PF prende ex-diretor da Petrobras e mais 20 envolvidos na Operação Lava JatoArquivo/Agência Brasil
A Polícia Federal em Curitiba confirmou há pouco a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e de mais 20 pessoas, de forma temporária e preventiva. Todas fazem parte da sétima fase da Operação Lava Jato. Também foram cumpridos seis mandados de condução coercitiva. Os investigados que não foram localizados até o momento tiveram os nomes inscritos no sistema de procurados e impedidos da PF e estão proibidos de deixar o país, entre eles, o lobista Fernando Baiano, citado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.
De acordo com a PF, alguns executivos das sete maiores empreiteiras do país, matinha, nas últimas semana, atitudes suspeitas, prevendo que poderiam ser alvo de uma operação policial. Segundo o delegado da PF, Igor Romário de Paula, responsável pela operação, essa pessoas pernoitavam fora de casa e viajam com frequência. Ele negou que tenha havido vazamento de informações. “Alguns vinham saindo do país com frequência ou dormiam em hotéis, apartamentos nitidamente com caráter de não permanecer [nas residências fixas]. Isso se comprovou hoje com alguns sendo encontrados em outras cidades.”
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Ao todo, sete empreiteiras, com contrato de mais de R$ 59 bilhões com a Petrobras foram alvo da operação deflagrada nesta sexta-feira. “São aquelas em que o material apreendido e as quebras de sigilo dão material robusto para mostrar o envolvimento delas na formação de cartel, desvio de recursos para corrupção de agentes públicos”, disse o delegado.
Ainda de acordo com a PF, os executivos das empreiteiras presos hoje participaram diretamente da celebração de contratos com a Petrobras. Outros alvos da operação tiveram participação secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma ilícita para doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.
Na sétima fase da Operação Lava Jato foram expedidos 85 mandados judiciais e decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a um dos operadores do esquema.
Os grupos investigados registraram, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), operações financeiras atípicas no montante que supera os R$ 10 bilhões. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
Os mandatos foram cumpridos nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Ao todo, mais de 300 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participaram da operação.
No Dia Mundial do Diabetes, médicos alertam sobre excesso de peso e sedentarismo
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
No Dia Mundial do Diabetes, médicos alertam sobre excesso de peso e sedentarismoArquivo/Agência Brasil
Especialistas alertam no Dia Mundial do Diabetes, lembrado hoje (14), que o excesso de peso e o sedentarismo são as principais causas do diabetes tipo 2, que atinge 90% das pessoas com problemas em metabolizar a glicose. De acordo com a Federação Internacional do Diabetes, existem hoje 12 milhões de diabéticos no Brasil e 5 mil novos casos são diagnosticados por ano.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, João Eduardo Salles, desfaz o mito de que só os doces contribuem para o diabetes. “Não é o fato de comer doce que leva ao diabetes, é sim o fato de engordar e ser sedentário, independentemente de comer doce. Se está engordando o risco de diabetes é maior”, ressaltou Salles, ao acrescentar que com a idade o risco aumenta. Quem tem muita gordura concentrada na barriga também deve ficar atento e fazer exames, pois este é outro fator de risco. Nesta sexta-feira, a entidade promove ações de conscientização em todo o país.
Segundo o especialista, o diabetes é uma das maiores causas de cegueira, de insuficiência renal, além de aumentar em até quatro vezes o risco de doenças cardiovasculares. “Quem se cuida não tem estas complicações”, frisou Salles.
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Os alimentos são digeridos no intestino e parte deles se transforma em açúcar (glicose), que é enviada para o sangue para se transformar em energia. Só que para tranformar a glicose em energia, o organismo precisa de insulina, uma substancia produzida nas células do pâncreas. No diabético, a glicose não é bem aproveitada pelo organismo devido à falta ou insuficiência de insulina, o que causa o excesso de glicose no organismo, a hiperglicemia.
O diabetes tipo 1 ocorre quando o corpo não produz insulina, enquanto a do tipo 2 se dá nos casos em que há produção da insulina, mas em quantidade insuficiente ou quando ela não é processada pelo organismo de forma adequada.
Enquanto o diabetes é uma doença crônica sem cura, o pré-diabetes é um estágio anterior da doença em que ainda há como reverter o quadro. “[Isso] ocorre quando os níveis de açúcar no sangue já estão acima do considerado normal, mas a reversão do quadro ainda é possível, por meio de mudanças no estilo de vida, o que inclui adotar uma alimentação mais saudável, deixar de fumar e praticar exercícios físicos de forma regular”, explicou a gerente científica do Negócio Nutricional da Abbott, Patrícia Ruffo. Quem faz exames periódicos de glicemia pode constatar antes o pré-diabetes e se esforçar para reverter o caso e assim evitar a doença, que não tem cura.
Levantamento feito em parceria entre a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Abbot, empresa de saúde global que conduz pesquisas e desenvolve produtos para a área, apontam que 45% da população não sabem que práticas como o controle de peso e exercícios regulares podem ser parte do controle tanto do pré-diabetes quanto do diabetes. “A falta de informação preocupa, já que o pré-diabetes é uma condição que permite a reversão do quadro a partir de medidas simples no cotidiano”, avaliou Patrícia.
