1. O desgaste do PT medido por todas as pesquisas de opinião não é garantia que em eleições futuras sua representação legislativa irá derreter. Um sofisticado estudo mostra que o PT cresceu arrastado por Lula e que se a popularidade de Lula for atingida significativamente, o PT -aí sim- derreterá.
2. O exercício de maior risco na ciência política é a previsão para um período de tempo de médio prazo. O professor David Samuels, da Universidade de Minnesota, em base a dados que vão até 2002, procurou explicar as razões que poderiam levar o PT a crescer ou não. Ou seja, o que levaria um eleitor a votar no PT. O trabalho foi publicado no Brasil pela revista OPINIÃO PÚBLICA, Campinas, Vol. X, nº 2, Outubro, 2004, p. 221-241.
3. A partir das regressões sobre diversos temas que poderiam estar relacionados com o voto no PT, Samuels chega a conclusões surpreendentes. Hoje se pode afirmar que a precisão de suas conclusões é impressionante. Segue uma lista de situações que não levam ao petismo. "A classe socioeconômica não está diretamente relacionada ao petismo. Categorias sociais como – raça, gênero, religião e idade – não apresentam relação com o petismo. Não é verdade que os católicos sejam mais petistas e que os evangélicos menos. A variável raça também não mostra relação significativa."
4. "O atrativo do PT de reduzir a desigualdade socioeconômica não se reflete nos resultados de regressão. O desejo de maior influência do governo na economia e maior regulamentação desta, bem como o apoio ao nacionalismo econômico não estão associados ao petismo. Brasileiros que se opõem às práticas clientelistas e ao rouba-mas-faz não apresentam maior probabilidade de serem petistas. Os brasileiros que apoiam a liberdade de expressão política e que têm ideias menos hierárquicas da sociedade também não mostram maior probabilidade de serem petistas."
5. "A variável mais importante que surge em termos do impacto sobre ser petista é a opinião sobre Lula. O resultado aqui mostrado indica que a predição aumenta quase 65% para um brasileiro que dá nota 10 a Lula numa escala de 0 a 10, em comparação com quem dá nota 5 na mesma escala."
6. "A importância para o petismo da popularidade de Lula tem implicações substanciais para o futuro do PT. Ele continua a ser o único líder petista que pode atrair um número de adeptos bem maior do que o partido e formar bancadas para o PT. Quando ele deixar o palco, podemos prever não somente uma difícil sucessão na liderança, como também algum grau de problemas para o partido em termos de sua capacidade de reter seguidores e assim continuar crescendo eleitoralmente. O partido ainda não está inteiramente livre de sua conexão a um único líder político. Os resultados deste estudo têm implicações adicionais para o futuro do petismo."
7. Nesse sentido a redução da representação parlamentar do PT dependerá do desgaste de Lula nessa conjuntura. Assim, o alvo para a oposição, hoje, deve ser Lula. É assim que as bancadas do PT desmancharão.
* * *
IBOPE: METADE DOS QUE VOTARAM EM DILMA NÃO VOTARIAM HOJE EM LULA! LULA VAI MINGUANDO!
(José Roberto de Toledo - Estado de SP, 27) 1. Nova pesquisa Ibope simulando o eventual segundo turno entre Lula e presidenciáveis tucanos mostra um ligeiro aumento da diferença em favor dos nomes do PSDB.É indicativo de que o prestígio do petista diminuiu mais um pouco desde junho, quando a primeira sondagem foi realizada. A pesquisa está sendo divulgada com exclusividade aqui. Foram 2.002 entrevistas em 142 municípios de todo o País, entre 15 e 19 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos, para mais ou para menos.
2. Se houvesse um segundo turno hoje entre o ex-presidente Lula da Silva (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG),o tucano venceria por 50% a 31%, com 15% de brancos e nulos e 4% de indecisos. A diferença é quatro pontos maior do que em junho, quando Aécio batia o petista por 48% a 33%. Também na simulação contra o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), Lula oscilou dois pontos para baixo: foi de 39% para 37%, e está quatro pontos atrás do tucano, que foi de 40% para 41%. O Ibope incluiu o senador José Serra (PSDB-SP) em um eventual segundo turno contra Lula. Ele venceria por 43% a 36% do petista.
3. Esta pesquisa revela que o nome eleitoralmente mais forte do PT perdeu, em menos de dez meses, metade dos eleitores que votaram em Dilma Rousseff. Segundo o Ibope, apenas 51% de quem disse ter votado na atual presidente no segundo turno de 2014 declara voto em Lula na simulação de segundo turno contra Aécio. Nada menos do que 29% de quem ajudou a eleger Dilma diz que hoje votaria no tucano. Lula empata tecnicamente com Aécio apenas no Nordeste e entre os muito pobres. E perde em todas as outras regiões e segmentos sociais.
4. Mas há um eleitor desiludido que será decisivo na eleição: 1 a cada 5 eleitores de Dilma não quer Lula nem Aécio. Ele pode acabar migrando para o PSDB, pode voltar para o PT ou pode fermentar uma terceira via. Agenda cheia com empresas.
