Segunda-feira
passada, nos limites de Porto Alegre/ Viamão, no interior de um
ônibus, ocorreu a execução de um jovem, quase menino, com
deficiência auditiva, que foi vítima de “assalto” quando se
deslocava da escola para sua residência. Aliás, o jornal Correio
do Povo registrou a notícia: tratava-se de um arrastão em todos
os passageiros.
Os
bandidos... fugiram! Pois bem, no dia seguinte o corpo foi velado e
enterrado no cemitério de Viamão. Lá estavam seus irmãos,
parentes, amigos e o padre. O pai, de natureza humilde e pobre,
estava desolado. Não conseguia entender o motivo de tamanha
violência, até porque, havia dois meses, perdera um irmão, por
sinal policial militar, que também foi alvo de latrocínio.
Certo
é que a violência que nos assola dia a dia está fora de controle!
Aliás, pela generalização, diz-se que todos nós temos um número
e estamos numa fila de espera, que se desloca rapidamente para o
“abatedouro”. Estamos predestinados a este infortúnio?! Os
números de roubos, homicídios e latrocínios extrapolam qualquer
princípio de razoabilidade e parece responder: “Sim, sim”.
Outro
dia, em conversa com colega, foi-me dito: 'Está tudo dominado”.
Indaguei-lhe: “Por quem?”. Parece-nos que a bandidagem tomou
conta e realmente está tudo dominado. Que tristeza!
Registre-se
que estamos vivendo momentos de muita dificuldade. Não existe local
nem horário de risco. Aquela chavão, agora antigo, muitas vezes
utilizado, que diz que “a vítima estava no lugar e no horário
errado” já não existe! Todos os locais e horários são alvo da
bandidagem. É um salve-se quem puder.
O
Brasil urgentemente, precisa encontrar uma solução para a questão
da segurança da população. Não podemos permitir que as famílias
sejam dizimadas pela bandidagem. Enquanto isto, … oremos.
Coronel
e ex-comandante da Brigada Militar
Fonte:
Correio do Povo, edição 20 de agosto de 2015, página 2.