Eleições municipais: PDT inicia
articulação para 2016
Flavia Bemfica
É
forte a articulação interna de parte do PDT e do PMDB para manter a
aliança em Porto Alegre. Nas conversas entre peemedebistas e alas do
PDT (principalmente as vinculadas ao prefeito José Fortunati,
licenciado do partido), já começaram a surgir nomes dos pedetistas
com potencial para vice na chapa a ser encabeçada por Sebastião
Melo (PMDB). Em rodadas de avaliação feitas recentemente por
Fortunati, o nome da deputada estadual Juliana Brizola (PDT) surgiu
como um dos “preferidos' por Melo.
Mas desde segunda-feira pela manhã,
quando uma reunião no escritório do deputado federal e
vice-presidente estadual do PDT, Afonso Motta, selou o ingresso do
jornalista André Machado no partido, a indicação de André, que há
anos mantém estreita relação com Fortunati, ganhou densidade.
Fortunati, por sua vez, estaria planejando para breve o fim de sua
licença da sigla.
De público, tanto Motta como Melo
negam qualquer articulação. Motta garante que a filiação de André
no PDT não tem relação com a corrida à prefeitura em 2016. “Isso
(a disputa pelo comando da Capital) não é pauta nossa neste
momento. Seria muito delicado e causaria um tremendo mal-estar se
estivéssemos patrocinando tratativas que envolvessem a prefeitura da
Capital”, disse o deputado. “Seria um equívoco tratar de vice
neste momento. Nossa conversa, até o ano que vem, é sobre o
projeto”, completou Melo.
Internamente, entre pedetistas que
defendem a continuidade de acordo com o PMDB, a preocupação é com
a liderança do atual secretário da Educação, Vieira da Cunha
(PDT), apontado como provável pré-candidato à sucessão de
Fortunati. Parte da sigla avalia que o melhor para manter a liderança
é “rifar” logo a pré-candidatura de Vieira inflando nomes de
prováveis vices. Mas, embalada por avaliações internas, parte da
militância considera importante candidatura própria e avalia que o
espaço ocupado por Vieira lhe garante a “preferência”.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de
1º de outubro de 2015.
Eleições 2018: Lula diz que vai
disputar 'se necessário'
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “se for
necessário” vai disputar as eleições presidenciais de 2018. Em
entrevista a uma rádio de Minas Gerais, ele disse que vai passar a
ter uma atividade política mais intensa a partir de agora, viajando
pelo país, reconheceu que o PT cometeu erros na condução da
política econômica, defendeu punição a quem cometeu desvios na
Petrobras e criticou as tentativas da oposição de derrubar a
presidente Dilma Rousseff.
Perguntado se seria candidato em
2018, Lula desconversou. 'Sinceramente, não posso dizer que sou ou
não sou. (…) Agora, se a oposição pensa que vai ganhar, que não
vai ter disputa, que o PT está acabado, pode ficar certo o seguinte:
se for necessário, eu vou para a disputa e vou trabalhar para que a
oposição não ganhe as eleições.”
Lula concedeu a entrevista em Montes
Claros (MG), onde começou, na quinta-feira, uma série de viagens
para debater o momento vivido pelo país. “Vou voltar a falar, vou
voltar a dar palpite nas coisas porque eu vejo muita gente que já
governou esse país, que já foi deputado, governador, que não fez
nada e agora fica dando palpite como se fosse salvador da pátria.
Então pode ficar certo o seguinte: o Lula vai voltar a ter uma
atividade política mais intensa. Vou viajar o Brasil e quero
disputar com eles no campo das ideias.” O presidente nacional do
PT, Rui Falcão, reconheceu ontem que existe um “forte desejo”,
no partido, e temor, na oposição, de que Lula seja candidato.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de
29 de agosto de 2015.
Eleição
Argentina: Evita revive em campanha
Figura histórica do país, Eva Perón
é lembrada pela sobrinha-neta, pré-candidata a deputada
Buenos Aires – Após mais de
60 anos de sua morte, a memória de Eva Perón segue viva na
Argentina através de uma sobrinha-neta. Pré-candidata a deputada
federal nas eleições de 2018, Cristina Alvarez Rodríguez se
orgulha de ter o sangue “da mulher que marcou este país para
sempre”. Foi ela quem montou o Museu Eva Perón, em um prédio que
era destinado a mães solteiras em Buenos Aires na época em que
Evita era a primeira-dama da Argentina. Além disso, a figura mais
amada do país foi citada nos discursos de vários candidatos na
campanha às eleições que neste domingo elegerão os representantes
do Executivo no país.
