Imigrantes
acampam na capital alemã
Falta
de planejamento obriga milhares de pessoas a viver precariamente
Berlim
– Barracas de camping, contêineres e ginásios estão servindo de
alojamento improvisado para os milhares de imigrantes que chegam à
Alemanha, onde o afluxo de solicitações de asilo obrigou as
autoridades de Berlim a adotarem medias de emergência para evitar a
ocorrência de uma crise humanitária.
Há
semanas, centenas de refugiados sírios, afegãos e albaneses acampam
em frente ao centro de acolhida da capital alemã para se registrar
como requerentes de asilo. Os imigrantes esperam num calor sufocante
por horas, até mesmo dias, pelo atendimento por funcionários que
estão sobrecarregados – apesar da extensão da jornada de
trabalho. Em Hoyersweda, na antiga República Democrática Alemã
(RDA), 17 refugiados sírios começaram uma greve de fome para
protestar contra os prazos para análise de seus casos.
As
estimativas do número de requerentes de asilo em 2015 são
regularmente revistas para cima. No final deste ano, este número
deve representar um recorde para a Alemanha – o primeiro destino
europeu de quem solicita asilo, com cerca de 203 mil pedidos em 2014,
à frente de Suécia, Itália e França.
Famílias
inteiras chegam a cada dia para escapar da violência registrada nas
cidades sírias de Homs e Alepo, sendo a Alemanha a última etapa de
uma viagem longa e perigosa. Apenas no mês de julho, a Secretaria de
Migrações registrou 7.301 novos pedidos de asilo sírios, quase
três vezes mais que em julho de 2014. Mas o aumento de solicitações
também é impulsionado pelos refugiados dos Bálcãs, especialmente
ciganos vítimas de discriminações no Kosovo e Sérvia.
Por
enquanto, os imigrantes se acomodam em acampamentos cedidos pela
equipe da Cruz Vermelha e em escolas locais, mas as autoridades de
Berlim planejam construir outros 36 centros de acolhida de refugiados
antes de 2017.
Fonte:
Correio do Povo, página 7 de 16 de agosto de 2015.
Ilhas
do Guaíba: parte dos moradores abandona residências
O que j´era ruim ficou ainda pior no
Delta do Jacuí, onde árvores e postes tombaram e a água invadiu
moradias
Grande parte dos moradores das ilhas
de Porto Alegre tiveram que abandonar as suas casas que foram
inundadas de novo pela água. Algumas vias de acesso à Ilha dos
Marinheiros, Ilha da Pintada e Ilha das Flores foram bloqueadas por
água ou árvores e postes de energia tombados pelo vento durante a
madrugada de ontem.
A falta de água encanada e de
energia elétrica agravou ainda mais a situação da população. A
dona de casa Janice Borges, de 42 anos, buscou abrigo na casa de uma
amiga. Ela e os cinco filhos perderam tudo o que haviam adquirido nos
últimos anos. “Não tenho mais nada, só os meus filhos.”
A costureira Marta Sakowics, de 55
anos, retirou alguns móveis da casa alagada e guardou no caminhão
de reciclagem da família, que ontem servia como moradia. Eles
buscaram abrigo dentro do veículo, estacionado debaixo de uma ponte,
para não serem atingidos pelo granizo. “Consegui salvar uma cama,
um fogão, o forno elétrico e duas cadeiras, o resto eu perdi com a
chuva”, lamentou. “Mas a gente tem que aceitar a situação.
Água
invade parque gráfico do jornal Correio do Povo
Parte
dos leitores do jornal Correio do Povo da Capital, Região
Metropolitana, Serra e Litoral não recebeu a edição impressa
ontem. O motivo da interrupção foi o volume excepcional de água da
chuva, que invadiu o parque gráfico do Correio do Povo
localizado no 4º Distrito em
Porto Alegre. A distribuição foi normal nos municípios atendidos
pelos parques gráficos de São Sepé e Carazinho. Incidente de tal
magnitude havia ocorrido só em 1941, ano da maior enchente
registrada até agora na Capital. Naquela ocasião, a circulação do
jornal foi prejudicada entre os dias 5 e 11 de maio.
