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terça-feira, 10 de março de 2015

Mercado espera maior inflação em 12 anos e PIB 0,66% menor em 2015

As previsões do mercado para a inflação no fechamento de 2015 pioraram novamente. Agora, o centro das apostas –ou mediana– é de que o IPCA (índice de inflação oficial usado pelo governo para aumentar ou não os juros), chegará a 7,77% em 2015. Se confirmada, essa seria a pior inflação desde 2003, quando o IPCA chegou a 9,3% no fechamento do ano.

A avaliação é de economistas e instituições financeiras ouvidas pela pesquisa Focus do Banco Central. Há uma semana, esperava-se inflação de 7,47% para o ano, o que seria a pior elevação desde 2004.

Para 2016, a expectativa também ficou levemente pior, e foi para 5,51% de inflação –há uma semana esperava-se 5,50% de inflação.

A expectativa do mercado quanto à retração do PIB em 2015 também piorou. Há uma semana, esperava-se queda de 0,58% no PIB. Agora, o centro das apostas do mercado é de 0,66%. Se confirmada, essa seria a pior retração desde 1990, quanto houve encolhimento de 4,35% no PIB.

O pessimismo também aumentou para 2016. A aposta de crescimento ao redor de 1,50% para o ano que vem, que se mantinha desde o final de janeiro, foi revisada para 1,40%.

SELIC E DÓLAR

Apesar da piora nas previsões quanto à inflação, a projeção da taxa Selic (uma das principais ferramentas do governo para controlar a alta de preços) se mantém em 13,0% ao ano, o mesmo valor da semana passada.

Em sua última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa a 12,75% e indicou que haverá novos ajustes para cima.

Para 2016, mantém-se a previsão da Selic em 11,50%.

A taxa de câmbio deve fechar o ano em R$ 2,95, segundo a pesquisa –na semana passada, esperava-se que fechasse a R$ 2,91. A expectativa é, portanto que o ritmo de aumento da moeda, que vem batendo a casa dos R$ 3,00, diminua. Para 2016, a expectativa para o dólar se mantém em R$ 3,00.
Fonte: Folha Online - 09/03/2015 e Endividado
 

Viagem de ônibus acumula pontos de milhagem em 84 destinos de São Paulo

por MARIANA BARBOSA

Os programas de fidelidade chegaram à rodoviária. A Netpoints, empresa de fidelidade que tem o Smiles e a Marisa como acionistas, fez parcerias com empresas de ônibus para que clientes possam trocar pontos acumulados no varejo por passagem.

O programa começou com Breda, Litorânea, Pássaro Marrom e Piracicabana, abrangendo 84 destinos no Estado de São Paulo. Até julho serão mais 13 empresas, ampliando o alcance para o resto do país.

"Quem não tem renda para acumular 10 mil pontos com 2.000 consegue viajar de ônibus", diz o presidente da Netpoits, Carlos Formigari.

Na semana passada, a empresa também lançou um cartão pré-pago com programa de fidelidade, o primeiro do mercado.

Presente em 15 Estados, a Dotz aposta em um mercado de maior renda e deve anunciar em breve uma plataforma de entretenimento que permitirá trocar pontos por ingressos de shows e teatros. A parceria com uma grande empresa de shows deve ser anunciada nas próximas semanas.

"Além de ingressos, os clientes poderão trocar pontos por experiências exclusivas, como acesso a camarotes e ensaios", diz o presidente do Dotz, Roberto Chade. O programa também estreia neste mês no evento Restaurant Week, em seis cidades, incluindo Brasília e BH.
Fonte: Folha Online - 09/03/2015 e Endividado


 
(Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Depoimento em Brasília

AO VIVO: ex-gerente que delatou propina fala à CPI da Petrobras

 

Tensão política leva dólar a atingir valor de R$ 3,13 e faz Bolsa recuar 1,6%

A crise política levou o dólar comercial, usado no comércio exterior, a fechar próximo ao patamar de R$ 3,13 e a Bolsa a recuar 1,6% nesta segunda-feira (9).

O mercado foi influenciado pela divulgação, na última sexta (6), de nomes de investigados na Operação Lava Jato da Polícia Federal, que figuram na "lista de Janot", e pelas manifestações contrárias ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), durante pronunciamento realizado neste domingo (8) em várias cidades do país.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 2,17% e fechou a R$ 3,116, maior valor desde 28 de junho de 2004. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, encerrou o dia com valorização de 2,35%, a R$ 3,129, após atingir a máxima de R$ 3,134 durante o pregão. É o maior patamar de fechamento desde 22 de junho de 2004, quando encerrou a R$ 3,134.

