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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Janot diz que envolvidos na Lava Jato roubaram orgulho brasileiro

Rodrigo Janot Procurador-geral da República, fala sobre a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de outubro (José Cruz/Agência Brasil)

Investigação está longe do final, diz procurador-geral da República, Rodrigo JanotJosé Cruz/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (11) que os envolvidos no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propina investigados pela Operação Lava Jato “roubaram o orgulho brasileiro”. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva no Paraná, na qual foram denunciadas 35 pessoas envolvidas no esquema.

“Eu queria dar um recado: essas pessoas, na verdade, roubaram o orgulho dos brasileiros”, disse Janot. Ele acrescentou que a denúncia de executivos de empreiteiras envolvidas no esquema é apenas o começo da investigação. “Estamos longe do final dela [investigação]. Essa é mais uma fase – a complexidade dos fatos nos leva de forma responsável, de forma muito firme, a afirmar que esta investigação chegará ao final”, completou.

Segundo Janot, os denunciados ligados deram uma “aula de crime”. Na denúncia oferecida, o MPF informou que, dos 35 denunciados, 22 são ligados às empresas investigadas: Mendes Junior, GFD, Camargo Corrêa, UTC, OAS, Engevix e Galvão Engenharia.

Algumas pessoas foram denunciadas mais de uma vez, como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O MPF ressaltou ainda que o doleiro Alberto Youssef, também denunciado, era o maior operador do esquema.

A Operação Lava Jato investiga um esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com a Polícia Federal, movimentou R$ 10 bilhões desviados de contratos da Petrobras.

 

 

Agência Brasil

 

Parlamento português recomenda reconhecimento do Estado da Palestina

 

Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto

O Parlamento português aprovou hoje (12), por maioria, uma recomendação para que o governo reconheça o Estado da Palestina. A proposta, apresentada em conjunto pelo PSD, CDS-PP e PS, teve nove votos contra de deputados dos grupos proponentes.

No primeiro ponto do projeto de resolução da maioria e da bancada socialista, o Parlamento insta o governo a "reconhecer, em coordenação com a União Europeia, o Estado da Palestina como um Estado independente e soberano, de acordo com os princípios estabelecidos pelo direito internacional". Esse item foi rejeitado por nove deputados.

O segundo ponto da proposta defende que o governo, "em conjunto com seus parceiros da União Europeia e internacionais, continue a promover o diálogo e a coexistência pacífica de dois Estados democráticos Israel e Palestina, pois só por meio de negociações será possível garantir a segurança e a paz naquela região", e foi aprovado pela maioria dos parlamentares.
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o governo português "procurará escolher o momento mais adequado" para reconhecer o Estado da Palestina, como recomendou o Parlamento. "O governo é sensível ao apelo da Assembleia da República e procurará escolher o momento mais adequado para proceder ao reconhecimento do Estado da Palestina de modo que esse ato possa facilitar a solução que se considera necessária para que israelenses e palestinos convivam duradouramente de forma pacífica", disse Machete no Parlamento.

 

Agência Brasil

 

 

TRÂNSITO DO RIO PIORA 16% EM 10 ANOS E É 6% PIOR QUE O DE SP!


(Globo, 12) Em 2003, o tempo médio de viagem de casa para o trabalho na Região Metropolitana do Rio era de 43 minutos. Em 2012 (último dado disponível), já chegava a 50 minutos. A pior situação de mobilidade entre as principais Regiões Metropolitanas do país. Em São Paulo, por exemplo, piorou aumentando de 41 para 47 minutos. Os dados constam da primeira publicação da “Série Estados Brasileiros – Estudos de Caso: Rio de Janeiro”, que será lançada na segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Projetos.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

EUA pedem aos países em desenvolvimento atuação contra aquecimento global

 

O secretário de Estado norte-americano pediu hoje (12), em Lima, aos países em desenvolvimento, responsáveis por mais da metade das atuais emissões de gases de efeito estufa, que atuem contra o aquecimento climático.

"Eu sei que é difícil para os países em desenvolvimento", mas "é imperioso que também eles atuem", declarou John Kerry, durante breve visita à capital do Peru, onde ocorre até esta sexta-feira a 20ª conferência da Organização das Nações Unidas sobre o clima.

Kerry destacou, diante de representantes de cerca de 190 países, que as nações industrializadas têm papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa, mas que isso não quer dizer que os outros países não tenham a obrigação de agir e possam repetir os erros do passado.

"Sei que as negociações são tensas e difíceis e sei que muitas pessoas estão furiosas com a difícil situação em que foram colocadas pelos grandes países, que se beneficiaram da industrialização durante muito tempo", explicou o chefe da diplomacia norte-americana.

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"[Não há tempo] para continuarmos sentados discutindo, para saber a quem cabe a responsabilidade de agir", acrescentou. "A responsabilidade cabe a cada um, uma vez que é a quantidade total de dióxido de carbono (CO2) que conta e não a parte de cada país".

A questão da responsabilidade entre os países é um dos pontos que impede progressos nas negociações sobre um acordo multilateral, no fim do próximo ano, em Paris, para lutar contra o aquecimento do planeta.

