Desde a minha adolescência, isso é bastante
evidente em minha mente. Os garotos que não iam bem nas matérias da
escola do segundo grau, os que não se davam bem com as
garotas, tinham esta característica: possuiam um automóvel e
gabavam-se de andar em alta velocidade, andar na contramão ou que
dirigiam bêbados. Todos eles alegavam que eram “braço” no
volante e que “jamais” iria acontecer algo a eles, devido a alta
destreza no volante. O pai de uma colega da minha noiva na Faculdade
de Nutrição, é médico, jornalista e professor especializado em
Letras, principalmente o latim. Este senhor já escreveu mais de
trinta livros e ainda este ano, deve lançar mais dois. Ele não tem
o hábito de correr pelas ruas, já que é uma pessoa bem-sucedida,
tanto financeiramente, como socialmente. Conheço algumas pessoas que
se julgam “braço no volante”, mas que não são evoluídas
financeiramente e socialmente como este senhor. Talvez a alta
velocidade e o não-cumprimento das regras de trânsito seja uma
espécie de “prêmio de consolação” para essas pessoas, que não
passam de uns verdadeiros fracassados.
*Editor do site RS Notícias