* * *
PRESIDENTE-2018: QUEM AGREGA MAIS?
(Panorama Político - Ilimar Franco – Globo, 27) Procura-se. Parcela da oposição começa a defender que esta precisa de uma liderança capaz de negociar com todas as forças políticas (PT, PSDB, PMDB) num próximo governo. Sustentam que os exaltados de hoje não conseguiriam cumprir esse papel. O vereador Cesar Maia (DEM-RJ) defende a tese e avalia que esse líder é o governador Geraldo Alckmin (SP). O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, derrotado pela presidente Dilma (2014), não desconhece a movimentação de aliados de Alckmin. Mas ele aposta no recall por ter disputado as últimas eleições. Integrantes do PSDB lembram que Aécio quis ser candidato em 2010, mas o recall favoreceu o senador José Serra.
* * *
MOODY’S: DÍVIDA DO BRASIL CAMNHA PARA 70% DO PIB EM 2018!
(Estado de SP, 27) 1. Agência de classificação de risco Moody’s diz que dívida cresce mais no Brasil e prevê queda de 2% no PIB neste ano e estabilidade em 2016. A posição fiscal do Brasil tem se enfraquecido não somente em termos absolutos, mas também em relação aos seus pares, avalia a agência de classificação de risco Moody’s, em relatório anual publicado ontem. Ao comparar o Brasil com outros cinco países em situação semelhante, a Moody’s conclui que a dívida brasileira “tem sido constantemente maior em relação ao PIB”. “Essa é uma tendência que esperamos que continuará nos próximos anos”, diz a agência. Os demais países são Índia, Indonésia, Filipinas, África do Sul e Turquia.
2. “A comparação do Brasil com a Índia é particularmente reveladora, porque suas dívidas têm caminhado em direções opostas. A relação da dívida do Brasil sobre o PIB deverá superar a da Índia em 2016”, prevê. Até 2013, a dívida brasileira se aproximava do patamar de 55% em relação ao PIB. Agora, segundo projeção da Moody’s, caminha para chegar a 70% em 2018. A da Índia era de um pouco mais de 65% em 2010 e, no ano que vem, deverá chegar a algo próximo de 60%.
3. A agência estima que a economia do País registrará retração de 2% neste ano e ficará estagnada no próximo. Segundo ele, o superávit primário será nulo em 2015, mas subirá e atingirá 1% do PIB em 2016. “Caso o PIB fique perto de 0% em 2016, sem recessão significativa, a perspectiva do Brasil pode ficar estável”, disse. O importante é olhar o cenário da economia para além de 2016, com PIB e resultado fiscal positivos em 2017 e 2018.” Na sua estimativa, a economia voltará a crescer em 2017, quando subirá 1,5%.
Ex-Blog do Cesar Maia
2. O exercício de maior risco na ciência política é a previsão para um período de tempo de médio prazo. O professor David Samuels, da Universidade de Minnesota, em base a dados que vão até 2002, procurou explicar as razões que poderiam levar o PT a crescer ou não. Ou seja, o que levaria um eleitor a votar no PT. O trabalho foi publicado no Brasil pela revista OPINIÃO PÚBLICA, Campinas, Vol. X, nº 2, Outubro, 2004, p. 221-241.
3. A partir das regressões sobre diversos temas que poderiam estar relacionados com o voto no PT, Samuels chega a conclusões surpreendentes. Hoje se pode afirmar que a precisão de suas conclusões é impressionante. Segue uma lista de situações que não levam ao petismo. "A classe socioeconômica não está diretamente relacionada ao petismo. Categorias sociais como – raça, gênero, religião e idade – não apresentam relação com o petismo. Não é verdade que os católicos sejam mais petistas e que os evangélicos menos. A variável raça também não mostra relação significativa."
4. "O atrativo do PT de reduzir a desigualdade socioeconômica não se reflete nos resultados de regressão. O desejo de maior influência do governo na economia e maior regulamentação desta, bem como o apoio ao nacionalismo econômico não estão associados ao petismo. Brasileiros que se opõem às práticas clientelistas e ao rouba-mas-faz não apresentam maior probabilidade de serem petistas. Os brasileiros que apoiam a liberdade de expressão política e que têm ideias menos hierárquicas da sociedade também não mostram maior probabilidade de serem petistas."
5. "A variável mais importante que surge em termos do impacto sobre ser petista é a opinião sobre Lula. O resultado aqui mostrado indica que a predição aumenta quase 65% para um brasileiro que dá nota 10 a Lula numa escala de 0 a 10, em comparação com quem dá nota 5 na mesma escala."
6. "A importância para o petismo da popularidade de Lula tem implicações substanciais para o futuro do PT. Ele continua a ser o único líder petista que pode atrair um número de adeptos bem maior do que o partido e formar bancadas para o PT. Quando ele deixar o palco, podemos prever não somente uma difícil sucessão na liderança, como também algum grau de problemas para o partido em termos de sua capacidade de reter seguidores e assim continuar crescendo eleitoralmente. O partido ainda não está inteiramente livre de sua conexão a um único líder político. Os resultados deste estudo têm implicações adicionais para o futuro do petismo."