A Convenção da ONU sobre o Clima, de 1992, reconheceu "uma responsabilidade comum, mas diferenciada" no aquecimento global, definindo dois grupos distintos de países (desenvolvidos e em desenvolvimento).

Atualmente, a China e a Índia são, respectivamente, o primeiro e o quarto emissores do planeta. Outros países emergentes também veem as suas emissões aumentar.

Kerry advertiu que se apenas uma ou duas economias de maior dimensão não conseguissem responder a essa ameaça, boa parte do bom trabalho estaria a ser feiro pelo resto do mundo.

"Se falharmos, as gerações futuras não esquecerão", considerou o secretário de Estado norte-americano, ao pedir "ações concretas e compromissos ambiciosos", principalmente em relação à política energética dos países.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

 

Mesmo com chuva, nível do Cantareira volta a cair

 

Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

reserva técnica do Sistema Cantareira

Após permanecer estável por dois dias, nível dos reservatórios do Sistema Cantareira volta a cairDivulgação/Sabesp

O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira voltou apresentar queda hoje (12), após permanecer estável por dois dias. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a medição mostra que o nível do sistema está em 7,5%. Na quarta-feira (10) e na quinta-feira (11), o volume ficou em 7,6%. A precipitação de ontem acumulou 5,3 mm, sendo que a média histórica para o mês dezembro é de 220,9 mm.

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Os outros sistemas que abastecem São Paulo também apresentaram queda. O Alto Tietê passou de 4,4% ontem para 4,2% hoje. A chuva sobre os reservatórios foi fraca, de 1,1 milímetro (mm). No Guarapiranga, houve alta, passando de 31,5% ontem para 32,2% hoje. Nesse sistema, a precipitação foi mais significativa, acumulou 25,6 mm.

Na capital paulista, a chuva caiu com força em grande parte da cidade nessa quinta-feira. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura, entraram em estado de atenção as regiões oeste, sudeste e sul da cidade.

O CGE informou que os próximos dias ocorrerão chuvas em volume significativo na cidade e também nas regiões onde estão localizados os sistemas de abastecimento de água. No fim de semana, uma frente fria que está sobre o oceano, no litoral sul do país, avançará lentamente em direção a São Paulo. O vento quente e úmido da região amazônica também chega ao leste paulista, favorecendo a formação de nuvens e chuvas mais consistentes.

No sábado (13), a temperatura varia entre 19ºC e 24ºC. Os índices de umidade relativa do ar ficam entre 60% e 90%. Não há previsão de chuva para o início da próxima semana.

 

Agência Brasil

sábado, 6 de dezembro de 2014

Combate à dengue e à febre chikungunya representa um desafio duplo, diz ministro

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou hoje (6), no Rio de Janeiro, do Dia D de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue e da febre chikungunya. Acompanhado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, Chioro visitou uma casa da comunidade do Morro da Coroa, entre os bairros do Catumbi e de Santa Teresa, na região central da cidade, onde acompanhou o trabalho dos agentes de saúde do município na inspeção de possíveis criadouros do mosquito.

Na rodoviária de Brasília, funcionários da Secretaria de Vigilância Ambiental distribuem folhetos educativos no Dia D de Combate à Dengue e Chikungunya (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Folhetos educativos no Dia D de Combate à Dengue e Chikungunya /Elza Fiuza/Agência Brasil

“O perigo aumentou. Agora nós temos uma preocupação dupla, não só com a dengue mas com a febre chikungunya, mas o mosquito é o mesmo. A  ação de prevenção que o ministério, os estados e as prefeituras estão fazendo é a mesma e precisa do apoio pra valer da população brasileira”, disse, em entrevista à imprensa após visitar a residência das irmãs Carminda e Maria de Lourdes Ferreira Caetano, de 86 e 87 anos, respectivamente. Nenhum foco foi encontrado na casa das duas idosas, elogiadas pelo ministro por seu cuidado para evitar criadouros do mosquito.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro e o prefeito Eduardo Paes participam, no Morro da Coroa, do Dia D de Combate à Dengue e febre Chikungunya (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o prefeito Eduardo Paes participam, no Morro da Coroa, do Dia D de Combate à Dengue e à febre Chikungunya /Tânia Rêgo/Agência Brasil

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“Se cada um fizer a sua parte, agora nos meses de verão, nós teremos capacidade de enfrentar tanto a dengue como a chikungunya e reproduzir no ano que vem o mesmo resultado positivo que tivemos em todo o Brasil”, destacou Chioro, que elogiou o desempenho do Rio de Janeiro no combate à dengue. “Foi o estado que teve a maior redução no número de casos, no número de óbitos”, lembrou.

A queda do número de casos da dengue no Rio de Janeiro foi 97% este ano, em comparação com os dados de 2013, bem acima da média nacional, de 61%, segundo o Ministério da Saúde.  Com relação à febre chikungunya, Chioro  disse que não se pode misturar o enfrentamento das duas doenças, apesar de terem em comum o fato de serem transmitidas pelo mesmo mosquito.

