Em seu
discurso de posse no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff
elencou várias metas do seu governo, como combater a corrupção e
melhorar o panorama da educação. Entre muitos pontos, dois estão
diretamente relacionados com a perspectiva de criar um novo cenário
para a retomada do crescimento econômico. São eles o ajuste nas
contas públicas e uma atenção especial para a logística,
envolvendo, neste caso, itens como transporte, energia e
infraestrutura urbana.
A
qualificação dos gastos das verbas do Erário é fundamental para
que a máquina governamental não se torne pesada para o contribuinte
de forma que o governo não precise recorrer ao mercado de capitais
para amealhar recursos que irão pressionar a taxa de juros. Aqui, o
que se espera é que se atenha a uma norma orçamentária comum que
recomenda não se gastar mais do que se arrecada.
Outra
medida necessária está exatamente em fazer as obras tendentes a
diminuir o chamado Custo Brasil. Armazenagem, deslocamento da
produção, melhoria dos transportes, geração de mais energia e
diversificação das fontes que podem prevê-la são gargalos que
devem ser enfrentados com eficiência para que o país volte a ter
melhores indicadores do seu Produto Interno Bruto (PIB). Por isso, a
manifestação da presidente revela um programa de governo que faz um
diagnóstico correto da realidade do país e sinaliza com os
encaminhamentos úteis para recoloar o Brasil no rumo do
desenvolvimento.
Correio Povo, editorial
da edição de 3 de janeiro de 2015, página 2.