O El Niño
agora está nas manchetes, mas é tema na coluna Tempo e Clima do
Correio do Povo há meses. Os australianos anunciaram o
retorno do fenômeno agora, contudo a MetSul alerta desde o começo
do ano e os americanos confirmaram em março. Volta do El Niño,
assim não é novidade. O que é novo? O El Niño está configurado
no Pacífico Equatorial e se intensificando. Hoje, a anomalia de
temperatura da superfície do mar (TSM) no Pacífico Leste (Niño
1+2) de +2,3ºC é a mais alta da região desde 10/6/1998, quando a
anomalia era de +3,0ºC no Super El Niño de 1997/1998. O Pacífico
Central (Niño 3,4), área usada na classificação da intensidade do
fenômeno, está com +1ºC, no limite de El Niño fraco e moderado, e
aquecerá. Os sinais oceânicos e atmosféricos no Pacífico agora
recordam muito maio de 1997, início do Super El Niño de 1997/1998,
o que preocupa. Os efeitos de El Niño serão sentidos nos próximos
meses com excesso de chuva e risco crítico de enchentes no Sul do
Brasil, sobretudo no inverno e na primavera.
Fonte:
Correio do Povo, página 19 de 14 de maio de 2015.