Na
noite de quarta-feira, na esquina das ruas Comendador Azevedo com
Voluntários da Pátria, onde se situa o parque gráfico do jornal, o
nível d'água da chuva atingiu um metro de altura. O fato impediu o
acesso de caminhões às rampas de expedição do Correio
do Povo. Toda a região do
entorno ficou intransitável. Por oferecer risco à integridade
física dos colaboradores, as rotativas do parque gráfico, ligadas à
rede de energia elétrica, não puderam ser acionadas.
Nesta sexta-feira, a distribuição
do jornal foi 100% restabelecida. A circulação volta à
normalidade, dentro dos tradicionais padrões de excelência de
entrega nas cidades e regiões com assinantes. Os problemas
resultantes da tempestade foram resolvidos no dia de ontem. O jornal
também agradece às centenas de manifestações de apoio,
compreensão e solidariedade de leitores, feitas nas redes sociais e
telefonemas.
Fonte: Correio do Povo, página 17 de
16 de outubro de 2015.
Imigrantes:
107 mil chegaram em julho
Varsóvia
– O número de migrantes que chegaram à União Europeia (UE) em
julho foi de 107.500 – o triplo em comparação com o mesmo mês de
2014, anunciou ontem a agência Frontex, encarregada das fronteiras
exteriores do espaço Schengen. “Esse número representa o terceiro
recorde mensal consecutivo, muito superior aos 70 mil de junho”,
diz o comunicado desta agência com sede em Varsóvia. Nos sete
primeiros meses do ano, 340 mil migrantes entraram na UE, contra os
123.500 do mesmo período de 2014, “criando uma pressão sem
precedentes sobre as autoridades de controle das fronteiras na
Itália, na Grécia e na Hungria”, afirma a Frontex. Os sírios e
os afegãos são os mais numerosos entre esses imigrantes
clandestinos, e alcançam a costa grega a partir da vizinha Turquia.
Fonte:
Correio do Povo, página 6 de 19 de agosto de 2015.
Idosos fazem caminhada até a
Prefeitura de Porto Alegre
Centenas de manifestantes fizeram
ontem a 2ª Caminhada do Idoso, que saiu da Praça da Alfândega
A 2ª Caminhada do Idoso foi marcada
pela empolgação de centenas de pessoas que saíram da Praça da
Alfândega e tiveram a acolhida do prefeito José Fortunati nas
escadarias da Prefeitura de Porto Alegre. O evento, que abre as
atividades do Mês do Idoso, é uma parceria das secretarias de
Direitos Humanos, por meio da Secretaria Adjunta do Idoso, Cultura,
Esportes, Educação e Saúde, Conselho Municipal do Idoso, Fundação
de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e EPTC.
Fortunati recebeu só caminhantes
comentando que em breve será um idoso e por isso irá se associar ao
Conselho Municipal do Idoso (Comui) para se engajar efetivamente ao
movimento de apoio ao idoso. “Daqui a 19 dias faço 60 anos e entro
para esta faixa etária em que estão todos vocês”, brincou.
Fortunati disse que está buscando o fortalecimento de políticas
públicas destinadas a pessoas de mais idade. Lembrou que pelo censo
de 2010, Porto Alegre é a capital brasileira com o maior percentual
de idosos, somando 213 mil pessoas com mais de 60 anos. O índice é
de 15,04% em relação à população.
Para o secretário adjunto do Idoso,
André Canal, diante dessa realidade é necessário defender a
autonomia desses cidadãos, o que representa um compromisso vinculado
à justiça social. “O Plano Municipal do Idoso está com 80%
formatado e será entregue à prefeitura em dezembro”, garantiu.
Segundo o secretário de Direitos
Humanos do município, Luciano Marcantônio, a Capital está na
vanguarda das políticas para idosos, desde que, em dezembro de 2012,
instituiu a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e criou uma
pasta adjunta exclusiva para tratar desta temática.
Fonte: Correio do Povo, página 21 de
6 de outubro de 2015.