Nesta
quarta-feira, dia 24 de junho de 2015, teve uma longa entrevista pela
manhã na Rádio Gaúcha, com o secretário Estadual da Fazenda,
Giovani Feltes, falando das dificuldades financeiras do Estado do Rio
Grande do Sul.
Feltes
disse que neste mês o Rio Grande do Sul arrecadou R$ 50 milhões a
menos em ICMs e que esse valor vai fazer falta para que o Estado
consiga fazer o pagamento do funcionalismo público estadual neste
mês de junho.
Feltes
também disse que o Estado sempre paga nos três últimos dias úteis
do mês e que neste mês o Estado irá pagar o funcionalismo em uma
única data, no dia 30 de junho. O secretário também explicou que a
possibilidade de pagar um dia neste mês é de 99% e que o Estado irá
esperar até o dia 30 porque também irá receber algumas verbas do
governo federal e que assim também irá usar todos os recursos
disponíveis dos impostos arrecadados para ajudar no fechamento da
folha de pagamento deste mês.
A crise
está cada vez pior e o que percebemos é que o estado do Rio Grande
do Sul não faz mais nem investimentos nas áreas da saúde, da
educação, da segurança e nem em saneamento básico. Os governantes
do Estado são meros “gestores” de recursos humanos, só que com
a recessão técnica que o país está atravessando, a tendência é
que no mês de julho falte dinheiro até para pagar a folha de
pagamento dos servidores estaduais.
Não é
preciso ser muito inteligente para ver que o governo está deixando
as finanças a irem para o fundo do poço, já que, provavelmente, o
governador Sartori deve mandar no mês de agosto um pacote para a
Assembleia, onde ele irá propor o aumento do ICMs. É uma pena que,
mais uma vez, os servidores da Assembleia e do Judiciário, que são
os que possuem os melhores salários no governo estadual não estão
dispostos a ajudar na contenção de despesas para que o estado
comece a superar a forte crise econômica que não assola somente o
Estado do Rio Grande do Sul, mas todo o território brasileiro. Ainda
assim, percebo que muitas pessoas não querem sair da “zona de
conforto”. Várias vezes eu já ouvi pessoas dizendo que querem
fazer um concurso público, para pelo menos ter o salário garantido
no final do mês. Ao que parece, nem isso mais teremos daqui para
diante!
Vivemos
em um país onde a maioria das pessoas, culturalmente não sentem a
menor vontade de correr “atrás da máquina”. Muitas pessoas
querem um cargo público.
Precisamos
de mais empreendedores, precisamos de mais cientistas, mais verbas
para a saúde e de mais infraestrutura. Precisamos de portos,
aeroportos, ferrovias e de melhores estradas para que possamos escoar
com mais rapidez a nossa produção.
O Brasil
precisa formar mais cientistas e menos advogados e administradores.
Ainda bem que muitos brasileiros estão começando a mudar a sua
mentalidade e estão tendo vontade de ter o seu próprio negócio.
Samos
latinos e católicos e sabemos que os países católicos são mais
atrasados do que os países protestantes, que são sem a menor sombra
de dúvida, os mais evoluídos.
Sabemos
que nestes países é que tem o maior número de habitantes
defensores do socialismo, já que o socialismo prega erroneamente que
“os que possuem mais é que devem dividir com os que tem menos”.
Na verdade, não “podemos dar o peixe, precisamos ensinar a
pescar”.
*Editor do site RS
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Artigo escrito no dia
24 de junho de 2015.