(Enviado
por A. Sá, 19) Em seu livro “Ciência e Política
– duas vocações”, Max Weber nos ensina que:
1. Quais são, agora, as alegrias íntimas que a carreira política pode proporcionar a quem ela se entrega e que prévias condições seria preciso supor? Bem, ela concede, antes de tudo, o sentimento de poder. A consciência de influir sobre outros seres humanos, o sentimento de participar do poder e, sobretudo, a consciência de figurar entre os que detêm nas mãos um elemento importante da história que se constrói podem elevar o político profissional, mesmo o que só ocupa modesta posição, acima da banalidade da vida cotidiana.
2. É, com efeito, dentro desse plano de ideias que se coloca a questão: que homem é preciso ser para adquirir o direito de introduzir os dedos entre os raios da roda da História? Pode-se dizer que há três qualidades determinantes do homem político: paixão, sentimento de responsabilidade e senso de proporção. Paixão no sentido de “propósito a realizar”, isto é, devoção apaixonada a uma “causa”, ao deus ou ao demônio que a inspira. Com efeito, a paixão apenas, por sincera que seja, não basta.
3. Quando se põe a serviço de uma causa, sem que o correspondente sentimento de responsabilidade se torne a estrela polar determinante da atividade, ela não transforma um homem em chefe político. Faz-se necessário, enfim o senso de proporção, que é a qualidade psicológica fundamental do homem político. Quer isso dizer que ele deve possuir a faculdade de permitir que os fatos ajam sobre si no recolhimento e na calma interior do espírito, sabendo, por consequência, manter à distância os homens e as coisas. A “ausência de distância”, como tal, é um dos pecados capitais do homem político.
4. Surge, a essa altura, o problema seguinte: como é possível fazer conviverem, no mesmo indivíduo, a paixão ardente e o frio senso de
proporção? Todavia, o poder de subjugar energicamente a alma, poder que caracteriza o homem político apaixonado e o distingue do simples diletante inchado de excitação estéril, só tem sentido sob a condição de ele adquirir o hábito do recolhimento – em todos os sentidos da palavra.
5. Em verdade e em última análise, existem apenas duas espécies de pecado mortal em política: não defender causa alguma e não ter sentimento de responsabilidade – duas coisa que, repetidamente, embora não necessariamente, são idênticas. A política é um esforço tenaz e enérgico para atravessar grossas vigas de madeira. Tal esforço exige, a um tempo, paixão e senso de proporções. É perfeitamente exato dizer – e toda a experiência histórica o confirma – que não se teria jamais atingido o possível, se não se houvesse tentado o impossível. Contudo, o homem capaz de semelhante esforço deve ser um chefe e não apenas um chefe, mas um herói, no mais simples sentido da palavra.
6. E mesmo os que não sejam uma coisa nem outra devem armar-se da força de alma que lhes permita vencer o naufrágio de todas as suas esperanças. Importa, entretanto, que se armem, desde o presente momento, pois de outra forma não virão a alcançar nem mesmo o que hoje é possível. Aquele que esteja convencido de que não se abaterá nem mesmo que o mundo, julgado de seu ponto de vista, se revele demasiado estúpido ou demasiado mesquinho para merecer o que ele pretende oferecer-lhe, aquele que permaneça capaz de dizer “a despeito de tudo!”, aquele e só aquele tem a “vocação” da política.
Ex-Blog do Cesar Maia
ESTADO DO RIO APRESENTA LEI SOBRE VIÚVAS, IGUAL A DO GOVERNO FEDERAL! MAS LÁ, CONGRESSO VAI MUDAR!
(O DIA, 27) 1. A pensão vitalícia está com os dias contados no Estado do Rio. O governo vai alterar as regras de concessão de benefício para jovens viúvas e viúvos do funcionalismo público. A partir de cálculo que terá como base as orientações do governo federal, hoje só teria direito à pensão pelo resto da vida ao perder o cônjuge quem tivesse 44 anos de idade ou mais.
2. Ainda considerando as mudanças que ocorrerão no Regime Geral, (do INSS), e que também afetarão as novas pensões do Rioprevidência, quem tem menos de 44 anos de idade receberia o benefício por 3, 6, 9, 12 ou 15 anos. Para o presidente do Rioprevidência, Gustavo Barbosa, as mudanças estão em linha com a nova dinâmica dos benefícios previdenciários no país.
3. (Ex-Blog) O governo federal propôs reduzir em 50% as novas pensões das viúvas e dependentes. Mas Congresso já disse que assim não passará. Passará aqui?
4. Capa de O DIA (27).
Ex-Blog do Cesar Maia
BANCOS ESTATAIS CHINESES –NOS ÚLTIMOS 10 ANOS- EMPRESTARAM 119 BILHÕES DE DÓLARES PARA PAÍSES DA AMÉRICA LATINA!
(Trechos de matéria do Estado de SP, 26) 1. Dos 119 bilhões de dólares emprestados pelos bancos estatais chineses para países latino-americanos, nos últimos 10 anos, 56,3 bilhões de dólares foram para a Venezuela, 22 bilhões para o Brasil, 19 bilhões para a Argentina, 10,8 bilhões para o Equador... Destes US$ 119 bilhões, US$ 49,8 bilhões foram para Infraestrutura e US$ 32,9 bilhões para Energia.
2. Em 2014 esses empréstimos alcançaram US$ 22,1 bilhões (o dobro da média do período). O Brasil recebeu US$ 8,6 bilhões sendo que destes, US$ 7,5 bilhões para a Vale.
3. Os empréstimos chineses para América Latina superam a soma dos empréstimos do Banco Mundial e do BID para a região, nesse período.
