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domingo, 27 de dezembro de 2015

PUNIÇÃO PARA A COMPETÊNCIA, PRÊMIO PARA AS SINECURAS, por Carlos Chagas


Os números não batem, pois os adversários do governo dizem ser 32 mil. Para os detentores do poder, são 25 mil em todo o país. Fala-se da quantidade de funcionários públicos admitidos no início de cada governo por simples canetadas, sem concurso, nos diversos patamares da máquina federal. Vão desde ministros a servidores de cafezinho, de diretores a assessores, advogados, datilógrafos, ascensoristas, contínuos e motoristas da administração direta, das empresas estatais e das associações sob o controle governamental. Todos nomeados em razão de laços partidários, familiares e de amizade, com salários bem acima do mercado, além de facilidades variadas.
Muitos com capacidade comprovada, outros nem tanto. Estes cumprindo horário, aqueles sem se preocupar em assinar o ponto.
Tem sido assim através dos tempos e dos governos, a hora e a vez são do PT, como já foram do PSDB, do PMDB e de velhos partidos. Há os que trabalham e os que esvoaçam. Um denominador comum os une: entraram pela janela, boa parte permanecerá, outra será substituída após novas eleições. São vícios da política, costumes que vem de tempos imemoriais.
Todo esse preâmbulo se faz por conta de uma profunda injustiça que acaba de ser praticada pelo governo dos companheiros. A fim de cortar gastos e evitar a bancarrota, mas preocupada em manter os privilégios, Madame mandou anunciar o cancelamento dos concursos públicos federais durante todo o ano de 2016. Atinge-se precisamente a banda boa da máquina administrativa. Cargos mais do que necessários não serão preenchidos, em nome da economia, ainda que as sinecuras permaneçam, apesar das promessas. Nomear correligionários sem maior qualificação continuará permitido, mas proíbe-se a ocupação de funções imprescindíveis com gente competente, admitida por concurso. Conforme o ministério do Planejamento, são 28 mil vagas. Não haverá renovação em repartições essenciais e em atividades fundamentais.
Ninguém defende a degola de quem trabalha, mesmo devendo sua nomeação a pistolões ou jeitinhos. Em se tratando da opção, porém, entre a competência e o favorecimento, que pelo menos o governo mantivesse os concursos e proibisse as substituições por meios escusos. Prejudicada será a administração pública.



Dificuldades se multiplicam na Grécia

Kos – As dificuldades da Grécia em lidar com o intenso fluxo migratório estão longe de serem resolvidas. “O problema só acabará quando a comunidade europeia entender que há uma guerra na Síria e que outros países vivem sérios problemas econômicos”, disse o prefeito da ilha de Kos, George Kyritsis. 'Se nós não encontrarmos uma solução para esses países superarem os problemas, nós sempre vamos ter problemas com imigração na Europa”, destacou.
A Grécia, que vive uma grave crise financeira, recebeu somente no mês de julho deste ano quase 50 mil imigrantes.




Fonte: Correio do Povo, página 8 de 18 de agosto de 2015.


Dia sem carro: estímulo para as bicicletas


Hoje ocorre mais uma edição do 'Dia Mundial sem Carro', quando os motoristas são estimulados a deixar o veículo na garagem. Aproveitando a mobilização, o Detran/RS promoverá uma oficina de estímulo ao uso da bicicleta. O projeto Bike na Rua será realizado das 9h às 17h, na rua Marcílio Dias, 574, bairro Menino Deus, em Porto Alegre. A intenção é estimular o uso da bicicleta, mas também o de informar sobre a legislação existente e os cuidados de segurança. Um dos responsáveis pelo curso do Detran/RS, Silverius Kist, a falta de estrutura, conhecimento e segurança estão entre os fatores que não estimulam a utilização das bicicletas.
Integrante da associação dos Ciclistas de Porto Alegre, Pablo Vaz, destacou que uma das maneiras de estimular o uso das bicicletas como meio de transporte é o maior conhecimento da legislação. “O Código de Trânsito é benéfico. Por exemplo, a parte que garante que os veículos devam manter distância de 1,5 metros dos ciclistas. Se a lei fosse mais conhecida, as pessoas se sentiriam mais seguras”, disse.


