquisa deixou claro que o esquema de corrupção na Petrobras desvendado pela Polícia Federal teve papel decisivo na implosão da popularidade presidencial. Para 77% dos entrevistados, Dilma sabia dos desvios na estatal e 52% afirmaram que ela não só estava
ciente, como deixou que os casos ocorressem. Outros 25% disseram que a petista sabia da corrupção, mas não poderia fazer nada para evitá-la.
Esses números foram revelados um dia após a presidente participar em Belo Horizonte da festa de aniversário do PT, evento no qual estava o tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto. Ele é acusado de ter operado um esquema de desvio de dinheiro de contratos fechados pela Petrobras. O partido nega ter arrecadado ilegalmente. Não por acaso, a corrupção foi apontada como o segundo principal problema do Brasil, com 21% das citações. O primeiro foi a saúde, com 26%.
A pesquisa revelou que a população está preocupada com os rumos da Petrobras. Para 82% dos ouvidos pelo Datafolha, a corrupção prejudica a estatal. Apenas 8% disseram "não". Outro dado revelador da pesquisa foi o forte crescimento do pessimismo da população em relação à situação econômica do País. Oito em cada dez entrevistados esperam alta da inflação.
Para 55% dos que responderam ao questionário, a situação econômica vai piorar nos próximos meses. Em dezembro, eram 28% dos entrevistados.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
Especialista recomenda cuidados no preenchimento da declaração de IR
A Receita Federal divulgou, na última semana, datas e regras para declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2015. Entre 2 de março e 30 de abril, o órgão espera receber 27,5 milhões de declarações relativas ao ano-calendário 2014. O contador Jarles Randal Leite, professor de ciências contábeis no Centro Universitário Estácio-Facitec, destaca que o preenchimento da declaração em si é simples. Mas, para não cometer erros, os contribuintes devem estar atentos a detalhes.
O contador pondera que, embora a declaração de dependentes ou despesas de saúde e educação ajude a aumentar o valor da restituição, essas informações precisam ser exatas. A renda dos dependentes, por exemplo, deve constar na declaração de IRPF. “Se tenho um filho estagiando e pago a faculdade dele, o rendimento do filho tem que ser declarado também. Afinal, a empresa onde ele trabalha ou estagia vai declarar”, explica, ressaltando que a Receita Federal cruza as informações.
Outro erro possível é a duplicidade de dependentes, quando dois parentes diretos declaram a mesma pessoa. Jarles Randal explica que filhos e outros familiares não podem constar como dependentes em duas declarações. Na hora de informar despesas dedutíveis, o valor tem de estar de acordo com o discriminado no recibo ou nota fiscal. Randal esclarece que não adianta tentar declarar despesas médicas de valor maior do que o real. “A Receita tem a informação, através da declaração médica dos estabelecimentos [Declaração de Serviços Médicos e de Saúde]”, esclarece o contador.
Ainda no caso das despesas, o contribuinte deve lembrar de pedir o número do CPF, para profissionais liberais, ou o do CNPJ, no caso de clínicas e outras empresas. Os recibos e notas fiscais devem ser preservados por um prazo de cinco anos. “É o tempo que a Receita tem para notificar. Passou disso, prescreveu”, diz Jarles Randal. As despesas dedutíveis costumam ser os tratamentos de saúde e serviços de educação mais tradicionais. “Por exemplo, nutricionista não pode entrar na declaração. Curso de inglês, escola de música, natação, também não”, informa Randal.
É a partir do valor das deduções que o contribuinte saberá se, no seu caso, é mais vantajoso fazer a declaração completa ou simplificada. A declaração simplificada compensa para quem tem poucas despesas dedutíveis a informar. O contribuinte que opta por esse modelo tem um desconto simplificado de 20%, limitado a R$ 15.880,89.
“Se eu ganhar R$ 30 mil anuais, o limite do desconto é R$ 6 mil. Se as despesas médicas excedem isso, o melhor é optar pela declaração completa”, afirma Jarles Randal. Para quem não quer fazer cálculos, o programa da Receita Federal para preencher a declaração ajuda a decidir. “Recomendo preencher primeiro o modelo completo [de declaração]. Ao final, ele mesmo calcula e dá a opção”, diz.
A entrega da declaração de 2015 poderá ser feita por meio do programa de transmissão Receitanet, disponibilizado no site da Receita Federal. Também é possível a entrega online, para quem tem certificado digital (assinatura para proteger transações eletrônicas), ou por meio do serviço Fazer Declaração, para tablet e smartphone. Este ano é o primeiro em que está disponível a opção de entrega online, sem necessidade de baixar o programa da Receita. As entregas nessas duas modalidades têm algumas restrições. Por exemplo, declarantes que tenham recebido rendimentos do exterior ou tenham tido ganhos de capital não podem utilizá-las.
Agência Brasil
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