“A diferença é que a dengue tem uma chance muito maior de produzir casos graves e óbitos, e a febre chikungunya praticamente não produz óbitos. Entretanto, as dores articulares, nas juntas, podem durar semanas, até três meses, e em alguns casos, anos”, explicou o ministro. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados até 15 de novembro 1.364 casos de chikungunya em todo o país.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro e o prefeito Eduardo Paes participam, no Morro da Coroa, do Dia D de Combate à Dengue e febre Chikungunya (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Arthur Chioro e o prefeito Eduardo Paes participam, no Morro da Coroa, do Dia D de Combate à Dengue e à febre Chikungunya /Tânia Rêgo/Agência Brasil

Desse total, apenas 71 casos foram importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como a República Dominicana, o Haiti, a Venezuela, o Caribe e a Guiana Francesa. Os demais foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para esses países.

O ministro admitiu que a longa estiagem vivida em grande parte do país contribui para a não proliferação do Aedes aegypti. “A larva permanece de seis meses a dois anos aguardando ali. Na hora em que começa a chover, ela pode eclodir e dar origem ao mosquito. Se por um lado a estiagem ajuda a não proliferar o mosquito e a transmissão da doença em um certo período, ela não resolve o problema. O que resolve é a eliminação desses criadouros”, disse.

Na Clínica da Família Sérgio Vieira de Mello, unidade da prefeitura localizada no pé do Morro da Coroa, Arthur Chioro e Eduardo Paes acompanharam a entrega de certificados de desempenho a agentes municipais de saúde. O ministro lembrou que no primeiro sábado de fevereiro de 2015 será feito um segundo Dia D de mobilização contra o Aedes aegypti, com mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais de saúde para o diagnóstico correto das duas doenças.

 

 

Agência Brasil

 

“Jogamos em casa” quando viajamos pela América do Sul, diz Dilma

 

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura

A presidenta Dilma Rousseff participa da Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) no Equador (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

A presidenta Dilma Rousseff participa da Cúpula Extraordinária da UnasulRoberto Stuckert Filho/Presidência da República

Ao discursar na Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Quito, no Equador, a presidenta Dilma Rousseff destacou a palavra “integração” para convidar os presidentes dos 12 países que compõem o bloco a se unirem pelo enfrentamento da crise internacional, para a criação de projetos de infraestrutura e a preservação da estabilidade democrática da região.

Repetindo a palavra “integração” por oito vezes, Dilma aproveitou sua fala para elogiar a construção da nova sede da Unasul na capital equatoriana. “Temos a maior clareza da importância da integração no nosso continente. Portanto, consideramos fundamental buscar formas tanto de integração econômica e de infraestrutura logística quanto energética”, disse a oresidenta, antes de participar da cerimônia de inauguração da nova sede.  

Dilma fez referência à metáfora futebolística do secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, que, quando esteve no Brasil, disse que se sente “jugando de local” (jogando em casa, em português) quando visita o país. “E, quando viajamos pelo continente, como é o caso de hoje, sempre 'jugamos de local'”, disse ela.

Em uma retrospectiva dos desafios e avanços da Unasul nos últimos meses, a presidenta defendeu ações conjuntas que, na sua opinião, vão contribuir para a consolidação da agenda externa do grupo. Segundo ela, este ano foi feito um importante debate sobre os modelos de exploração dos recursos naturais, que não devem apenas ser considerados como vantagem regional.

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“É preciso transformar esses recursos em ferramentas efetivas de diversificação produtiva e desenvolvimento social, sob pena de ficarmos presos ao círculo vicioso da mera exportação de matérias-primas”, afirmou. Aos presentes na reunião dos Chefes de Estado e de Governo, Dilma pediu uma Unasul “renovada, fortalecida e atuante”, que consolide a América do Sul como “exemplo de paz, de união, em um mundo cada vez mais conturbado pelas incertezas de ordem política e econômica”.

Destacando a atuação do bloco em algumas ocasiões, a presidenta relatou as manifestações da Unasul contra os atos violentos ocorridos na Venezuela em fevereiro, quando pelo menos três pessoas morreram e 61 ficaram feridas após protestos. Para a presidenta, a atuação no caso comprovou a “eficácia” da entidade para auxiliar os Estados-membros na busca de soluções “democráticas, pacíficas e negociadas em cenários de crise”.

Dilma elogiou as eleições ocorridas recentemente na Colômbia, no Chile, na Bolívia, no Uruguai e também no Brasil. Segundo ela, saiu vitoriosa a agenda da inclusão social, do desenvolvimento com distribuição de renda, do combate à desigualdade e da garantia de oportunidades.

Ao chegar à nova sede da Unasul, a presidenta foi recebida com honras militares e recebeu os cumprimentos do presidente do Equador, Rafael Correa, e de duas crianças que seguravam bandeiras do Brasil.