7. Nesse sentido a redução da representação parlamentar do PT dependerá do desgaste de Lula nessa conjuntura. Assim, o alvo para a oposição, hoje, deve ser Lula. É assim que as bancadas do PT desmancharão.
IBOPE: METADE DOS QUE VOTARAM EM DILMA NÃO VOTARIAM HOJE EM LULA! LULA VAI MINGUANDO!
(José Roberto de Toledo - Estado de SP, 27) 1. Nova pesquisa Ibope simulando o eventual segundo turno entre Lula e presidenciáveis tucanos mostra um ligeiro aumento da diferença em favor dos nomes do PSDB.É indicativo de que o prestígio do petista diminuiu mais um pouco desde junho, quando a primeira sondagem foi realizada. A pesquisa está sendo divulgada com exclusividade aqui. Foram 2.002 entrevistas em 142 municípios de todo o País, entre 15 e 19 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos, para mais ou para menos.
2. Se houvesse um segundo turno hoje entre o ex-presidente Lula da Silva (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG),o tucano venceria por 50% a 31%, com 15% de brancos e nulos e 4% de indecisos. A diferença é quatro pontos maior do que em junho, quando Aécio batia o petista por 48% a 33%. Também na simulação contra o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), Lula oscilou dois pontos para baixo: foi de 39% para 37%, e está quatro pontos atrás do tucano, que foi de 40% para 41%. O Ibope incluiu o senador José Serra (PSDB-SP) em um eventual segundo turno contra Lula. Ele venceria por 43% a 36% do petista.
3. Esta pesquisa revela que o nome eleitoralmente mais forte do PT perdeu, em menos de dez meses, metade dos eleitores que votaram em Dilma Rousseff. Segundo o Ibope, apenas 51% de quem disse ter votado na atual presidente no segundo turno de 2014 declara voto em Lula na simulação de segundo turno contra Aécio. Nada menos do que 29% de quem ajudou a eleger Dilma diz que hoje votaria no tucano. Lula empata tecnicamente com Aécio apenas no Nordeste e entre os muito pobres. E perde em todas as outras regiões e segmentos sociais.
4. Mas há um eleitor desiludido que será decisivo na eleição: 1 a cada 5 eleitores de Dilma não quer Lula nem Aécio. Ele pode acabar migrando para o PSDB, pode voltar para o PT ou pode fermentar uma terceira via. Agenda cheia com empresas.
PRESIDENTE-2018: QUEM AGREGA MAIS?
(Panorama Político - Ilimar Franco – Globo, 27) Procura-se. Parcela da oposição começa a defender que esta precisa de uma liderança capaz de negociar com todas as forças políticas (PT, PSDB, PMDB) num próximo governo. Sustentam que os exaltados de hoje não conseguiriam cumprir esse papel. O vereador Cesar Maia (DEM-RJ) defende a tese e avalia que esse líder é o governador Geraldo Alckmin (SP). O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, derrotado pela presidente Dilma (2014), não desconhece a movimentação de aliados de Alckmin. Mas ele aposta no recall por ter disputado as últimas eleições. Integrantes do PSDB lembram que Aécio quis ser candidato em 2010, mas o recall favoreceu o senador José Serra.
MOODY’S: DÍVIDA DO BRASIL CAMNHA PARA 70% DO PIB EM 2018!
(Estado de SP, 27) 1. Agência de classificação de risco Moody’s diz que dívida cresce mais no Brasil e prevê queda de 2% no PIB neste ano e estabilidade em 2016. A posição fiscal do Brasil tem se enfraquecido não somente em termos absolutos, mas também em relação aos seus pares, avalia a agência de classificação de risco Moody’s, em relatório anual publicado ontem. Ao comparar o Brasil com outros cinco países em situação semelhante, a Moody’s conclui que a dívida brasileira “tem sido constantemente maior em relação ao PIB”. “Essa é uma tendência que esperamos que continuará nos próximos anos”, diz a agência. Os demais países são Índia, Indonésia, Filipinas, África do Sul e Turquia.
2. “A comparação do Brasil com a Índia é particularmente reveladora, porque suas dívidas têm caminhado em direções opostas. A relação da dívida do Brasil sobre o PIB deverá superar a da Índia em 2016”, prevê. Até 2013, a dívida brasileira se aproximava do patamar de 55% em relação ao PIB. Agora, segundo projeção da Moody’s, caminha para chegar a 70% em 2018. A da Índia era de um pouco mais de 65% em 2010 e, no ano que vem, deverá chegar a algo próximo de 60%.
3. A agência estima que a economia do País registrará retração de 2% neste ano e ficará estagnada no próximo. Segundo ele, o superávit primário será nulo em 2015, mas subirá e atingirá 1% do PIB em 2016. “Caso o PIB fique perto de 0% em 2016, sem recessão significativa, a perspectiva do Brasil pode ficar estável”, disse. O importante é olhar o cenário da economia para além de 2016, com PIB e resultado fiscal positivos em 2017 e 2018.” Na sua estimativa, a economia voltará a crescer em 2017, quando subirá 1,5%.
Ex-Blog do Cesar Maia