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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Polícia apura lista de militares 'marcados para morrer' e monta força-tarefa para investigar crimes no interior

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Polícia apura lista de militares 'marcados para morrer' e monta força-tarefa para investigar crimes no interior

Policiais militares de Mato Grosso estão marcados para morrer. A denúncia foi feita para a Polícia Civil em Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, poucas horas depois da execução, na noite de segunda-feira, 15, do sargento Aelson Alves de Souza, 48 anos, na cidade. Além do militar, foram registradas também quatro execuções e outras cinco tentativas de assassinato no município. Todas as vítimas são homens e já tinham histórico criminal.
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O policial, que estava fardado e foi atingido com disparos pelas costas quando trafegava em sua motocicleta Honda Titan, morreu depois de sair da sede do Comando Regional da PM. O crime foi registrado às 19h. Ele foi atacado por dois homens que também ocupavam uma motocicleta.
O delegado regional de Rondonópolis, Henrique Meneguello, confirmou que pouco depois da morte do PM, registrada por volta das 19h, houve uma ligação de um telefone público instalado em um bairro de periferia,  informando sobre a existência da lista de policiais marcados para morrer.
“Sem dúvida alguma trata-se de uma situação completamente atípica e nós estamos apurando os crimes", disse. Questionado sobre a possível ligação entre a morte do policial e as demais, ele esclarceu que é prematuro tecer conjecturas. "Por enquanto é prematuro afirmar que trata-se de um grupo de extermínio, de uma represália, mas nós montamos uma verdadeira força-tarefa para investigar essas ações criminosas. Nós temos uma equipe com doze policiais atuando”, explicou aoOlhar Direto.
Ele ainda explicou que todas as vítimas foram mortas com emprego de armas de fogo em bairros distintos da periferia da cidade. “As narrativas dos boletins apontam apenas para localização de cadáveres, sem mais detalhes ou testemunhas”, explicou.
O secretário adjunto de segurança pública e ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino Farias, afirmou que o Serviço de Inteligência da pasta já está atuando no caso.
O comandante regional de Rondonópolis, coronel Walter Silveira, explicou que o policial militar estava há um ano atuando longe do serviço operacional das ruas. Ele integrava as fileiras da PM há 24 anos. Questionado se o policial recebia alguma ameaça de morte, ele declarou que a informação seria objeto de investigação pela Polícia Civil.

 

 

Olhar Direto

 

Rublo russo tem desvalorização histórica

 

O rublo, a moeda russa, bateu novo recorde e registrou a maior desvalorização desde 1998 nesta terça-feira (16). Com esse cenário, cada 1 rublo vale, atualmente, 100 euros ou US$ 80.

A reação negativa do mercado ocorreu menos de 24 horas após o Banco Central do país aumentar de 10,5% para 17% a taxa básica de juros. Ontem (15), o rublo também tinha batido o mesmo recorde negativo e já é considerada a pior moeda internacional de 2014.

Além da moeda, outro fator que derrubou a Bolsa russa foi mais um dia de queda no preçodo barril de petróleo. Até o momento, ele está sendo negociado a US$ 54,4 o barril em Nova York, com uma diminuição de 2,7% sobre o valor vendido ontem. O índice não era atingido desde julho de 2009.

A economia russa está sentindo os fortes efeitos das sanções econômicas aplicadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos pela anexação do território da Crimeia, que pertencia à Ucrânia, e pela guerra em Donetsk e Lugansk. O Ocidente acusa os russos de fornecerem equipamentos e treinamento para os rebeldes que querem se anexar ao território comandando pelo presidente Vladimir Putin. 

 

Agência ANSA e Jornal do Brasil

 

Pedido de vista pode livrar deputado Argôlo da cassação

Acusado de quebra de decoro parlamentar por sua relação com o doleiro Alberto Youssef, político baiano apresentou recurso na CCJ da Câmara; arquivamento do processo ficará nas mãos do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves

Ignácio Júnior

Direto de Brasília

O Conselho de Ética aprovou a cassação de Argôlo, que tem relação com Alberto Youssef, em outubro

Foto: Twitter

Um pedido coletivo de vista pode resultar na manutenção do mandato do deputado Luiz Argôlo (SD-BA), acusado de quebra de decoro parlamentar pela sua relação com o doleiro Alberto Youssef. Ao contrário de André Vargas (sem partido-PR), que foi cassado na semana passada pelo plenário da Câmara, o parlamentar baiano tem boas chances de escapar da punição dos colegas e não ficar os próximos oito anos inelegível. Candidato à reeleição em outubro, ele não conseguiu um novo mandato, acabando como suplente de deputado federal.