Fonte: Correio do Povo, página 14 de 22 de setembro de 2015.

Dia de articulações, por Taline Oppitz

O dia de hoje será marcado por intensas articulações em torno do desfecho do projeto que autoriza a ampliação dos saques dos depósitos judiciais de 85% para 95%, que viabilizaria fôlego de cerca de R$ 1,1 bilhão ao Tesouro do Estado. O foco da oposição, que protocolou a proposta, é ampliar a pressão e o constrangimento para aliados do governo, que resiste em enviar ao Legislativo projeto de igual conteúdo. Além do encontro entre os próprios partidos, a oposição irá se reunir com representantes de sindicatos de categorias do funcionalismo público, de órgãos e poderes e também de entidades empresariais. A intenção é criar ambiente favorável a acordo de líderes, amanhã, para viabilizar a votação em plenário, em poucos dias, do próprio projeto que já tramita na Casa. Conscientes da tática e constrangidos pela estratégia dos adversários, deputados de partidos da base, que pediram, por ora sem sucesso, que o governo adotasse a medida, têm reunião marcada para hoje pela manhã. O objetivo é adotar posição conjunta na reunião de líderes, quando será solicitado o acordo.

Parecer sobre dados fiscais sai esta semana

O Ministério Público de Contas se manifestará esta semana sobre a resposta da Secretaria da Fazenda relativa à solicitação de dados fiscais. Em tempo: o procurador-geral do MPC, Geraldo da Camino, foi convidado para debate com magistrados associados à Ajuris, dia 17, sobre a crise financeira do Estado, com enfoque em transparência na Fazenda.

Agora vai?

Elton Weber está confiante na aprovação de seu parecer favorável ao projeto de autoria de Any Ortiz, limitando o pagamento de pensão a ex-governadores pelo período de quatro anos após o término do mandato. O parecer será apresentado por Weber amanhã na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia. “Não será unânime, mas acredito que irá passar”, previu. Weber incluiu emenda que limita o subsídio a igual período em que o governador esteve na função. O deputado destacou que, em tempos de crise financeira, não é possível que o Executivo gaste anualmente cerca de R$ 4,3 milhões em pensões especiais a ex-governadores ou familiares. O parecer sobre o projeto de Juliano Roso, que extingue as pensões, será contrário e apresentado na comissão em outra data. As pensões a ex-governadores são garantidas por legislação estadual de 1979, que garante salário igual ao de um desembargador do Tribunal de Justiça de forma vitalícia.

Sequestros

Segundo informações da Secretaria da Fazenda, o mês de julho fechou com R$ 101 milhões de gastos em Requisições de Pequeno Valor, as RPVs, pagamentos definidos por ação judicial contra o Estado até o valor de 40 salários mínimos. Do total, R$ 89,8 milhões foram a partir de sequestros da Justiça diretamente nas contas do Tesouro. Nos primeiros sete meses do anos, os gastos com RPVs ultrapassaram R$ 510 milhões.

Recorde

A fazenda estima que, caso seja mantida a média dos últimos dois meses, em 2015 será ultrapassada a barreira histórica de R$ 1 bilhão de despesas anuais com as Requisições de Pequeno Valor. A quitação de RPVs pelo procedimento normal, limitado a 1,5% da receita corrente líquida, ficaria em torno de 10% deste montante. Apenas em julho, foram R$ 11 milhões, incluindo a administração direta e ações contra o IPE.

Apartes

Além dos valores para RPVs, a Fazenda tem previsão de pagar mais R$ 450 milhões, até o fim do ano, em precatórios.


Fonte: Correio do Povo, página 3 de 10 de agosto de 2015.