(Maria Cristina Frias - Folha de S. Paulo, 15) 1. "As receitas do governo vão demorar a voltar ao que eram. Temos de ter senso de urgência na aprovação das medidas necessárias. Só assim voltaríamos a ter a confiança para a recuperação da economia", diz Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco. "Aprovar medidas estruturais de contenção dos gastos públicos, como limite para os gastos públicos na Lei de Responsabilidade Fiscal e instituir uma idade mínima para a aposentadoria, não só é viável, mas fundamental."
2. Como a queda na arrecadação torna ainda mais difícil cumprir 0,5% do PIB de superavit fiscal primário neste ano, é preciso buscar uma saída. "Precisaria aprovar medidas, como a CPMF, no Congresso para chegar a 0,5%", reitera. O Banco Itaú projeta estabilização da economia ainda neste ano e uma queda de 4% do PIB em 2016. "Acreditamos que a economia deverá se estabilizar a partir do segundo semestre deste ano."
3. Para 2017, Goldfajn espera uma alta de 0,3% [antes, era zero], dependendo da reação da política econômica e dos choques internacionais. O mercado de trabalho, por sua vez, ainda deverá reagir à queda do PIB com alguma defasagem temporal. A taxa de desemprego projetada pelo banco é de 13% em 2016 e deverá atingir 13,4% em 2017.
4. Com relação à forte reação dos mercados internacionais no início deste ano em decorrência da derrocada do preço do petróleo e da China, Goldfajn é menos pessimista. "O mercado exagerou. Não vai durar meses e meses. Os Estados Unidos continuam a crescer, estão saindo da crise." O patamar, porém, mudou. "Estamos na era de expectativas baixas", lembra. "A queda do petróleo e da China nos trazem [ao Brasil] inflação via câmbio e recessão via perda de renda", afirma o economista.
Ex-Blog do Cesar Maia
2. Como a queda na arrecadação torna ainda mais difícil cumprir 0,5% do PIB de superavit fiscal primário neste ano, é preciso buscar uma saída. "Precisaria aprovar medidas, como a CPMF, no Congresso para chegar a 0,5%", reitera. O Banco Itaú projeta estabilização da economia ainda neste ano e uma queda de 4% do PIB em 2016. "Acreditamos que a economia deverá se estabilizar a partir do segundo semestre deste ano."
3. Para 2017, Goldfajn espera uma alta de 0,3% [antes, era zero], dependendo da reação da política econômica e dos choques internacionais. O mercado de trabalho, por sua vez, ainda deverá reagir à queda do PIB com alguma defasagem temporal. A taxa de desemprego projetada pelo banco é de 13% em 2016 e deverá atingir 13,4% em 2017.
4. Com relação à forte reação dos mercados internacionais no início deste ano em decorrência da derrocada do preço do petróleo e da China, Goldfajn é menos pessimista. "O mercado exagerou. Não vai durar meses e meses. Os Estados Unidos continuam a crescer, estão saindo da crise." O patamar, porém, mudou. "Estamos na era de expectativas baixas", lembra. "A queda do petróleo e da China nos trazem [ao Brasil] inflação via câmbio e recessão via perda de renda", afirma o economista.
Ex-Blog do Cesar Maia