Nesta
quarta-feira, o plenário da Câmara dos Deputados reverteu uma
decisão anterior adotada por ocasião da votação da reforma
política. A Casa houve por bem manter os quatro anos de mandato para
os cargos de presidente da República, governadores, prefeitos,
deputados, vereadores e de oito anos para os senadores. A proposta
anterior era de unificar o tempo de mandato em cinco anos.
Essa
decisão veio em boa hora por estar perfeitamente coadunada com uma
visão que indica que os mandatos não podem ser muito longos ara que
o trabalho dos representantes do povo possa receber periodicamente o
crivo das urnas. Além disso, permite a interação entre eleitor e
eleito porque faz com que ele procure se aproximar constantemente de
suas bases para buscar subsídios a fim de apresentar suas
proposições no parlamento. Essa sintonia entre ambos é necessária
e salutar para o funcionamento democrático de nossas instituições
dentro de um sistema representativo.
Frequentemente,
a população tem encaminhado queixas em relação à atuação de
alguns parlamentares e governantes. Nesse sentido, é preciso buscar
medidas de aproximação para que a opinião pública possa se
expressar para definir como será a gestão pública e quais as leis
que devem ser elaboradas para viger no país. A reforma política,
tão discutida, deve apontar no caminho de um revigoramento da
atividade da atividade governamental e legislativa, tendo como base o
interesse maior da sociedade brasileira em todas as questões.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 17 de julho de 2015, página
2.