Mostrando postagens com marcador Oito em cada dez brasileiros já foram cobrados por credores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Oito em cada dez brasileiros já foram cobrados por credores. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Oito em cada dez brasileiros já foram cobrados por credores

por Samy Dana
 Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz revelou que oito a cada dez pessoas já foram cobradas por credores em decorrência de dívidas que os deixaram com o nome sujo. A pesquisa mostrou ainda que a taxa de sucesso dessas cobranças foi alta e que 56% dos que foram cobrados quitaram suas dívidas após esse contato.

As empresas de internet e escolas ou faculdades mostraram taxas de sucesso ainda maiores: 70% e 64%, respectivamente. Já as negociações de cartão de crédito mostraram o menor percentual de acordos concretizados: 43%.

Os resultados apontam que a cobrança representa um momento desconfortável para os consumidores. Ao todo, 18% relataram constrangimento ao serem cobrados pelas empresas, assim como sentimentos de humilhação, irritação e desrespeito, citados por 6% dos participantes para cada um deles.

Já com relação à postura do credor, 38% dizem a considerar respeitosa, porém, notam um comportamento frio (16%) e uma postura agressiva (12%) por parte do encarregado pela cobrança. A pesquisa mostra também, que 62% dos consumidores querem diminuir o valor das dívidas e 10% querem um número diferente de parcelas.

Para José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil, a maior parte dos entrevistados relata o sentimento de alívio quando consegue quitar suas dívidas. O consumidor tenta negociar as dívidas e encontrar um acordo. Isso é essencial para que o planejamento mensal seja efetivo e a vida financeira possa sair do vermelho.

O SPC Brasil dá algumas dicas para uma boa negociação das dívidas:

- Fazer um planejamento para saber quais dívidas são mais importantes pagar primeiro e só então negociar com a empresa credora;

- Conhecer a fundo os próprios gastos e a sua renda para saber quanto pode disponibilizar para o pagamento do total da dívida ou das parcelas mensais;

- Tentar uma portabilidade da dívida, considerando taxas de juros mais baixas (por exemplo, as taxas do cartão de crédito estão em média 260% ao ano. O ideal é trocar essas dívidas por um empréstimo pessoal);

- Reservar uma parte da renda para o pagamento das dívidas e, caso não haja renda, vender bens como automóveis e eletrônicos para usar o dinheiro;

- Não ter vergonha ou medo de negociar com o gerente do banco ou responsável pela cobrança. Menos de 20% que renegociaram a dívida fizeram contraproposta aos credores. O banco sempre terá interesse em negociar, por isso é importante não desistir.

Post em parceria com Adriano Reis

Fonte: Folha Online - 26/04/2015 e Endividado