Mostrando postagens com marcador Levy reafirma compromisso com meta fiscal de 0. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Levy reafirma compromisso com meta fiscal de 0. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Levy reafirma compromisso com meta fiscal de 0,7% em 2016

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reafirmou a líderes partidários o compromisso do governo com a meta de esforço fiscal de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) para 2016. Em reunião com líderes partidários e com representantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), ele cobrou a aprovação de três medidas provisórias que aumentem receitas para evitar o corte de R$ 10 bilhões do Programa Bolsa Família no próximo ano.
Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participa da solenidade em comemoração aos 18 anos da Aneel (José Cruz/Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, cobrou a aprovação de três medidas provisórias que aumentem receitas para evitar o corte de R$ 10 bilhões do Programa Bolsa Família no próximo anoArquivo/José Cruz/Agência Brasil
A presidenta da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), informou que pretende divulgar fontes alternativas de cortes de recursos para manter a meta de 0,7% do PIB. Ela, no entanto, não deu detalhes de onde sairá o dinheiro.
A senadora disse que pedirá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que ponha em votação o Plano Plurianual (PPA) no plenário do Congresso para que a Comissão Mista do Orçamento possa aprovar amanhã (15) a Lei de Diretrizes Orçamentárias com a meta de 0,7%. Se não houver empecilhos, a LDO de 2016 iria para o plenário do Congresso na quarta-feira (16).
Segundo a presidenta da CMO, a tramitação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não deverá afetar o cronograma de votações. Ela disse que, na semana passada, Renan e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinham acertado que as votações do Orçamento de 2016 seguiriam normalmente. “Acredito que todos vão ter consciência cívica desse processo”, afirmou.
“A parte do Orçamento, nós vamos cumprir. Vamos para o plenário [da CMO] com a proposta que for aprovada. Não terá alteração da nossa parte. A comissão está plenamente de acordo. Cada um dá o que tem para dar a seu país. Se alguém achar que pode não oferecer ao país um orçamento, está muito equivocado. É um prejuízo sem tamanho, uma crise sem precedentes que só vai afundar o Brasil”, disse Rose.
O líder do governo na CMO, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que chegou sugerir a redução de meta de superávit primário para 0,5% a fim de evitar o corte no Bolsa Família, mas negou que pretenda propor uma emenda sobre o assunto. “Jamais disse que pretendia propor uma emenda. Dei apenas uma opinião”.
Segundo Pimenta, os R$ 10 bilhões que ficariam disponíveis com a redução da meta em 0,2 ponto percentual evitariam o corte dos benefícios que excluiriam 23 milhões de pessoas do programa. “O governo é contra o corte no Bolsa Família. O que é mais importante? Pagar R$ 10 bilhões de juros da dívida pública ou levar 23 milhões de pessoas para a pobreza?” O deputado disse que a posição do governo como um todo é mais ampla que a posição do Ministério da Fazenda.
De acordo com Pimenta, Levy reiterou a posição pela meta de 0,7% do PIB de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – e lembrou que as medidas provisórias (MP) 690, 692 e 694 renderiam ao governo os R$ 10 bilhões que evitariam o corte de 35% da verba do Bolsa Família. “O ministro disse que o Orçamento [de 2016] foi elaborado levando em conta as receitas dessas medidas”, explicou o deputado.
A MP 690 eleva o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) das bebidas e trata da tributação de direitos autorais. A MP 692 cria um regime de alíquotas progressivas para ganhos de capital (ganhos com venda de imóveis ou com rendimento de aplicações financeiras). A MP 694 eleva a tributação de juros sobre o capital próprio.