“Nós, países da Unasul, provamos que somos capazes de enfrentar muitos dos desafios. Nos últimos anos, nossos países aumentaram a renda per capita, diminuíram o desemprego e reduziram os níveis de pobreza de suas populações”, disse. De acordo com a presidenta, a cooperação dos países do bloco será importante para a recuperação da crise econômica mundial.

O papel da Unasul como interlocutor global da região em espaços de diálogo e de cooperação foi citado por Dilma. Como exemplo, a presidenta lembrou a cúpula promovida em julho com o  Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Por isso, tenho certeza de que, ao longo dos próximos anos, vamos também diversificar e buscar novas interlocuções”.

“Somos 12 países com 12 visões de mundo que representam as experiências e aspirações de cada uma de nossas sociedades”, observou Dilma, complementando que esses países precisam a partir de agora “construir sistematicamente o caminho do consenso que dá vida a seu lema de convívio democrático fundamental: unidade na diversidade e no respeito às características de cada país”.

A Unasul é formada por Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Guiana e Suriname. Entre os temas discutidos na cúpula está a criação da cidadania sul-americana, que vai facilitar a circulação dos cidadãos dos 12 países-membros. Estima-se que 400 milhões de pessoas sejam beneficiadas com a medida.

 

Agência Brasil

 

 

Operação Brasil Integrado mobiliza forças de segurança em todo o país

 

Marcelo Brandão Edição: Jorge Wamburg

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo reuniu-se com secretários de segurança pública de todos os estados. O tema do encontro foi o novo modelo de integração da segurança (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Experiência da Copa do Mundo é base para o projeto de inegração, diz  o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo  Fabio  Rodrigues  Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou hoje (5) a realização da Operação Brasil Integrado, que, pela primeira vez, terá a participação das forças de segurança de todos os estados do país.
A intenção de Cardozo é iniciar um processo de integração permanente das polícias – Militar, Civil, Rodoviária e Federal –, tendo como ponto central a utilização dos centros de Comando e Controle criados para a Copa do Mundo e montados em cada uma das 12 cidades-sede da competição.

“Na Copa do Mundo deu certo, porque todos trabalharam em absoluta sintonia. Com base nessa experiência do torneio, com os centros de Comando e Controle, iniciamos o projeto de consolidar o processo de integração”, explicou Cardozo. Segundo ele, o trabalho da segurança pública no país inaugura um novo capítulo.

“Independentemente de quem esteja nos governos no próximo período, essa é uma cultura que veio para ficar. Sabemos que o estado brasileiro começa a mudar o patamar de segurança pública. Tenho absoluta certeza de que começamos a fazer história na segurança pública do Brasil”. Cardozo disse ainda que o trabalho integrado de segurança em todo o país provocará “profundos abalos” na estrutura do crime organizado, que terá mais dificuldades para arrecadar recursos e transportar drogas e armas.

A Operação Brasil Integrado envolve 20 mil agentes de diversas forças de segurança. Ela começou no início da madrugada de hoje (5) e durará 24 horas. A meta da operação, que é tratada como uma primeira experiência de integração de forças de segurança de todo o país, é combater o crime organizado, fiscalizando fronteiras, estradas, portos e aeroportos. Os números finais da operação serão divulgados na próxima segunda-feira (8).

Atualmente, existem 12 centros de Comando e Controle em nível regional – cada um em uma cidade-sede da Copa do Mundo – e dois em nível nacional, em Brasília e no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça explicou, no entanto, que a meta é que todos os estados tenham um centro para realizar o trabalho integrado. A expectativa de Cardozo é que os novos centros comecem a ser entregues no final de 2015.

Está prevista para o início do ano que vem uma reunião entre os atuais secretários de Segurança Pública dos estados com os próximos ocupantes do cargo nos governos que se iniciam em 1º de janeiro, para dar continuidade à estratégia de integração. Cardozo ressaltou que o ministro da Justiça, a partir do próximo ano, “independente de quem seja”, deverá promover essa reunião.

 

Agência Brasil

 

LDO: “Natalão” dos governistas estraga Natal de Joaquim Levy

 

Publicado em 4 de dez de 2014

O Congresso aprovou as mudanças na LDO, retirou a meta de superávit e tudo o que governo Dilma queria. A base aliada garantiu um natal mais feliz. Já o novo ministro da Fazenda herdou um presente de grego.

 

 

Coaf fez mais de 3 mil relatórios sobre indícios de movimentações ilícitas

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já produziu mais de 3 mil relatórios sobre movimentações com indícios de lavagem de dinheiro em 2014. De acordo com o presidente do conselho, Antonio Gustavo Rodrigues, o número é o maior registrado desde a criação do órgão, em 1998.

Antônio Gustavo Rodrigues participou hoje (5) do 1º Seminário Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, no Rio de Janeiro, e contou que, nos 12 anos em que está à frente do órgão, aumentou a comunicação com outras instituições: "a única pessoa que recebia [os relatórios] era o procurador-geral da República. Comecei a mandar para os procuradores federais regionais, para a Polícia Federal e para o Ministério Público", disse ele, ao afirmar que a troca de informações criou "uma cultura para tratar do tema".