Estudos da Associação Americana de Diabetes mostram que uma pessoa pode reduzir as chances de desenvolver o diabetes tipo 2 em 58% dos casos, ao perder 7% do seu peso corporal e fazer 30 minutos de atividades físicas diariamente. Enquanto isso, a pesquisa da SBD com a Abbott mostrou que a mudança de alimentação é o passo mais difícil de ser incorporado à rotina para 60% das pessoas entrevistadas, mas é também o mais importante para o controle da doença e do pré-diabetes, na opinião dos médicos.
Segundo João Eduardo Salles, o tratamento da doença é baseado em uma mudança de estilo de vida. “Perder peso, fazer exercício e comer adequadamente”, lista ele. Além disso, o uso correto e continuo dos medicamentos é essencial, quando necessários. “ A maioria das pessoa começa a tomar o remédio e para. Diabetes não tem cura, mas tem controle, mas as pessoas não podem deixar de tomar os medicamentos. Tem que tomar o medicamento a vida toda e ser acompanhado pelo médico a vida toda.”
Japonês é detido por fingir sintomas do ebola
Homem de 24 anos alega não ter chamado os funcionários da saúde
Um japonês de 24 anos foi detido na região de Saitama, no Centro do Japão, por chamar uma ambulância e fingir que estava infectado com o vírus ebola. Haruki Shimizu é acusado de obstrução fraudulenta, porque a sua ligação levou seis funcionários do centro de saúde de Sakado a se equiparem com roupa de proteção e a se deslocarem até a área em que disse que vivia, informou a polícia de Saitama.
O jovem fez uma ligação na tarde de terça-feira, alegando que tinha voltado de uma viagem ao exterior no dia anterior e que estava com 38 graus de febre, acrescentando que "podia ter sido na Libéria", informou a polícia. Haruki Shimizu negou ter feito a ligação e disse que foi um conhecido que a realizou.
Os funcionários do centro de saúde foram até o endereço dado pelo autor da ligação, mas era falso. A ligação manteve a prefeitura de Saitama e um hospital local em estado de alerta até a noite de quarta-feira, acrescentaram fontes policiais.
AFP e Correio do Povo
Kerry anuncia medidas para reduzir tensões entre israelenses e palestinos
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou ontem (13) que foram concluídas negociações para reduzir a tensão entre israelenses e palestinos depois de conversações com dirigentes de Israel e da Jordânia.
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Após encontrar-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o rei da Jordânia, Abdullah II, Kerry anunciou “compromissos firmes" para manter os direitos nos locais sagrados na região de Jerusalém Oriental.
Em entrevista, Kerry disse que não serão revelados os próximos passos, por ser “mais importante que sejam dados de uma forma tranquila e eficaz”.
As declarações de Kerry surgem depois de meses de tumultos na parte oriental de Jerusalém, que se estenderam às zonas ocupadas e às comunidades árabes de Israel nos últimos dias, o que aumentou os receios de nova revolta palestina.
Agência Brasil e Agência Lusa
Obama apela por eleições livres na Birmânia, ao lado da líder de oposição
O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu hoje (14), em Rangum, maior cidade da Birmânia, que sejam "livres e democráticas" as eleições do próximo ano no país, em coletiva de imprensa conjunta com a líder da oposição, Aung San Suu Kyi.
Um dos artigos da Constituição, herdada da época da junta militar, impede a líder da Liga Nacional para a Democracia (LND), de 69 anos, de se candidatar à Presidência, por ter sido casada com um estrangeiro.
O líder norte-americano disse aos jornalistas que “o processo de revisão constitucional precisa refletir a inclusão, em vez da exclusão”. "Não entendo uma disposição que impeça alguém de concorrer à Presidência devido à identidade do pai dos seus filhos”, afirmou Obama.
Aung San Suu Kyi, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, apontou a Constituição do seu país como o principal obstáculo à concretização de eleições legislativas “justas” no próximo ano. Segundo Aung San Suu Kyi, a Constituição “é injusta e antidemocrática”.
O seu partido é, no entanto, apontado como tendo possibilidade de ter um bom resultado nas próximas eleições. Para o presidente norte-americano, a democratização na Birmânia "não foi ainda atingida, nem é irreversível".
Como ocorreu há dois anos, eles encontraram-se na casa de Aung San Suu Kyi, ícone da democracia, que passou vários anos em prisão domiciliar até a dissolução, em 2011, da junta militar que esteve no poder por cerca de 50 anos.
Entre os dois encontros, aumentaram os receios em relação à transição democrática na Birmânia. Alguns dias antes da chegada de Obama, Aung San Suu Kyi disse acreditar que o processo de transição foi "manipulado".
A violência contra a minoria muçulmana, a incerteza sobre as regras que vão reger as eleições legislativas e as ameaças à liberdade de imprensa são algumas das preocupações descritas como entraves à democratização no país.
Agência Brasil e Agência Lusa