A evolução em busca
de melhores condições de vida e de produção é um processo
contínuo , Agora, uma nova notícia vem servir de alento para a
nossa matriz energética. Trata-se da implementação da primeira
termelétrica com aproveitamento do lixo de um aterro sanitário. A
unidade está localizada na cidade gaúcha de Minas do Leão e deverá
funcionar nos próximos dias, assim que for emitida uma licença
ambiental da Fepam. O investimento é privado e tem um custo de R$ 30
milhões. A estimativa é que seja gerado um montante de eletricidade
suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes.
Sem dúvida, o fato de
se poder conciliar um destino adequado do lixo com a produção de
energia se reveste de uma importância fundamental, tanto para
aumentar a oferta disponível como para propiciar novas oportunidades
de emprego e renda. Ao todo, são 3,5 mil toneladas de lixo orgânico
por dia. Porto Alegre envia mais da metade desse montante e mais de
uma centena de outras cidades gaúchas serão contempladas. A
potência instalada, que hoje é de 8,55 MW, pode chegar a 15 MW numa
futura ampliação. A energia limpa é uma conquista que vai
beneficiar a população sem descuidar do meio ambiente.
Iniciativas
semelhantes são esperadas para que o país possa ter a energia
suficiente para seu desenvolvimento. A dependência de gerá-la
somente com usinas que dependem de fatores climáticos ou com
termelétricas de alto custo é uma questão a ser equacionada. O
lixo pode ter um papel nesse contexto.
Fonte: Correio do Povo,
editorial da edição 3 de junho de 2015, página 2.