No ano passado, o Coaf produziu 2.450 relatórios. Esses documentos são elaborados a partir de comunicações suspeitas ou automáticas enviadas por bancos, instituições financeiras e outros órgãos.  As comunicações, explica Rodrigues, são feitas automaticamente por envolverem valores elevados, ou por suspeita das instituições, quando a quantia ultrapassar a capacidade econômica dos envolvidos, por exemplo.

Muitas comunicações podem ser reunidas em um único relatório, e muitos relatórios podem dar origem a uma única investigação, afirmou o presidente do Coaf, que usou como exemplo a Operação Lava Jato, para a qual foram produzidos 108 relatórios. O papel do Coaf, no entanto, não é o de investigar, mas de fornecer informações aos órgãos, que investigam para saber se de fato há suspeitas e crimes: "Nosso papel é alertar, levantar a bola e chamar a atenção", enfatizou Rodrigues.

Em 2014, o Coaf recebeu cerca de 777 mil comunicações, e cerca de 16% fez parte de algum relatório. O número de comunicações caiu nos últimos anos: foram 1,28 milhão em 2013 e 1,587 milhão em 2012. A diminuição, segundo Rodrigues, ocorre porque o sistema tem sido aprimorado para não fazer comunicações inúteis.

 

Agência Brasil

 

 

Ônibus tomba próximo ao litoral paulista e deixa 15 estudantes feridos

 

Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

Um ônibus transportando estudantes em uma excursão escolar tombou na Via Anchieta, na cidade de Cubatão, próximo a Santos, na região da Baixada Santista. A Polícia Rodoviária Estadual informou que o veículo conduzia 36 passageiros, a maioria adolescentes. Um deles ficou ferido gravemente e 14 sofreram ferimentos leves.

Segundo a polícia, os alunos tinham como destino o litoral paulista. A concessionária Ecovias, que administra a rodovia, informou que o acidente ocorreu às 10h15, na altura do km 47.

De acordo com a Ecovias, informações iniciais revelam que o ônibus perdeu o freio, antes de ser jogado para o canteiro lateral da pista. No momento do acidente, as condições de visibilidade eram boas, pois não chovia e não havia neblina.

As vítimas foram encaminhados para o Hospital Irmã Dulce na Praia Grande, o Pronto-Socorro em Cubatão e o Centro de Referência, Emergência e Internação, em São Vicente. A rodovia ficou interditada em uma faixa, mas já foi liberada. Segundo a Ecovias, ainda há lentidão do km 38 ao km 47.

 

Agência Brasil

 

Mesmo com chuva, Cantareira continua em queda e registra 8,2%

 

Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

As chuvas sobre São Paulo não interromperam a sequência de quedas do Sistema Cantareira. Hoje (5), o nível dos reservatórios registrou 8,2%, uma redução de 0,1 ponto percentual em relação a ontem (4), segundo medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Ontem, uma leve precipitação de 1,9 milímetro atingiu as cabeceiras do sistema. A pluviometria esperada para o mês é alta, 220,9 milímetros. No mês passado, a média histórica indicava precipitações acumuladas no patamar de 161,2 milímetros, mas as chuvas acumularam 135 milímetros.

Outros sistemas de abastecimento de São Paulo também sofreram perdas. O Alto Tietê baixou de 5,2% ontem para 5,1% hoje, mesmo diante da precipitação de 9,1 milímetros que atingiu o reservatório.

Guarapiranga, localizado na zona sul da capital, apresentou leve melhora. O sistema passou de 32,2% ontem para 33,3% hoje. A chuva que ajudou a elevar o sistema e atingiu a cidade de São Paulo acumulou 10,8 milímetros.

Hoje, o tempo nublado e chuvas isolados predominam na capital paulista. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a nebulosidade ocorre pela passagem de um sistema frontal, que se afasta rapidamente para o oceano. Chuvas mais consistentes estão previstas para o norte paulista e o sul de Minas Gerais, na área do Sistema Cantareira.

No fim de semana, o tempo abre, as temperaturas sobem e a probabilidade de chuva diminui. O sábado (6) terá sol entre nuvens e temperatura média de 18ºC. A umidade relativa do ar fica entre 45% e 85%. 

 

Agência Brasil

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Inflação acelera no Brasil e fica acima do teto da meta

Carne é um dos produtos que sofreu maior aumento

Inflação acelera no Brasil e fica acima do teto da meta

ZH.CLICRBS.COM.BR

 

Produção industrial cresce em sete locais pesquisados pelo IBGE, em outubro

 

Vítor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Indústria

IBGE mostra que produção industrial cresceu em sete locais pesquisados de setembro para outubroArquivo/Agência Brasil

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A produção industrial cresceu em sete locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de setembro para outubro deste ano, apesar da estabilidade na média nacional. Entre os destaques estão os estados da Bahia (3,6%), do Rio de Janeiro (1,9%), Amazonas (1,7%) e de São Paulo (1,1%).