Nesta terça-feira (16), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara tinha na pauta a análise de um recurso de Argôlo contra o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética da Casa. O deputado do Solidariedade argumentou que não teve o direito de defesa respeitado, que testemunhas sem credibilidade, como a Meire Poza, contadora de Youssef, prestaram depoimento no órgão e que prazos não foram cumpridos. Os argumentos foram rechaçados pelo relator do recurso, Valternir Pereira (Pros-MT).

"A legislação foi cumprida. Por isso, nego provimento ao recurso", afirmou Pereira após a leitura do parecer. Porém, um pedido de vista feito pelos deputados Benjamim Maranhão (SD-PB) e Wladimir Costa (PMDB-PA) pode gerar o arquivamento do processo. O motivo é a falta de tempo. Isso porque hoje foi a última sessão da CCJ deste ano. O plenário, onde o caso seria analisado por último, reúne-se hoje e amanhã. 

O pedido de vista permanece na CCJ até 31 de janeiro, quando se encerra a atual legislatura. Neste dia, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decide quais projetos são arquivados e quais serão mantidos na pauta. Desta forma, fica nas mãos dele o futuro de Argôlo, se o processo terá continuidade ou não. Caso ele arquive, aumentam as chances de Argôlo escapar da cassação, já que não terá mandato no ano que vem. 

A situação é inédita na história da Câmara. Uma parte dos deputados entende que o processo será arquivado. Outra que pode continuar tramitando como um outro projeto qualquer. 

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O Conselho de Ética aprovou a cassação de Argôlo em outubro. Pesou contra ele a relação com Youssef. De acordo com a revista Veja, seu chefe de gabinete recebeu R$ 120 mil do doleiro. Em gravações telefônicas que vieram à tona no início do ano, os dois trocaram "juras de amor". Ele, então, apresentou recurso à CCJ questionando o processo. Somente hoje o colegiado conseguiu se reunir para tratar do caso. 

"Hitlerista"
A possibilidade de Argôlo escapar provocou troca de farpas na comissão. O deputado Sandro Alex (PPS-PR) criticou o pedido de vista feito pelos colegas pela possibilidade de resultar na manutenção do mandato do colega baiano. "É um pedido de vista extintivo, porque o processo não voltará para a próxima legislatura", afirmou. Para ele, o adiamento da votação, previsto no regimento, foi articulada para salvar Argôlo da cassação.

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Autores dos pedidos de vista, Maranhão e Costa rejeitaram qualquer manobra para salvar o colega. "O uso do regimento é direito da minoria e da maioria. Qualquer crítica a isso é censura", disse o deputado paraibano. Já o peemedebista afirmou que a crítica feita por Sandro Alex era uma postura "hitlerista". "Essas críticas tem uma origem hitleristas de censurar", disparou.

 

Terra

 

 

Após protesto, votação de parecer sobre terras indígenas é adiada na Câmara

Índios tentaram invadir o anexo da Câmara e houve confusão

 

O presidente da Comissão Mista da Consolidação da Legislação Federal, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), retirou da pauta da reunião desta tarde o relatório sobre demarcação de terras indígenas. A Constituição reconhece o direito dos povos indígenas à posse permanente das terras que tradicionalmente ocupavam à data de sua promulgação (artigo 231). Entretanto, em algumas demarcações promovidas pelo governo, constatou-se que as áreas originalmente consideradas como indígenas foram subestimadas, havendo necessidade de aumentá-las. Muitas vezes, no entanto, o entorno dessas áreas já está ocupado por proprietários ou posseiros o que tem gerado muitos conflitos.

O relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre o assunto permite ao Poder Público indenizar não apenas as benfeitorias, mas também as áreas correspondentes às expansões de terras indígenas.

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Protesto

No início desta tarde, um grupo de índios tentou invadir o anexo 2 da Câmara. Houve confusão e a polícia usou gás de pimenta. Quatro policiais foram feridos e encaminhados ao serviço médico da Casa.

Os índios protestaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 215/00) que submete ao Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil. 

Além dos policiais, usando equipamento de segurança, como coletes à prova de balas e capacetes, a Polícia Legislativa da Câmara e brigadistas também reforçam a segurança no local.

Segundo informação da Polícia Legislativa, um dos índios lançou uma flecha que atingiu o pé de um servidor do Ministério Público.

 

Jornal do Brasil