Quando os estados do
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná uniram-se para criar o
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, em 15 de
junho de 1961, seus governantes já compartilhavam a convicção de
que os objetivos da nova instituição financeira transcenderiam os
aspectos estritamente econômicos. A noção de que o desenvolvimento
resulta da intervenção humana e da inconformidade com determinada
situação consta na exposição de motivos do decreto de fundação
do BRDE. Dinamismo e inserção social são, portanto, aspectos
indissociáveis da natureza e da trajetória do banco desde seu
nascimento.
Mais de cinco décadas
depois, em um cenário econômico recessivo, que exige medidas
drásticas da administração pública em todas as instâncias para
superar a crise financeira, torne-se ainda mais evidente o valor de
uma instituição de fomento com abrangência regional, tecnicamente
habilitada para apoiar ações indutoras de desenvolvimento
econômico, social e ambiental. A oferta creditícia de longo prazo
oportuniza a geração de renda e de emprego, agrega valor às
cadeias produtivas, viabiliza soluções criativas face aos desafios
e adversidades e, dessa forma, contribui para a elevação dos níveis
de desenvolvimento humano nas organizações e nas comunidades
envolvidas.
Em cada um dos três
estados da região Sul, o BRDE dispõe de recursos orçamentários da
ordem de R$ 1 bilhão ao ano para aplicação em projetos de
desenvolvimento que abrangem o agronegócio, a indústria, o comércio
e os serviços. O escopo das iniciativas avaliadas e apoiadas é
amplo e diversificado, da produção rural e do cooperativismo à
produção industrial, à telefonia rural e à geração e
comercialização de energia eólica, entre inúmeras outras áreas
de atuação.
Num época pautada
pela inovação e por tecnologias em rápida transformação, o BRDE
reinventa-se através da constante qualificação de seu quadro
funcional e de uma atitude propositiva, e prepara novas linhas de
financiamento sintonizada com as demandas regionais e com elevados
padrões de responsabilidade socioambiental. No Rio Grande do Sul,
acreditamos que este é o caminho para a retomada do desenvolvimento
sustentável. É para isso que o BRDE trabalha, posicionando-se como
aliado de todos os que acreditam nas potencialidades da nossa região.
Vice-presidente do BRDE
Fonte: Correio do Povo,
página 2 de 15 de junho de 2015.