José Fogaça foi o único que se disse surpreso com a decisão
*Com informações dos repórteres: Samantha Klein e Lucas Rivas.
A maioria dos deputados federais do PMDB do Rio Grande do Sul entende como acertada a decisão do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, de deixar o governo federal. Considerado, até então, um dos principais aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) na base governista, Padilha pediu demissão, segundo interlocutores. Braço direito do vice-presidente Michel Temer, ele deixa o governo dois dias depois do início das discussões sobre o impeachment da presidente. Oficialmente, o Palácio do Planalto não foi notificado. Conforme informações de bastidores, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, não quis receber Padilha nesta sexta. A expectativa é de que a oficialização da saída ocorra na segunda-feira.
Ex-prefeito de Porto Alegre, o deputado federal José Fogaça se disse estarrecido com a decisão. “É preocupante. Que motivo teria feito o ministro sair em meio aos problemas gigantescos do governo? Fico pensando se é uma posição conjunta com Temer ou se é alguma rixa interna que ele estivesse enfrentando”, ponderou. Dos cinco integrantes da bancada federal do PMDB, Fogaça foi o único que não defendeu a saída.
Ex-secretário estadual da Saúde nas gestões de Yeda e Rigotto, o deputado Osmar Terra foi enfático em enaltecer a decisão. Terra participou de um movimento recente do partido que se dizia contrário à aceitação de cargos na gestão do PT. “Já deveria ter saído muito antes. O PT não deixa nenhum outro partido ter protagonismo, todo projeto ou programa é ideia deles, mesmo que não seja. Não dá para trabalhar assim”. Terra também disse ser abertamente favorável à deposição de Dilma do cargo.
Já o deputado Darcísio Perondi salienta o que chama de ‘efeito simbólico’ da decisão de Padilha. Segundo ele, a saída certamente teve aval do vice-presidente Michel Temer. “Ele não aguenta mais o desgoverno, o desequilíbrio. Não aguentou a incompetência, a imprudência desse governo”.
O deputado Alceu Moreira também defendeu a postura adotada pelo correligionário. “Como todos sabem, ele tem um grau de lealdade com o vice-presidente que não permite a ele servir a dois senhores ao mesmo tempo. Portanto, acho que ele fez bem”, atestou. Moreira também ratificou discurso adotado anteriormente ao defender o impeachment e avaliar que Dilma perdeu a capacidade de comando.
Já o colega de bancada, Mauro Pereira, adiantou estar com voto em aberto com relação à deposição de Dilma. O peemedebista disse que espera os esclarecimentos da comissão especial do impeachment e a reação dos eleitores dele, na Serra. “Eu não defini (voto) e vou ouvir bastante a sociedade para fazer o melhor para o País”, disse. Mauro Pereira disse, porém, apoiar a saída de Padilha.
Rádio Guaíba e Correio do Povo
*Com informações dos repórteres: Samantha Klein e Lucas Rivas.
A maioria dos deputados federais do PMDB do Rio Grande do Sul entende como acertada a decisão do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, de deixar o governo federal. Considerado, até então, um dos principais aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) na base governista, Padilha pediu demissão, segundo interlocutores. Braço direito do vice-presidente Michel Temer, ele deixa o governo dois dias depois do início das discussões sobre o impeachment da presidente. Oficialmente, o Palácio do Planalto não foi notificado. Conforme informações de bastidores, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, não quis receber Padilha nesta sexta. A expectativa é de que a oficialização da saída ocorra na segunda-feira.
Ex-prefeito de Porto Alegre, o deputado federal José Fogaça se disse estarrecido com a decisão. “É preocupante. Que motivo teria feito o ministro sair em meio aos problemas gigantescos do governo? Fico pensando se é uma posição conjunta com Temer ou se é alguma rixa interna que ele estivesse enfrentando”, ponderou. Dos cinco integrantes da bancada federal do PMDB, Fogaça foi o único que não defendeu a saída.
Ex-secretário estadual da Saúde nas gestões de Yeda e Rigotto, o deputado Osmar Terra foi enfático em enaltecer a decisão. Terra participou de um movimento recente do partido que se dizia contrário à aceitação de cargos na gestão do PT. “Já deveria ter saído muito antes. O PT não deixa nenhum outro partido ter protagonismo, todo projeto ou programa é ideia deles, mesmo que não seja. Não dá para trabalhar assim”. Terra também disse ser abertamente favorável à deposição de Dilma do cargo.
Já o deputado Darcísio Perondi salienta o que chama de ‘efeito simbólico’ da decisão de Padilha. Segundo ele, a saída certamente teve aval do vice-presidente Michel Temer. “Ele não aguenta mais o desgoverno, o desequilíbrio. Não aguentou a incompetência, a imprudência desse governo”.
O deputado Alceu Moreira também defendeu a postura adotada pelo correligionário. “Como todos sabem, ele tem um grau de lealdade com o vice-presidente que não permite a ele servir a dois senhores ao mesmo tempo. Portanto, acho que ele fez bem”, atestou. Moreira também ratificou discurso adotado anteriormente ao defender o impeachment e avaliar que Dilma perdeu a capacidade de comando.
Já o colega de bancada, Mauro Pereira, adiantou estar com voto em aberto com relação à deposição de Dilma. O peemedebista disse que espera os esclarecimentos da comissão especial do impeachment e a reação dos eleitores dele, na Serra. “Eu não defini (voto) e vou ouvir bastante a sociedade para fazer o melhor para o País”, disse. Mauro Pereira disse, porém, apoiar a saída de Padilha.
Rádio Guaíba e Correio do Povo