A história de Eva Perón se mistura
com a do movimento peronista, que completa 70 anos. Conhecida como
defensora dos humildes, Evita dedicou-se aos direitos dos mais
pobres, um elemento que continua sendo a pedra fundamental do
movimento peronista. “Sinto que é uma honra enorme ter seu sangue,
tê-la em minha família, mas é uma personagem que excede; excede a
todos”, afirma Cristina. “O sangue de Eva está em todos os
milhões de pessoas que a amam com loucura na Argentina e a recordam
como se ainda estivesse viva”, diz. Aos 47 anos, ela diz que sempre
soube que a morte de Evita por um câncer de útero com apenas 33
anos foi um trauma em sua família, assim como na militância
peronista.
Para o analista Carlos Fara, na
Argentina Evita é o alvo de rancores e simpatias. No exterior, virou
personagem pop no musical que nasceu em Londres, em 1978. “Acho
que, além do partido político, ela foi um grande exemplo para
todos”, afirma. Segundo Cristina Kirchner, Evita continua exercendo
um profundo fascínio. “Suas ideias, seus gestos, suas ações,
suas convicções, os direitos que deu ao povo continuam sendo hoje
mais fortes do que nunca”, declarou.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de
25 de outubro de 2015.
Em
Jerusalém, Ban pede calma
Jerusalém
– O secretário-geral da ONU,
Ban Ki-moon, pediu calma durante uma visita surpresa, na última
terça-feira, a Jerusalém antes das reuniões com líderes
palestinos e israelenses – em uma manobra para pôr fim a uma onda
de violência que já dura um mês.
Uma série de ataques palestinos
quase diários contra civis e soldados causou pânico em Israel e
levantou temores de que a região esteja à beira de uma nova rodada
de derramamento de sangue. “estou aqui na espera de que possamos
acabar com a violência, aliviar as tensões e começar a restaurar
um horizonte político de paz a longo prazo”, disse Ban. O surto
inicial de ataques palestinos foi alimentado por rumores de que
Israel estava conspirando para assumir um complexo localizado na
Cidade Velha de Jerusalém que é sagrado para judeus e muçulmanos.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de
22 de outubro de 2015.
Emater demite 64 servidores
Com os cortes confirmados ontem, o
número de funcionários que deixaram a casa subiu para 214 neste ano
O presidente da Emater, Clair Kuhn,
confirmou ontem a demissão de 64 servidores, 40 deles aposentados.
Tomada com o objetivo de equilibrar as despesas com a receita, a
medida vai gerar uma economia de R$ 6,1 milhões por ano. O corte,
que atingiu todas as áreas e todas as regiões do Estado, aumentou
para 214 o número de funcionário que deixaram a casa em 2015.
“Ainda estamos com déficit e precisávamos nos adequar à nova
realidade orçamentária. Não gostaria de estar fazendo isso, mas
foi necessário”, disse Kuhn, antes de assegurar que o corte não
abalará os serviços prestados pela Emater.
“Tomamos o cuidado de não
desmantelar equipes, porque o serviço tem que continuar. Os que
ficam vão absorver as funções dos que saíram sem prejuízos à
qualidade do atendimento”, assegurou Kuhn. Com os desligamentos, a
Emater ficou com 2,34 mil funcionários, distribuídos em 4943
municípios. O lançamento de um terceiro PDI ainda este ano não
está descartado.
A existência de profissionais do
quadro exercendo atividades paralelas por outras empresas e com
histórico de desempenho insatisfatório incomodava a direção foi
considerada na seleção dos demitidos. A observação é do
presidente da Asae, Osvaldo Guadagnin. “É evidente que numa
empresa com mais de 2 mil funcionários haverá problemas pontuais. A
gente lamenta, principalmente por não haver reposição”, afirmou.
“Os serviços certamente serão afetados”, previu.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de
1º de outubro de 2015.