Desempenho da indústria
puxou taxa para baixo
O Produto Interno
Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul fechou o primeiro trimestre de 2015
com um recuo de 1,3% quando comparado com o mesmo período do ano
anterior. O dado foi divulgado na manhã de ontem pelos economistas
da Fundação de Economia e Estatística (FEE). A queda no
desenvolvimento da indústria foi um dos fatores principais para o
resultado negativo. Isso porque o setor teve sua quarta queda
consecutiva, com uma taxa negativa de 6,9%. A agropecuária e os
serviços cresceram 1,1% e 0,5% respectivamente. No acumulado dos 12
meses, a variação foi negativa em 1,4%, com decréscimo de 2,8% dos
impostos. A variação positiva nesse intervalo veio apenas dos
serviços, com 0,2%.
No primeiro trimestre,
os maiores aumentos foram registrados no arroz (1,9%) e na soja
(15,9%), enquanto a maçã caiu 13,6% devido à falta de chuvas e ao
calor. Esses, porém, foram os motivos para uma safra boa de uva, o
que influenciou a produção de bebidas, um dos destaques positivos
da indústria.
A queda na fabricação
de máquinas e equipamentos foi a mais expressiva (-24,3%). “Isso
pode estar relacionado à redução da liberação de créditos”,
acredita o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto
Rocha.
Nas atividades
comerciais, os artigos farmacêuticos e cosméticos tiveram aumento
de 2,5%, enquanto a venda de veículos e peças caiu 17,9%,
vestuários e calçados, 11,5%. O comércio teve o pior resultado das
pesquisas realizadas pela FEE desde 2002.
Para o presidente da
FEE, Igor Morais, os resultados mostram a continuidade da
desaceleração econômica, mas o segundo semestre do ano deve ser o
início da reversão do quadro. “Hoje, as empresas estão
reajustando seus estoques, com redução da produção e férias
coletivas, mas o terceiro trimestre deve ser de retomada dos
processos de produção para as vendas de final de ano”, previu.
Fonte: Correio do Povo,
página 7 de 10 de junho de 2015.