Outros locais com alta na produção industrial foram Santa Catarina (0,8%), o Pará e o Espírito Santo - ambos com 0,6%. Por outro lado, sete locais tiveram recuo na produção, principalmente o Ceará (-4,9%), Pernambuco (-4,6%) e Minas Gerais (-3,3%).

Também tiveram queda, na passagem de setembro para outubro, o Rio Grande do Sul (-2,2%), a Região Nordeste (-2%), Goiás (-0,6%) e o Paraná (-0,4%).

No acumulado do ano, o principal recuo foi observado no Paraná (-6,1%). A queda em São Paulo foi 5,7%. Dos cinco estados que tiveram alta, o destaque foi o Pará (9%). No acumulado de 12 meses, a maior queda foi em São Paulo (-5,1%), enquanto o maior crescimento ocorreu no Pará (8,2%).

 

 

Agência Brasil

 

Portaria regulamenta medidas de proteção ao trabalhador exposto ao fumo

 

Ana Cristina Campos e Paula Laboissière - Repórteres da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Portaria dos ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego, publicada na edição de hoje (5) doDiário Oficial da União, regulamenta as medidas de proteção aos trabalhadores expostos ao fumo durante o exercício da profissão. Regulamenta também as condições de isolamento, ventilação e de exaustão do ar nos estabelecimentos comerciais destinados especificamente à comercialização de produtos fumígenos, além dos ambientes fechados onde o fumo será permitido – tabacarias, locais de pesquisas e sets de filmagens.

 Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Diário Oficial da União publica regras de proteção ao trabalhador exposto ao fumo durante o trabalhoMarcelo Camargo/Agência Brasil

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Os locais estão previstos como exceção na Lei Antifumo, que entrou em vigor na quarta-feira (3) e proíbe o cigarro em ambientes fechados públicos e privados.

As regras estabelecem que o sistema de ventilação seja mantido em operação após a desocupação e a desativação da área exclusiva, sendo desligado automaticamente. O objetivo é exaurir os resíduos e odores que podem permanecer no ambiente fechado.

Os revestimentos, pisos, tetos e as bancadas desses locais devem ser resistentes ao uso de desinfetantes, com o menor número possível de ranhuras ou frestas. Já o mobiliário deve ser de material não combustível, de fácil limpeza e que minimize a absorção de partículas.

Também está previsto que os serviços de limpeza e manutenção das instalações e dos equipamentos só poderão ser feitos quando os locais não estiverem em funcionamento.

Os estabelecimentos terão o prazo máximo de 180 dias, após a publicação da portaria, para se adaptar às normas. O descumprimento constitui infração de natureza sanitária, com previsão de multa que varia de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão em caso de desrespeito às normas sanitárias.

 

Agência Brasil

 

 

Mesmo com chuva, Cantareira continua em queda e registra 8,2%

 

Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

As chuvas sobre São Paulo não interromperam a sequência de quedas do Sistema Cantareira. Hoje (5), o nível dos reservatórios registrou 8,2%, uma redução de 0,1 ponto percentual em relação a ontem (4), segundo medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Ontem, uma leve precipitação de 1,9 milímetro atingiu as cabeceiras do sistema. A pluviometria esperada para o mês é alta, 220,9 milímetros. No mês passado, a média histórica indicava precipitações acumuladas no patamar de 161,2 milímetros, mas as chuvas acumularam 135 milímetros.

Outros sistemas de abastecimento de São Paulo também sofreram perdas. O Alto Tietê baixou de 5,2% ontem para 5,1% hoje, mesmo diante da precipitação de 9,1 milímetros que atingiu o reservatório.

Guarapiranga, localizado na zona sul da capital, apresentou leve melhora. O sistema passou de 32,2% ontem para 33,3% hoje. A chuva que ajudou a elevar o sistema e atingiu a cidade de São Paulo acumulou 10,8 milímetros.

Hoje, o tempo nublado e chuvas isolados predominam na capital paulista. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a nebulosidade ocorre pela passagem de um sistema frontal, que se afasta rapidamente para o oceano. Chuvas mais consistentes estão previstas para o norte paulista e o sul de Minas Gerais, na área do Sistema Cantareira.

No fim de semana, o tempo abre, as temperaturas sobem e a probabilidade de chuva diminui. O sábado (6) terá sol entre nuvens e temperatura média de 18ºC. A umidade relativa do ar fica entre 45% e 85%. 

 

Agência Brasil

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Para Comissão, pedido de intervenção é desconhecimento do passado

Declaração foi feita no congresso internacional "Memória: Alicerce da Justiça de Transição e Direitos Humanos"

Manifestantes se concentraram no Parcão pedindo impeachment de Dilma | Foto: Tarsila Pereira

Manifestantes se concentraram no Parcão pedindo impeachment de Dilma | Foto: Tarsila Pereira

