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TÚNIS (Reuters) - Os tunisianos comparecem às urnas neste domingo para votar no primeiro presidente eleito diretamente, na etapa final que levará a uma completa democracia, depois da revolução de 2011, que acabou com o governo de Zine El-Abidine ...
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Tunísia vota em eleições presidenciais históricas
Esta é a primeira votação desde a revolução de 2011
Cerca de 5,3 milhões de eleitores estão convocados a votar neste domingo de 08h às 18h | Foto: Fethi Belaid / AFP / CP
Os tunisianos votam neste domingo para escolher seu presidente pela primeira vez desde a revolução de 2011, eleições históricas para finalizar uma transição política de quatro anos e instaurar instituições duradouras e democráticas. "É um dia histórico, as primeiras eleições presidenciais na Tunísia com normas democráticas avançadas. Se Deus quiser, será uma grande festa eleitoral", disse o primeiro-ministro Mehdi Jomaa, um independente encarregado no início do ano de tirar o país de uma profunda crise política e organizar um calendário eleitoral.
Cerca de 5,3 milhões de eleitores estão convocados a votar neste domingo de 08h às 18h (04h-14h de Brasília) após as legislativas de outubro, cujo caráter democrático foi reconhecido pela comunidade internacional. Trata-se de uma exceção em uma região na qual a maioria dos países que viveram a Primavera Árabe afundaram no caos ou na repressão.
No total, 27 candidatos disputam a presidência do país.
Os favoritos são o laico Beji Caid Esebsi, de 87 anos, cujo partido anti-islamita Nidaa Tunes venceu as legislativas de outubro, e o chefe de Estado em fim de mandato Moncef Marzuki, um opositor histórico ao regime de Zine el Abidine Ben Ali, que caiu na revolução de 2011. Esebsi, considerado o principal favorito destas eleições, apesar de sua idade avançada, foi um dos primeiros a votar. Gritou "Viva Tunísia!" depois de depositar seu voto na manhã deste
domingo.
Se nenhum dos candidatos obtiver a maioria absoluta, um segundo turno será realizado no fim de dezembro. O vencedor presidirá a Tunísia durante cinco anos, um mandato que pode ser renovado apenas uma vez.
Dois presidentes em mais de meio século
É a primeira vez que os tunisianos poderão eleger livremente o chefe de Estado. Desde sua independência, em 1956, até a revolução de 2011, o país só teve dois presidentes. O primeiro foi Habib Burguiba, deposto em 7 de novembro de 1987 por um golpe de Estado de seu primeiro-ministro, Ben Ali. E o segundo foi este último, que ocupou o Palácio de Cartago até fugir à Arábia Saudita no dia 14 de janeiro de 2011.
Além de Esebsi e do presidente em fim de mandato Marzuki, outras 25 personalidades se apresentam, entre eles ministros do regime do presidente destituído Zine el Abidine Ben Ali, um líder da esquerda (Hama Hamami), o riquíssimo executivo Slim Riahi e uma magistrada, Kalthum Kanu, a única mulher candidata.
Embora a nova Constituição só conceda prerrogativas limitadas ao presidente, a eleição por sufrágio universal lhe dá um importante peso político. Também dispõe de um direito de dissolução se os políticos não conseguirem formar uma maioria. Embora a Tunísia tenha ficado profundamente desestabilizada pelos assassinatos de opositores em 2013 e por sangrentos ataques de jihadistas contra as forças de segurança - em particular na fronteira com a Argélia - as autoridades expressaram seu otimismo de que estas eleições irão ocorrer sem incidentes.
AFP e Correio do Povo
Colonos israelenses incendeiam casa na Cisjordânia
Quatro mulheres estavam na casa, mas não ficaram feridas no incêndio
Uma casa de um povoado palestino perto de Ramallah foi incendiada por colonos israelenses na madrugada de sábado, indicou um funcionário local palestino. "Às 4 da manhã, colonos vieram e lançaram coquetéis molotov contra uma casa que ficou parcialmente incendiada", disse Masood Abu Mura, prefeito do povoado de Khirbet Abu Falah, a nordeste de Ramallah.
Quatro mulheres estavam na casa, mas não ficaram feridas no incêndio, acrescentou. Não muito longe do local apareceu a pichação "Morte aos árabes". Há anos os colonos extremistas e os ativistas de extrema-direita israelenses realizam uma campanha chamada "O preço a pagar" de agressões e atos de vandalismo contra os palestinos, os árabes israelenses, os lugares sagrados muçulmanos e cristãos ou inclusive contra o exército israelense.
Jerusalém Oriental e a Cisjordânia ocupada viveram nos últimos meses um clima de alta tensão, com confrontos entre palestinos e forças israelenses e atentados palestinos, o último deles na terça-feira que provocou a morte de cinco israelenses em uma sinagoga de Jerusalém.
AFP e Correio do Povo