Da Agência Ansa
Subiu para 516 o número de denúncias de agressões cometidas na noite de 31 de dezembro, em Colônia, na Alemanha, em um episódio que tem despertado manifestações e pressionado as autoridades do país, como a chanceler Angela Merkel. De acordo com a polícia, cerca de 40% das denúncias se referem a crimes sexuais e abusos.
O ministro da Justiça, Heiko Maas, disse acreditar que os ataques foram "organizados" e não ocorreram de maneira espontânea. "Essa situação deve ter tido uma forma de organização por trás. Ninguém pode dizer que os crimes não tenham sido preparados ou acordados", afirmou.
Saiba Mais
A onda de agressões no réveillon estará na pauta do Parlamento alemão, o Bundestag, nesta semana. A própria Merkel poderá fazer um discurso no plenário para falar dos casos de violência e da situação de emergência que o país enfrenta com refugiados e imigrantes.
Também está previsto para os próximos dias um encontro com líderes políticos do governo e dos partidos CDU e CSU para analisar as consequências dos crimes em Colônia e tomar decisões sobre o futuro dos envolvidos nos casos, principalmente os imigrantes que estão solicitando asilo à Alemanha.
No fim de semana, o partido de Merkel concluiu que o país poderia retirar o asilo de imigrantes que se envolverem em crimes. Além da cidade de Colônia, em Westfalia foram registrados casos de violência na noite do Ano-Novo. A imprensa local publicou que cerca de 500 homens teriam forçado a entrada em uma discoteca, a Elephant Club, e molestado mulheres.
Os episódios de agressão despertaram um intenso debate na Alemanha sobre a integração de imigrantes à sociedade, já que a polícia de Colônia disse que há solicitantes de asilo envolvidos nos casos.
No ano passado, a Alemanha recebeu mais de um milhão de pedidos de acolhimento de pessoas que foram obrigadas a deixar seus países no Norte da África e no Oriente Médio por conta de guerras civis locais, no pior deslocamento forçado já visto pela Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.