A diretora da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Amarílis Tavares, lamentou nesta segunda-feira a ocorrência de manifestações que pedem intervenção militar no país. “Falta conhecimento mais profundo sobre nosso passado autoritário, sobre como os direitos das pessoas, de uma sociedade inteira, foram violados”, avaliou, durante participação em congresso internacional no Teatro da Universidade Católica de São Paulo (Tuca), que ocorre até quarta-feira, com o tema Memória: Alicerce da Justiça de Transição e Direitos Humanos.
A avaliação é referente ao protesto que concentrou, no último sábado, aproximadamente 1,5 mil pessoas, conforme estimativa da Polícia Militar (PM), na Avenida Paulista. Além da intervenção militar, os manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, reeleita para mais um mandato no dia 26. Embora considere um equívoco qualquer pedido de retorno ao período autoritário, Amarílis reconhece que esse tipo de expressão ocorre porque o país vive um ambiente democrático.
No segundo dia de congresso, palestrantes de diversos países da América Latina debateram a necessidade de avanços nos processos que levem à verdade, à reparação e à memória de períodos de exceção. A ideia majoritária é a criação de uma consciência social que reivindique o fim definitivo desses fatos. “Preservar a memória coletiva é uma forma de criar uma barreira contra esses crimes”, disse a pesquisadora argentina Maria José Guembe, do Centro de Estudios Legales e Sociales. Além de criar um ambiente interno de estabelecimento da verdade histórica, ela considera que relatos desse período de exceção nos países latinos deve ser compartilhado entre as nações.
Clara Ramírez-Barat, pesquisadora do International Center for Transitional Justice (Espanha), destacou que a memorialização do período autoritário cumpre também o papel de reconhecimento das vítimas como sujeitos fundamentais para o restabelecimento da democracia. “Aumentar a consciência e o reconhecimento da repressão tornam essas atrocidades acessíveis ao público em geral”, declarou. Segundo ela, com a verdade se constrói uma ruptura simbólica com o passado e uma sociedade sobre bases de uma cultura democrática.
Na avaliação da coordenadora do Instituto de Direitos Humanos do Peru, Iris Jave, a Comissão da Verdade peruana, que atuou entre 2001 e 2003, foi importante para impulsionar o surgimento de espaços de preservação da memória. “Abrimos uma janela de oportunidades para que se desse impulso a várias organizações. Até 2012, já tínhamos 103 (espaços)”, destacou.
Amarílis Tavares também aposta no relatório da comissão brasileira, previsto para o fim deste ano, para avançar processos da justiça de transição (procedimentos adotados pelos estados para consolidação da ordem democrática), entre eles o julgamento de torturadores.
Até dia 5, farão palestras Valeria Barbuto (diretora do Memoria Abierta, da Argentina), Ywynuhu Suruí (do povo Aikewara, na região do Araguaia) e Shyamali Nasreen Chaudhury (sobrevivente do genocídio em Bangladesh). Nesta segunda-feira, às 18h, haverá uma ato em memória aos 45 anos da morte de Carlos Marighella, líder da resistência à ditadura brasileira. Além de militantes políticos da época, o ato contará com a presença de Clara Charf e Carlos Marighella Filho, respectivamente viúva e filho do guerrilheiro.

 

Agência Brasil e Correio do Povo

 

Estudantes surdos têm dificuldade para se preparar para o Enem

 

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

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Sem material específico, estudantes surdos têm dificuldade para se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O motivo principal é o português – segunda língua –, sendo a primeira, a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

No dia da prova, segundo os estudantes, a leitura será a maior dificuldade para aqueles que não têm uma boa formação em português. De acordo com eles, a tradução feita pelos intérpretes é reduzida e insuficiente para garantir a interpretação que o exame exige.

Alunos da Escola Bilingue de Libras e Portugues escrito do DF, falam sobre o Enem. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Estudantes surdos têm dificuldade para se preparar para o EnemFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A estudante Andressa da Silva Fernandes, 18 anos, está no 3º ano do ensino médio na Escola Bilíngue Libras e Português Escrito de Taguatinga, no Distrito Federal. Esta será a segunda vez que fará o Enem.

"No ano passado, fiz o exame do Enem como experiência, e na hora de resolver a prova, não entrendia o contexto, tive muita dificuldade com o português, muitas dúvidas", diz a estudante, acrescentando que a tradução feita pelo intérprete nem sempre era suficiente para que compreendesse o contexto e as nuances dos exercícios.

Andressa quer cursar arquitetura na Universidade de Brasília (UnB). "Não sei como me preparar para o Enem. Tem a preparação aqui na escola, mas não tem material, livro. Os vídeos na internet são orais ou legendados e tenho dificuldade no português. Como vou me preparar? Sou surda", disse.

Katelyn de Sousa Marquez, 18 anos, colega de Andressa enfrenta o mesmo problema. Ela comprou um livro para o Enem, mas acha difícil entender. Katelyn disse que estuda diariamente para o exame, mas pela dificuldade com o idioma, aprende pouco estudando sozinha.

A estudante Katelyn de Sousa, aluna da Escola Bilíngue de Libras e Português escrito do DF, fala sobre o Enem. (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Para a estudante Katelyn de Sousa o Enem  tem muitos textos longos, de difícil compreensãoFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

"O Enem tem muitos textos longos, de difícil compreensão. É muito complicado para mim. E o intérprete não faz a tradução integral das provas, só tira as dúvidas", disse a estudante.