4. (Ex-Blog) Nos casos da Venezuela e Equador, os pagamentos –em grande medida- são feitos em barris de petróleo.
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1. Quais são, agora, as alegrias íntimas que a carreira política pode proporcionar a quem ela se entrega e que prévias condições seria preciso supor? Bem, ela concede, antes de tudo, o sentimento de poder. A consciência de influir sobre outros seres humanos, o sentimento de participar do poder e, sobretudo, a consciência de figurar entre os que detêm nas mãos um elemento importante da história que se constrói podem elevar o político profissional, mesmo o que só ocupa modesta posição, acima da banalidade da vida cotidiana.
2. É, com efeito, dentro desse plano de ideias que se coloca a questão: que homem é preciso ser para adquirir o direito de introduzir os dedos entre os raios da roda da História? Pode-se dizer que há três qualidades determinantes do homem político: paixão, sentimento de responsabilidade e senso de proporção. Paixão no sentido de “propósito a realizar”, isto é, devoção apaixonada a uma “causa”, ao deus ou ao demônio que a inspira. Com efeito, a paixão apenas, por sincera que seja, não basta.
3. Quando se põe a serviço de uma causa, sem que o correspondente sentimento de responsabilidade se torne a estrela polar determinante da atividade, ela não transforma um homem em chefe político. Faz-se necessário, enfim o senso de proporção, que é a qualidade psicológica fundamental do homem político. Quer isso dizer que ele deve possuir a faculdade de permitir que os fatos ajam sobre si no recolhimento e na calma interior do espírito, sabendo, por consequência, manter à distância os homens e as coisas. A “ausência de distância”, como tal, é um dos pecados capitais do homem político.
4. Surge, a essa altura, o problema seguinte: como é possível fazer conviverem, no mesmo indivíduo, a paixão ardente e o frio senso de
proporção? Todavia, o poder de subjugar energicamente a alma, poder que caracteriza o homem político apaixonado e o distingue do simples diletante inchado de excitação estéril, só tem sentido sob a condição de ele adquirir o hábito do recolhimento – em todos os sentidos da palavra.
5. Em verdade e em última análise, existem apenas duas espécies de pecado mortal em política: não defender causa alguma e não ter sentimento de responsabilidade – duas coisa que, repetidamente, embora não necessariamente, são idênticas. A política é um esforço tenaz e enérgico para atravessar grossas vigas de madeira. Tal esforço exige, a um tempo, paixão e senso de proporções. É perfeitamente exato dizer – e toda a experiência histórica o confirma – que não se teria jamais atingido o possível, se não se houvesse tentado o impossível. Contudo, o homem capaz de semelhante esforço deve ser um chefe e não apenas um chefe, mas um herói, no mais simples sentido da palavra.
6. E mesmo os que não sejam uma coisa nem outra devem armar-se da força de alma que lhes permita vencer o naufrágio de todas as suas esperanças. Importa, entretanto, que se armem, desde o presente momento, pois de outra forma não virão a alcançar nem mesmo o que hoje é possível. Aquele que esteja convencido de que não se abaterá nem mesmo que o mundo, julgado de seu ponto de vista, se revele demasiado estúpido ou demasiado mesquinho para merecer o que ele pretende oferecer-lhe, aquele que permaneça capaz de dizer “a despeito de tudo!”, aquele e só aquele tem a “vocação” da política.
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ESTADO DO RIO APRESENTA LEI SOBRE VIÚVAS, IGUAL A DO GOVERNO FEDERAL! MAS LÁ, CONGRESSO VAI MUDAR!
(O DIA, 27) 1. A pensão vitalícia está com os dias contados no Estado do Rio. O governo vai alterar as regras de concessão de benefício para jovens viúvas e viúvos do funcionalismo público. A partir de cálculo que terá como base as orientações do governo federal, hoje só teria direito à pensão pelo resto da vida ao perder o cônjuge quem tivesse 44 anos de idade ou mais.
2. Ainda considerando as mudanças que ocorrerão no Regime Geral, (do INSS), e que também afetarão as novas pensões do Rioprevidência, quem tem menos de 44 anos de idade receberia o benefício por 3, 6, 9, 12 ou 15 anos. Para o presidente do Rioprevidência, Gustavo Barbosa, as mudanças estão em linha com a nova dinâmica dos benefícios previdenciários no país.
3. (Ex-Blog) O governo federal propôs reduzir em 50% as novas pensões das viúvas e dependentes. Mas Congresso já disse que assim não passará. Passará aqui?
4. Capa de O DIA (27).
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BANCOS ESTATAIS CHINESES –NOS ÚLTIMOS 10 ANOS- EMPRESTARAM 119 BILHÕES DE DÓLARES PARA PAÍSES DA AMÉRICA LATINA!
(Trechos de matéria do Estado de SP, 26) 1. Dos 119 bilhões de dólares emprestados pelos bancos estatais chineses para países latino-americanos, nos últimos 10 anos, 56,3 bilhões de dólares foram para a Venezuela, 22 bilhões para o Brasil, 19 bilhões para a Argentina, 10,8 bilhões para o Equador... Destes US$ 119 bilhões, US$ 49,8 bilhões foram para Infraestrutura e US$ 32,9 bilhões para Energia.
2. Em 2014 esses empréstimos alcançaram US$ 22,1 bilhões (o dobro da média do período). O Brasil recebeu US$ 8,6 bilhões sendo que destes, US$ 7,5 bilhões para a Vale.
3. Os empréstimos chineses para América Latina superam a soma dos empréstimos do Banco Mundial e do BID para a região, nesse período.
4. (Ex-Blog) Nos casos da Venezuela e Equador, os pagamentos –em grande medida- são feitos em barris de petróleo.
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