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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Contas do setor público têm pior resultado da história na parcial do ano

por Alexandro Martello

Pela 1ª vez, contas tiveram déficit na parcial até setembro, de 15,28 bilhões.
No mês passado, houve déficit primário de R$ 25,5 bilhões, informou BC.

Influenciadas pelo fraco resultado do governo, as contas de todo o setor público, que incluem o governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registraram em setembro o pior resultado de todos os meses, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (31).
No mês passado, as contas públicas registraram um déficit primário (receitas menos despesas, sem contar os juros) de R$ 25,5 bilhões. Até o momento, o pior resultado para todos os meses havia sido registrado em dezembro de 2008 (déficit de R$ 20,95 bihões). A série histórica do Banco Central tem início em dezembro de 2001.
Governo central
Mais cedo, também nesta sexta, o Tesouro Nacional divulgou que as contas do governo central ficaram fortemente no vermelho. Houve déficit primário (despesas maiores que receitas, sem a inclusão de juros) de R$ 20,39 bilhões no mês passado – o pior resultado para todos os meses.
Influenciadas pelo fraco resultado do governo, as contas de todo o setor público, que incluem o governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registraram em setembro o pior resultado de todos os meses, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (31).
No mês passado, as contas públicas registraram um déficit primário (receitas menos despesas, sem contar os juros) de R$ 25,5 bilhões. Até o momento, o pior resultado para todos os meses havia sido registrado em dezembro de 2008 (déficit de R$ 20,95 bihões). A série histórica do Banco Central tem início em dezembro de 2001.
Governo central
Mais cedo, também nesta sexta, o Tesouro Nacional divulgou que as contas do governo central ficaram fortemente no vermelho. Houve déficit primário (despesas maiores que receitas, sem a inclusão de juros) de R$ 20,39 bilhões no mês passado – o pior resultado para todos os meses.
A queda do superávit primário do setor público acontece em um momento de fraca atividade econômica – resultado do cenário internacional mais vagaroso, da baixa confiança do empresariado e das famílias, do aumento da inflação e da alta dos juros implementada pelo Banco Central.
Meta fiscal de 2014
Ao anunciar em fevereiro o corte de R$ 44 bilhões no orçamento deste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o objetivo fiscal de todo o setor público, neste ano, é de R$ 99 bilhões – o equivalente a 1,9% do PIB, o mesmo percentual registrado em 2013.
Deste modo, o resultado até setembro revela que o valor não será atingido. O próprio secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informou que o goerno enviará ao Congresso Nacional alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano para mudar a meta, mas ainda não informou qual será o novo objetivo fiscal.
Juros da dívida pública e resultado nominal
Segundo o Banco Central, apenas para pagar os juros da dívida pública, foram gastos R$ 209 bilhões (5,94% do PIB) nos nove primeiros meses deste ano, contra R$ 177 bilhões (4,99% do PIB) no mesmo período de 2013.
Após as despesas com juros, as contas públicas registraram um déficit de R$ 224 bilhões de janeiro a setembro deste ano, o equivalente a 5,94% do PIB. Em igual período do ano passado, o déficit nominal somou R$ 132 bilhões, ou 3,72% do PIB. Em 12 meses até setembro, o déficit nominal totalizou R$ 249 bilhões – 4,92% do PIB.
Dívida do setor público
A dívida líquida do setor público, indicador que fornece uma pista sobre o nível de solvência (capacidade de pagamento) de um país, somou R$ 1,82 trilhão (35,9% do PIB) em setembro deste ano, contra R$ 1,81 trilhão, ou 35,9% do PIB, em agosto. No fechamento de 2013, estava em R$ 1,61 trilhão, ou 33,6% do PIB.
Fonte: G1 notícias - 31/10/2014 e Endividado

 

Ranking de inadimplentes tem mais casados que solteiros, mostra SCPC

por Karina Trevizan

Maioria se define como ′chefe de família′ da casa onde mora.
Especialista dá dicas para tirar as contas do vermelho.

