O vexame oferecido ontem pelo PT nas ruas do centro de São Paulo marcou o ponto do qual não há retorno na implosão anunciada a partir da reeleição da presidente Dilma, logo depois de outubro do ano passado. Ficou clara a impossibilidade de o atual governo seguir adiante na farsa construída com mentiras e prestidigitações inauguradas pelo Lula. Infelizmente, desmorona o sonho construído com esperança e malandragem.
Mais do que a evidência de haver caído a máscara dos salvadores da pátria, revela-se a impossibilidade de conciliação entre seus métodos de mudar o Brasil pelo diálogo ou de satisfazer seus ímpetos ditatoriais. Agora é na violência. Prevaleceu o direito da força entre os companheiros, mas a partir de terça-feira ficou claro que a lei celerada despertou seus contrários. Se o princípio é de esmagar o adversário, é bom olhar adiante.
Conquistado o poder, impõem-se o silêncio. Senão também o garrote. No palácio do Planalto, valeu-se o Lula de expedientes para enriquecer, coisa que não é proibida para um cidadão normal. Sua família participou. Amigos e correligionários, também. Como bicões de toda espécie. Formou-se uma quadrilha, tanto faz se germinada em casa ou no vizinho. Foi tão mal organizada que alastrou-se. E acabou contaminando o país. Despertou seus contrários, mesmo em muito menos número, mas eles mobilizaram-se, a partir de Judiciário, do Ministério Público, da Policia Federal e de parte da mídia. Veio a reação.
O diabo é que em determinado aspecto da equação foram aparecendo os responsáveis. Estes menos, aqueles mais culpados. Os grandes e os pequenos. Até o clímax. Foi quando pontificaram viagens ao exterior, propinas, triplex, sítios, empreiteiras. Não poderia ser diferente: ilações, denúncias, condenações, prisões.
Eis que, de repente, surge o astro principal no firmamento: o Lula. Sem esquecer sua turma. Bem que mobilizaram-se as forças contrárias, quer dizer, seus asseclas, mas não adiantou. Um juiz surgiria. Ou vários. O resultado eclodiu esta semana: o confronto.
Vale repetir, não há como evitar como que nas novelas deixe de aparecer o que inglês se chamada de “point of no return”. Com todas as suas consequências