A Bolsa e o dólar também foram afetados pelo pessimismo no mercado financeiro, em particular após o relatório da agência Moody′s afirmando que os desdobramentos da Operação Lava Jato devem afetar os setores público e privado, especialmentes os bancos estatais.

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário, fechou com queda de 1,6%, a 49.181 pontos. Das 68 ações negociadas, 53 caíram, 12 subiram e três fecharam estáveis.

LAVA JATO

Dos políticos com foro privilegiado mencionados, 22 são deputados -18 do PP, dois do PMDB e dois do PT- e 12 são senadores -quatro do PMDB, três do PT, três do PP, um do PSDB e um do PTB.

"Há uma crise institucional. Já era difícil o país se recuperar sem crise, só com o movimento de uma oposição mais branda. Mas agora com os problemas junto à própria base, fica mais pesado", avalia Sidnei Nehme, economista e presidente da NGO Corretora.

Com o relacionamento tenso, fica mais difícil para o governo conseguir a aprovação das medidas de ajuste fiscal e, com isso, de alcançar sua meta proposta de superavit primário, de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto). "Isso pode causar uma mudança de opinião nas agências de classificação de risco, no sentido de achar que o governo não tem apoio. É um problema relevante politicamente", ressalta.

O Brasil atualmente recebe grau de investimento das agências de classificação de risco –uma espécie de selo de bom pagador. Um rebaixamento significaria dizer que o país ficou mais arriscado para se investir.

PANELAÇO

As manifestações observadas durante o discurso da presidente Dilma no domingo (8) intensificaram a tensão política. Dilma defendeu os ajustes fiscais e culpou a crise internacional pela situação econômica ruim do país.

Durante a fala, houve buzinaço, panelaço e vaias em ao menos 12 capitais -São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Belém, Recife, Maceió e Fortaleza. Nas janelas dos prédios, moradores batiam panelas, xingavam a presidente, enquanto piscavam as luzes dos apartamentos.

"É uma questão preocupante. É a primeira vez em muitos anos que um presidente não usufrui daquela popularidade que carrega nos primeiros 100 dias de governo. Costuma haver uma lua de mel que este ano não teve", afirma Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets.

"Um ambiente ruim como esse traz mais insegurança ao mercado financeiro. É preciso lembrar que a eleição foi 51% [para Dilma] a 49% [para Aécio Neves, candidato do PSDB], o que mostra um país bastante dividido. Com os ajustes fiscais, a inflação em um patamar elevado, os juros subindo, o desemprego aumentando, a conjuntura se deteriora nos últimos meses", afirma Roberto Indech, analista da corretora Rico.

PROJEÇÕES ECONÔMICAS

Nesta manhã, o Banco Central deu sequência ao seu programa de intervenções no mercado de câmbio, negociando contratos de swap cambial (equivalentes a uma venda futura de dólares).

O mau humor dos investidores foi agravado pela pesquisa semanal do Banco Central com economistas, o chamado boletim Focus, divulgado nesta segunda (9). As projeções apontam para uma inflação maior neste ano, a mais alta desde 2003, e retração do PIB em 2015, a mais intensa desde 1990.

"O mercado enxerga um IPCA [índice oficial de inflação] na casa de 8% em 2015 em função do aumento dos preços administrados", diz Roberto Indech, da Rico.

EXTERIOR

Além da crise interna, fatores externos continuam pressionando a moeda americana, em especial a recuperação da economia dos Estados Unidos, que poderia levar o banco central americano a elevar os juros no país em breve.

Um aumento dos juros deixa os títulos americanos -considerados de baixo risco e cuja taxa de remuneração acompanha a oscilação do juro básico- mais atraentes aos investidores internacionais, que preferem aplicar seus dólares lá a levar os recursos para países de maior risco -como emergentes, incluindo o Brasil.

Diante da perspectiva de entrada menor de dólares no Brasil, o preço da moeda americana sobe.

O real registrou a maior desvalorização das 24 principais moedas emergentes moedas. Desse total, metade conseguiu ter valorização ante a divisa americana.
Fonte: Folha Online - 09/03/2015 e Endividado