Entre as pessoas com pendências financeiras, 57% são casadas ou estão em união estável. Os dados são de uma pesquisa sobre o perfil do inadimplente da SCPC Boa Vista, referente ao 3º trimestre de 2014. Entre os entrevistados pelo estudo, 46% são casados e 11% estão em união estável.
Os solteiros representam 32% das pessoas com nome na lista de devedores. Separados e divorciados, 9% e viúvos, 2%. Os homens também são maioria entre os inadimplentes, representando 61%.
O economista Flávio Calife, da SCPC Boa Vista, conta que esse é um padrão que se repete em levantamentos de perfil de inadimplentes. “A maioria dos solteiros ainda vive com alguém, os pais por exemplo. Com as contas de uma nova casa, muitas vezes demora para entender o orçamento, e sem dúvida custos a mais acabam dificultando os pagamentos”, diz.
‘Chefes de família’
A pesquisa aponta que 72% dos inadimplentes se declaram “chefes de família” na casa onde moram. Calife explica que essas pessoas “acabam arcando com a maior parte das contas”.  O economista aponta que é “natural” que um integrante da família assuma mais responsabilidade financeiras e, logo, “acabe sofrendo as consequências dessa responsabilidade”.
É o caso do vendedor paulistano Marcelo, de 36 anos, que preferiu não ter seu sobrenome divulgado pela reportagem. Casado há 14 anos e pai de dois filhos, ele conta que ficou inadimplente por causa de um negócio próprio que não deu certo e, também, pelo descontrole com o orçamento. “Eu demorei para perceber o que estava acontecendo porque tinha fé de que o negócio iria melhorar. Foi aí que se acumulou tudo”, lembra ele, referindo-se às contas que ficaram no caminho. “Entre pagar uma conta de luz da empresa e uma da minha casa, eu pago a da minha casa”, diz.
Entre pagar uma conta de luz da empresa e uma da minha casa, eu pago a da minha casa" Marcelo, vendedor, casado há 14 anos O caso do publicitário Henrique Camacho, de 26 anos, também paulistano, é diferente. Casado há pouco mais de um mês, ele entrou na situação de inadimplência quando ainda era solteiro, com dívidas de cheques e mensalidades da faculdade. Por problemas de saúde na família, ele precisou deixar o emprego e acabou comprometendo seu orçamento. Agora, a prioridade financeira passou a ser o novo lar. “Eu deixei de correr atrás das minhas coisas para correr atrás de outras como ‘casal’, cuidar do casamento, da casa. E cuidar também para não sujar o nome dela”, diz ele, referindo-se à esposa.
A pesquisa da SCPC aponta que 55% dos inadimplentes afirmam que não são os únicos na casa onde moram que trabalham. Já a parcela de devedores que são as únicos na família que trabalham é de 36%. Calife aponta que, entre os casais, “mesmo os dois trabalhando, uma divisão de contas acaba pesando mais sobre um dos cônjuges”. “Normalmente quem ganha melhor acaba assumindo mais dívidas e acaba sendo o responsável maior pelo endividamento da família e, eventualmente, pela inadimplência.”

Dicas para sair da inadimplência, segundo o economista Flávio Calife

Faça um controle do orçamento familiar, identificando os gastos fixos e a média mensal dos que não são fixos, como comer fora de casa

Organize despesas em planilhas ou outro recurso em que tiver facilidade

Identifique os gastos que podem ser cortados

Priorize o pagamento de dívidas que tiverem os juros mais altos

Verifique se existe a possibilidade de trocar sua dívida por outra "mais barata" - como quitar um parcelamento com juros altos com um empréstimo consignado

Evite dívidas com crédito rotativo. Pagar a mínima da fatura do cartão de crédito, por exemplo, somente em casos de extrema necessidade

Verifique se é possível renegociar com o credor. Existem campanhas e ′feirões′ para esses casos

Essa é a situação de Marcelo. Sua esposa começou a trabalhar fora há três meses. “Já começou a dar uma ajuda, de algumas continhas já conseguiu me livrar”, diz o vendedor. A situação de Henrique é parecida, pois, com rendimento maior que o da mulher, ele assume uma parcela maior das dívidas da casa.
Mês ‘sobrando’ no final do salário
Quando percebem que o salário vai chegar ao fim antes que todas as pendências do mês estejam quitadas, as pessoas normalmente “escolhem” deixar de pagar as contas que podem gerar menos prejuízos, segundo Calife.
“A inadimplência com financiamento de imóveis, por exemplo, é muito pequena por conta da garantia de que, hoje, é mais fácil as pessoas perderem esses bens. As leis garantem a possibilidade de o credor tomar o bem. As pessoas dificilmente deixam de pagar parcelas de imóveis. Deixam de pagar, por exemplo, um crediário, uma conta de luz, de água, e depois renegociam.”
Segundo a pesquisa, apenas 3% dos inadimplentes que chegaram a essa condição por causa de boletos deixaram de pagar financiamento de imóveis. Já os boletos bancários (contas de concessionárias) e os crediários representam, juntos, 78%.
Marcelo passou a priorizar o financiamento do apartamento onde mora com a família depois de ter problemas com o parcelamento. “Recentemente deixei de pagar três prestações do apartamento. Foi ajuizado. Tive que recorrer a empréstimo de parentes”, lembra.
Para evitar a inadimplência, Calife explica que o primeiro passo é entender o orçamento familiar e conversar com o parceiro para identificar quais gastos podem ser cortados.
“O importante é que [o casal] tenha consciência de quais são os gastos, e não só os fixos. Às vezes a pessoa se esquece de contar quanto gasta para comer fora de casa aos finais de semana, por exemplo. Tudo tem que ter um valor médio.”
Marcelo reconhece que, mesmo com as dificuldades de um negócio que não prosperou, a falta de controle do orçamento foi uma das grandes causas de seu endividamento. “Você vai pegando empréstimos no banco acreditando que no mês que vem a situação muda, e com isso vai contraindo dívidas. A gente parcela tudo que está devendo, aí vem um mês ruim e não consegue honrar o parcelamento, renegocia a nova cobrança. Vira uma bola de neve”, descreve.
Fonte: G1 - 03/11/2014 e Endividado

