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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Otários motorizados, por Rogério Mendelski

Eu sou, tu és, somos todos otários motorizados. Basta o cidadão ter um vínculo para cair numa malha de arapucas assim como uma mosca na teia da aranha. Não tem volta e nem chances para o seu bolso assim que você adquire o “sonho de consumo”de qualquer brasileiro – o seu automóvel.
Veja bem: que faz de otário é o governo com seus tributos. Exemplo: um veículo fabricado na GM de Gravataí é exportado para a Argentina é lá em Buenos aires ele custa 20% menos do que se fosse adquirido numa revenda no centro de Gravataí!
Dez anos atrás eu tinha uma Tracker diesel (fabricada na Argentina) e tive de trocar o sistema de embreagem. Fui numa revenda aqui de Porto Alegre e recebi o orçamento – R$ 4 mil de peças e R$ 2 mil de mão de obra.
Como tinha um compromisso em Uruguaiana aproveitei para fazer uma tomada de preços em Libres. Mostrei o orçamento com a relação das peças numa loja especializada (Autocrom) e logo tinha o preço (em reais): R$ 1.700,00 (680 dólares, na ocasião). Numa oficina mecânica obtive o preço da mão de obra: R$ 650,00. Comprei os “repuestos” com a ajuda de dois outros amigos para não ultrapassar cota de 300 dólares, e a minha Tracker ficou nova para outras aventuas off road.
Corta para setembro de 2015. O Contran decidiu na última quinta-feira que o extintor modelo ABC não é mais obrigatório para veículos que circulam no Brasil, exceto para caminhões, micro-ônibus, ônibus, tratores e veículos de transporte de produtos inflamáveis.
Esta modalidade caça-níquel oficial tem o mesmo destino do inútil kit de primeiros socorror que também foi obrigatória em 1999 e revogada três meses depois. E quem tem mais de 40 anos ainda lembra daquele selo que todo o veículo deveria ter estampado no para-brisa para provar que tinha quitado a TRU (Taxa de rodoviária Única).
Sabem, os leitores, o que eu acho que nossas autoridades pensam a nosso respeito quando criam essa boçalidades tributárias? Os brasileiros são uns otários motorizados e vamos tomar “algum” deles...


Custos de manutenção (1)


Um veículo zero ou com menos de 20 anos (no RS) paga o IPVA e o DPVAT (seguro obrigatório – R$ 101,16). Mas há ainda o custo mensal de combustível, eventuais peças de reposição, seguro total anual (quem não o faz hoje?). Tais custos podem ser acrescidos se o veículo for financiado.


Custos de manutenção (2)


Convém não esquecer de acrescentar aos custos a periódica troca de óleo e as revisões de quilometragem e possíveis multas por infrações como falar ao celular dirigindo e os indefectíveis pardais.


IPVA nos estados (1)


Por ser um tributo estadual, o IPVA varia em alguns estados. Nos estados do Acre, de Goiás e Roraima a tributação é para veículos com até dez anos de uso. Em Minas Gerais e Pernambuco o imposto é regressivo de acordo com a idade do veículo.


IPVA nos estados (2)


Em Alagoas, Paraná, São Paulo e RS, o IPVA tributa veículos com até 20 anos de idade. Nos demais estados brasileiros, o imposto é para veículos com até 15 anos.


Vá entender (1)


Um bico injetor de um veículo Volvo custa no Brasil R$ 700,00 e o conjunto de cinco bicos R$ 3.500,00. Um engenheiro, dono de um modelo daquela maca, resolveu pesquisar no E-Bay. E lá encontrou os cinco bicos por apenas US$ 260, mais US$ 34 de frete.


Vá entender (2)


O engenheiro, é claro, mandou buscar os bicos. Ao receber o pacote das peças foi verificar a origem de fabricação. Lá estava “made in Brazil”, fabricado pela Bosch brasileira.





Fonte: Correio do Povo, página 6 de 20 de setembro de 2015.



País deve ampliar atendimento de Saúde

O tradicional evento Café com Política, promovido pelo Instituto Unimed há 13 anos, discutiu o cenário e as perspectivas da Saúde no Brasil, em Porto Alegre. Para o palestrante convidado, o medico Gonzalo Vecina Neto, professor assistente da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e superintendente do Hospital Sírio-Libanês, o país precisa reconfigurar e melhorar a sua capacidade de atendimento, que deve ser voltada para doenças mais prevalecentes na sociedade atual.
Precisamos nos voltar para atende a uma população mais envelhecida, que têm doenças crônico-degenerativas e ter rede com capacidade para acompanhamento desses pacientes”, afirmou. Segundo ele, o país precisa seguir novo modelo para promover essa assistência até mesmo em tempos de crise financeira, cenário enfrentado atualmente no Brasil e também no Rio Grande do Sul. O cooperativismo é uma das alternativas apontadas por Neto para um possível avanço. “Tento olhar para o futuro eu cooperativismo é medida interessante”, salientou, argumentando que países semelhantes como Chile e Argentina têm alcançado mais capacidade de financiamento.





Fonte: Correio do Povo, página 3 de 19 de agosto de 2015.