Para os ouvintes as opções de estudo são muitas e vão desde cursinhos, apostilas e livros que podem ser comprados para acompanhar às aulas gratuitas pela internet. O cenário não é o mesmo para os candidatos surdos. As opções são mais escassas.

Ao ser indagado se teve dificultades para encontrar material em Libras, Silon Clay Júnior, 20 anos foi categórico: "Não, tudo em português. Eu sinto que o português não fica claro para mim. Ele precisava ser acessível ao surdo. Sinais como ponto, vírgula, vocabulário que desconheço, entendo pouco do que está ali. Preciso ler mais de uma vez, para ver se percebo o contexto daquele texto", explicou.

O estudante Silon Kley Junior, aluno da Escola Bilíngue de Libras e Português escrito do DF, fala sobre o Enem. (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O estudante Silon Kley Junior, aluno da Escola Bilíngue de Libras e Português Escrito do DF, fala sobre as dificuldades do Enem Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Para o aluno que solicita  atendimento especializado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza serviço de intérprete de Libras e leitura labial. Os aplicadores especializados participam de um alinhamento específico para o exame, com a duração de 32 horas. Esses profissionais atuam em dupla em salas, com até seis participantes.

"Libras tem uma estrutura específica, diferente do português. Pelo processo educacional ineficiente, que quase nunca foi acessível, eles não tiveram o português como segunda língua ensinado como se esperava", explica a professora doutora em linguística pela UnB e itinerante da área de surdez da Escola Bilíngue Libras e Português Escrito de Taguatinga, Sandra Patrícia do Nascimento. De acordo com ela, somente com a Lei de Libras nº 10.436/2002, regulamentada em 2005, que o português passou a ser ensinado mais adequadamente a esses estudantes.

Para a geração que não teve essa formação, segundo a professora, a tradução oferecida atualmente no exame não garante isonomia aos candidatos. A coordenadora pedagógica do ensino médio da escola, Gisele Morisson Feltrini complementa que o ideal para o surdo seria  efetuar prova por meio de vídeo em Libras, feita em computadores e com a presença de intérpretes para auxiliar em caso de dúvidas.

"Comparando, nós ouvintes, a gente vai, volta na questão, responde a primeira, depois pula, vai para a décima. Quando você senta no computador, é possível selecionar as questões, voltar em caso de dúvida", disse.

O Inep informou que a questão está em fase inicial de discussão.

O Enem será  efetuado nos dias 8 e 9 de novembro. O exame tem 8,7 milhões de inscritos e ocorrerá em 1,7 mil cidades brasileiras. Para se preparar para a prova, os candidatos podem acessar o aplicativo questoesenem.ebc.com.br. O banco de questões da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) reúne itens de 2009 a 2013. O acesso é gratuito.

 

 

Agência Brasil

 

Mesmo com chuva, captação de água no Cantareira ainda está abaixo do consumo

 

Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

reserva técnica do Sistema Cantareira

reserva técnica do Sistema CantareiraDivulgação/Sabesp

Em apenas três dias deste mês de novembro, o acumulado de chuva sobre o Sistema Cantareira superou em mais da metade o volume registrado em todo o mês de outubro, somando 23,9 milímetros ante 42,5 milímetros. Ainda assim não foi o bastante para evitar que o consumo continue sendo maior que o enchimento dos reservatórios.

Segundo a medição diária da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível desse manancial que abastece 6,5 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo caiu 0,2 ponto percentual de ontem (2) para hoje (3), e atingiu 11,9% de sua capacidade. Na última sexta-feira, o nível estava em 12,4% incluindo a segunda cota da reserva técnica que ainda não começou a ser bombeada.

Já o Sistema Alto Tietê – de onde sai a água levada para 4,5 milhões de pessoas apresentou ligeira recuperação em relação à última sexta-feira quando a marca estava em 6,6%. Com 37 milímetros de acumulado de chuva, acima do registrado em todo o mês passado (20,1 mm) a captação subiu para 8,9%, no último sábado e manteve esse nível ontem (2). Mas hoje indica queda de 0,1 ponto percentual.

Nos quatro mananciais restantes do total administrado pela Sabesp as captações diminuíram em relação ao que foi distribuído entre a última sexta-feira e a manhã desta segunda-feira. No Sistema Guarapiranga, a quantidade armazenada hoje era 38,4% ante 39,6% na última sexta-feira e 38,8% ontem. Sobre esse Sistema, o volume de chuva foi pequeno – 5,2 milímetros.

No Sistema Alto Cotia, o nível baixou de 30,1% na última sexta, para 29,7% com o registro de apenas 0,8 milímetros de chuva. No Sistema Rio Grande, de 69,1% para 68,2% com nenhuma ocorrência de chuva e, no Sistema Rio Claro, de 43,5% para 41,4%, com 2,8 milímetros de chuva.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) estão mantidas as condições do tempo que favorecem mais pancadas de chuva entre o final da tarde e a noite, mas que podem ocorrer de forma isolada.

 

Agência Brasil