 

Lula entra em campo na escolha do novo ministro da fazenda

 

Publicado em 03/11/2014

Geraldo Samor fala das expectativas do mercado financeiro para essa semana, em que o governo Dilma Rousseff promete produzir fatos e não apenas palavras. O ex-presidente Lula está trabalhando ao lado de Dilma para definir o nome do novo ministro da fazenda. A informação é de Lauro Jardim, no "Seu Voto no Radar".

 

 

Como era a educação financeira quando havia hiperinflação?

por SAMY DANA

Quando é feita uma comparação dos dias atuais em relação a 10 ou 20 anos atrás, percebe-se que as discussões e publicações sobre educação financeira têm crescido.
Contudo, para os adultos de hoje, que viveram a época da hiperinflação entre a segunda metade dos anos 80 e até 1994, falar sobre educação financeira pode parecer algo novo, pois naquela época esse tema se resumia basicamente a proteger o dinheiro da inflação ou pelo menos perder menos. E aí, como esses adultos podem orientar seus filhos na atual conjuntura bastante diferente da que eles viveram sua infância e adolescência?
É bem verdade que uma análise estático-comparativa pode levar a resultados simplistas, ou seja, comparar a conjuntura de hoje com aquela do passado. Contudo, não se pode desprezar que as crianças e adolescentes de hoje não conheceram a inflação de dois dígitos mensais e nem sequer fazem ideia de o que é verificar os preços subindo diariamente, em alguns casos até mais de uma vez no mesmo dia.
Mesmo assim, dinamicamente ao longo dos últimos 20 anos, o brasileiro foi se acostumando a viver com a estabilidade de preços, o que não quer dizer que não tenha havido inflação nesse período. A questão é que o comportamento da variação dos preços ao longo dos últimos 20 anos foi bem diferente do que o mecanismo inercial do período hiperinflacionário.
Educação financeira no passado apresentado representava basicamente, sobretudo para o trabalhador assalariado, receber o seu pagamento e no mesmo dia ir ao supermercado e fazer a feira do mês, ou seja, comprar tudo o que fosse possível naquele dia, pois no dia seguinte os preços eram mais altos, o dinheiro no bolso perderia poder de compra e a cada dia que se passava, comprava-se menos ainda.
Não havia nenhum planejamento e muitas vezes os trabalhadores compravam o que não precisavam, simplesmente para aproveitar o preço. Atitudes assim incorriam em provocar desperdícios, sobretudo de alimentos.
Os que tinham uma condição financeira melhor possuíam cômodos em suas residências, chamados de despensa, que eram entupidos com produtos de que a família necessitava para passar o mês. Agora imagine nos dias de hoje, com o metro quadro caro como está, uma família ter um cômodo apenas para estocar alimentos e materiais de limpeza?
Tais famílias, com maior acesso ao sistema bancário, ainda utilizavam do benefício da conta corrente remunerada atrelada a fundos de curtíssimos prazos, popularmente conhecidos como "fundão", para fazer com que seu dinheiro rendesse alguma coisa a cada dia e assim, a perda para a inflação fosse menor. Com isso, uma pessoa aplicava o dinheiro nesse "fundão" e resgatava somente no dia do vencimento da conta. Por outro lado, quem não tinha acesso a esse tipo de aplicação via o seu dinheiro perder o poder de compra a cada dia ao longo do mês.
Enfim, relembrar esse passado sombrio da economia brasileira parece reviver uma história de ficção para quem nasceu sobre a égide do Plano Real, que com todos os seus problemas, teve o grande benefício de combater a inflação inercial diária e possibilitar que os agentes econômicos pudessem planejar o seu futuro financeiro.
De posse dessas informações, os pais de hoje, que viveram nesse passado difícil, devem buscar cada vez mais conhecimentos modernos, sem abandonar o aprendizado com o passado. A educação financeira para as novas gerações deve ser aperfeiçoada e enriquecida tanto com os novos conhecimentos quanto com a bagagem adquirida.
Artigo em parceria com o prof. Fernando Antônio Agra Santos (Universo, campus Juiz de Fora - MG), doutor em economia aplicada (UFV) e economista da UFJF
Fonte: Folha Online - 02/11/2014 e Endividado