O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse hoje (9), na capital paulista, que está em negociação com o Exército para produção de repelente que será distribuído para mulheres grávidas. “Nós sabemos que houve grande consumo de repelente. Nós estamos em contato com o laboratório do Exército, que fabrica normalmente esses repelentes para suas tropas. Entramos em contato e vamos estabelecer uma parceria”, declarou após evento do Seminário Lide, que reuniu mais de 400 lideranças empresariais da área da saúde.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, reforçou a necessidade de as mulheres, além de usarem repelente, priorizem roupas que deixam o corpo encoberto
Castro informou que os repelentes serão distribuídos somente para mulheres grávidas do país, com exceção do Rio Grande do Sul, onde o vírus Zika ainda não circula. “Estamos dando atenção especial às gestantes e mulheres em período fértil. É o nosso grande foco. É drama humano, de dimensões extraordinárias, uma mulher grávida saber que foi picada por um mosquito. Ela vai entrar, seguramente, em pânico, porque sabe das consequências que isso poderá trazer para o seu filho”, declarou.
O ministro destacou também a atenção à Região Nordeste, onde estão registrados o maior número de casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem (8), mostra que são 1.761 casos suspeitos em 422 municípios brasileiros, sendo que Pernambuco permanece como o estado com o maior número de casos (804). O ministro reforçou a necessidade de as mulheres, além de usarem repelente, priorizem roupas que deixam o corpo encoberto e, se possível, coloquem tela nos apartamentos.
PMDB no Congresso
Castro disse que foi surpreendido pelo pedido de peemedebistas, que se declaram contrários ao governo Dilma Rousseff, que protocolaram um pedido na Mesa Diretora da Câmara para substituição do líder da bancada do partido, passando do deputado Leonardo Picciani (RJ) para Leonardo Quintão (MG).
Castro disse que foi surpreendido pelo pedido de peemedebistas, que se declaram contrários ao governo Dilma Rousseff, que protocolaram um pedido na Mesa Diretora da Câmara para substituição do líder da bancada do partido, passando do deputado Leonardo Picciani (RJ) para Leonardo Quintão (MG).
O ministro explicou que é prática do PMDB eleger o líder em votação secreta para um mandato de um ano e que o de Picciani iria até fevereiro. “Parece-me que houve contaminação [pelo processo de impeachment]. A maioria do PMDB, sem ir para eleição, se antecipou e assinou um documento”, disse.
O ministro da Saúde defendeu ainda que o pedido de impeachment de Dilma Roussef não tem base jurídica e que se trata de um “processo exclusivamente político”, o qual não cabe para o regime democrático presidencialista do Brasil.
“Se a presidenta Dilma cometeu alguma pedalada em 2014, era outro mandato, não vale para 2015. E este ano não terminou ainda e ninguém sabe como as contas serão fechadas. E a meta fiscal que tinha sido estabelecida, o Congresso Nacional mudou e ela está cumprindo a meta [que foi alterada]. Eu não chegaria a dizer que seria um golpe, mas teria a condição de dizer que não tem fundamento, portanto, é uma imposição de forças políticas”, disse.
Merkel visita a Turquia
Istambul – A chanceler alemã Angela Merkel admitiu neste domingo que para reduzir a chegada dos refugiados sírios à Europa é preciso ajudar economicamente a Turquia, bem como encontrar as vias de trânsito legl para a União Europeia (UE). Ela se reuniu com o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu e defendeu inda a possibilidade de acelerar o processo de adesão turca à União Europeia.
Em conferência de imprensa conjunta com o líder do governo turco, em Istambul, em que foi discutida a maneira como a UE poderá colaborar com a Turquia para ajudar os refugiados sírios, a chanceler alemã destacou que a imigração ilegal não é a solução. “Um país sozinho não pode assumir a migração ou a ajuda a pessoas com dificuldade”, advertiu, ressaltando que é preciso uma migração regulada e coordenada e mecanismos para apoiar a Turquia e permitir a migração controlada.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 19 de outubro de 2015.
Migrantes: milhares seguem à Áustria
Beremend – Após uma difícil jornada atravessando os Bálcãs em ônibus, trens ou a pé, cerca de 18 mil migrantes conseguiram chegar à Áustria neste fim de semana. “É difícil dizer quantos outros vão chegar hoje, mas sem dúvida serão milhares”, reconheceu Gerald Pangl, porta-voz da Polícia. Enquanto isso, o fluxo de migrantes entre Sérvia e Croácia continuava intenso. Desde quarta-feira Zagred contabilizou 21 mil entradas. Em outros postos fronteiriços da Croácia, 700 migrantes esperavam neste domingo para entrar na Eslovênia.
Os chefes da diplomacia de Polônia, República Tcheca, Eslováquia e Hungria se reunirão hoje com seu colega de Luxemburgo em Praga para abordar esta crise humanitária – o maior êxodo que a Europa enfrenta desde a II Guerra Mundial.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de 21 de setembro de 2015.